29 Abril 2022
"Falso. Com esses tipos de 'presentes oficiais', o Papa Francisco exorta os políticos a construir a paz, não a guerra. Certamente o Santo Padre não pode dar a seus visitantes os símbolos da guerra”, responde a nunciatura de Kiev.
É a terceira 'notícia' referente ao Papa Francisco e à Ucrânia que saiu para negar.
A reportagem é publicada por Agência SIR, 29-04-2022.
Terceira "verificação de fatos" sobre falsas "informações" públicas sobre a Santa Sé publicadas no site da nunciatura apostólica em Kiev. Hoje, "verificação de fatos" refere-se a um artigo publicado no site que sugere que em 2019 o Papa Francisco presenteou Putin com uma medalha comemorativa "Anjo da Paz" como uma espécie de prêmio.
“Falso”, escreve a nunciatura de Kiev. “Com esses tipos de 'presentes oficiais', o Papa Francisco está pedindo aos políticos que construam a paz, não a guerra. Certamente o Santo Padre não pode dar a seus visitantes os símbolos da guerra”.
Ontem a nunciatura havia publicado uma segunda "verificação de fatos" para refutar as falsas declarações publicadas em "Evropeiska Pravda". O site alegou que o Papa Francisco, desde o início da guerra em 2014, o chamou de "conflito interno". "Falso", diz a representação do Vaticano em Kiev.
“O Santo Padre chamou de 'guerra na qual os responsáveis se misturam'”. E para corroborar o conceito, a nunciatura informa o link do discurso que o Santo Padre proferiu perante os bispos da Igreja Greco-Católica Ucraniana em 5 de julho de 2019.
Também no mesmo artigo, afirma-se que "o Papa Francisco rebaixou a Igreja Greco-Católica Ucraniana de uma Igreja para uma simples 'comunidade de fiéis'". “Falso: Como sinônimo do termo 'Igreja' - explica a nunciatura - a expressão 'comunidade' às vezes é usada. Mas o Santo Padre Francisco chama claramente a Igreja Greco-Católica Ucraniana pelo seu verdadeiro termo”.
A nunciatura também corrige o que foi publicado pelo jornal argentino "La Nación", segundo o qual "o Papa Francisco está cercado de pessoas que dão uma interpretação simétrica da guerra na Ucrânia, para a qual não indica o nome do agressor". "Falso - observa a nunciatura -: o Santo Padre em todas as suas intervenções públicas e em todas as questões observa o princípio de não indicar os nomes dos Chefes de Estado e os nomes dos países no contexto negativo".
Também no mesmo artigo afirma-se que o Papa Francisco criticou o fornecimento de armas à Ucrânia. Falso: o Santo Padre em geral se manifesta contra a 'lógica diabólica e perversa das armas', referindo-se sobretudo aos 'quem provocam a guerra'". 2022. A primeira “verificação de fatos” da nunciatura data de 8 de abril e se referia ao fato de que “V. Putin mantém parte de seu dinheiro no banco do Vaticano”. É "falso", responde a nunciatura de Kiev. "O Instituto de Obras de Religião só administra contas em nome de pessoas físicas e jurídicas vinculadas à Igreja Católica ou à Santa Sé (como, por exemplo, Embaixadas credenciadas junto à Santa Sé) e nunca as de pessoas ou governos estrangeiros".
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Novas ‘fake news’ contra o Papa: Francisco não deu nenhum ‘prêmio’ a Putin - Instituto Humanitas Unisinos - IHU