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Aprendizados de um padre ao ouvir católicos trans. Artigo de James F. Keenan, teólogo jesuíta

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16 Fevereiro 2022

 

"Uma das coisas mais prejudiciais que a nossa hierarquia e até mesmo o nosso papa fazem é sugerir que esses assuntos (transgêneros) devem ser reduzidos à simples categoria da ideologia de gênero. A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos até fornece uma lista de citações papais e catequéticas para ensinar sobre ideologia de gênero", constata James F. Keenan, jesuíta e teólogo estadunidense, professor da cátedra Canisius do Boston College, em artigo publicado em National Catholic Reporter, 07-02-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Segundo o teólogo, "isso é bem parecido com o modo como os racistas e os supremacistas brancos usam a “teoria racial crítica” para atacar aqueles que procuram reconhecer o mundo racista de longa data em que vivemos. Um bom ataque é a melhor defesa, pensam eles; essa é a tática católica! A bandeira da ideologia de gênero menospreza o mundo terrivelmente desafiador em que a comunidade transgênero vive e é pouco mais do que um golpe baixo contra um grupo muito precário de pessoas".

 

Eis o artigo.

 

Depois de ler a declaração da Arquidiocese de Milwaukee intitulada “Catechesis and Policy on Questions Concerning Gender Theory” [disponível em inglês aqui] e os relatórios subsequentes sobre a recepção dessa medida, lembrei-me de um telefonema que eu recebi há 22 anos de um psicoterapeuta.

Eu não conhecia quem estava me telefonando. Ele se apresentou dizendo que havia trabalhado com alguns pacientes que estavam lutando para entender qual era seu gênero de verdade. Eram pessoas que estavam se perguntando e, em alguns casos, aceitando a possibilidade de que seu gênero fosse diferente do que aquele que lhes foi atribuído no nascimento.

Então, ele me disse por que estava ligando. Alguns de seus pacientes eram católicos, e vários deles disseram que gostariam de conversar com um padre. Ele mencionou que não era a confissão que eles estavam procurando; eles só queriam conversar com um padre.

Em seguida, acrescentou: “Receio que um padre poderia afastá-los um pouco, se decidisse que eles não deveriam fazer as perguntas que estavam se fazendo. Então, pedi a muitos de meus colegas aqui em Boston uma recomendação, e todos eles indicaram você como um padre que daria ouvidos. Posso indicá-lo para os meus pacientes que querem se encontrar com um padre?”.

Eu respondi que tinha certeza de que havia muitos outros padres da região de Boston que dariam ouvidos, mas que eu os ouviria.

Não direi nada sobre as conversas, não porque fossem confessionais – pois não eram –, mas porque eram confidenciais. Direi, porém, que elas foram transformadoras para mim. Eu nunca tinha ouvido tais narrativas. Mais do que tudo, percebi como eram extraordinárias as suas experiências.

Essas experiências foram realmente profundas: imagine como é se defrontar com a questão de que seus próprios “eus” lhes diziam que eles precisavam investigar! Eles sabiam o grau de ridicularização, rejeição e violência que as pessoas trans enfrentam. Por que eles estavam fazendo essa pergunta, exceto porque algo dentro deles continuava exigindo que eles fizessem isso?

Ao aceitar a pergunta em todos os seus graus, eles sabiam que isso significava aceitar o pré-julgamento generalizado e a vergonha que poucas pessoas experimentam da mesma maneira.

No entanto, a experiência deles foi se encontrar com uma questão (como posso aceitar meu gênero quando meu corpo parece diferente?) que queria que eles encontrassem uma reconciliação dentro de si mesmos.

Eles queriam que eu entendesse como eram as suas vidas.

Um ponto que nunca surgiu em tais conversas foi a ideologia de gênero. As pessoas que eu conheci e conheço hoje não falam de ideologia de gênero, mas de como suas vidas se tornam assustadoras e alienantes à medida que enfrentavam existencialmente e respondiam à pergunta diante delas.

No entanto, uma das coisas mais prejudiciais que a nossa hierarquia e até mesmo o nosso papa fazem é sugerir que esses assuntos devem ser reduzidos à simples categoria da ideologia de gênero. A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos até fornece uma lista de citações papais e catequéticas para ensinar sobre ideologia de gênero.

Isso é bem parecido com o modo como os racistas e os supremacistas brancos usam a “teoria racial crítica” para atacar aqueles que procuram reconhecer o mundo racista de longa data em que vivemos. Um bom ataque é a melhor defesa, pensam eles; essa é a tática católica! A bandeira da ideologia de gênero menospreza o mundo terrivelmente desafiador em que a comunidade transgênero vive e é pouco mais do que um golpe baixo contra um grupo muito precário de pessoas.

Eu sugiro que a tática, em vez disso, deve ser escutar.

Escutar não é apenas ouvir palavras. Escutar é aprender. É por isso que essas pessoas com quem eu falei queriam que eu as escutasse. Queriam que eu conhecesse o mundo delas.

Quando penso naquilo que ouvi, percebo como foi difícil para muitos deles encontrar esse santuário, esse espaço para compartilhar as suas narrativas de luta. Significativamente, as vidas que eles viviam interiormente raramente encontravam o espaço sagrado de que precisavam para se sentirem humanos e acompanhados. Isso é tudo que eu acho que eles queriam de mim.

Entretanto, eu aprendi que eles temiam uma repreensão humilhante e generalizada se tentassem compartilhar a sua situação. É por isso que o discurso retórico da ideologia de gênero é tão doloroso. É apenas um modo de dizer: “Não vamos escutar”, que é exatamente o que a declaração da Arquidiocese de Milwaukee comunica.

Felizmente, cada vez mais pessoas estão oferecendo a essas pessoas um espaço sagrado por meio da escuta. Certamente, os profissionais de saúde mental estão respondendo pelo acompanhamento, e outros estão agora engajados no trabalho científico para entender mais profissionalmente que o fenômeno da autocompreensão transgênero é mais complexo e mais experiencialmente comum do que se reconhecia nas décadas anteriores.

Da mesma forma, depois de décadas de famílias aprendendo a escutar os membros que se deparavam com a experiência da atração por pessoas do mesmo sexo, agora outros estão aprendendo a escutar aqueles membros da família cuja autocompreensão de gênero contradiz seu aparente status biológico.

A Igreja está interessada em escutar?

Recentemente, o cardeal Jean-Claude Hollerich, presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, argumentou que o episcopado precisa aprender a escutar. Ele acrescentou: “A Igreja tem a imagem de uma instituição que sabe tudo melhor do que as outras”.

Aprender a escutar, como disse Hollerich, significa que o episcopado precisa aprender a humildade. Talvez possamos ter um pouco de humildade com uma pessoa que está lidando com a sua autocompreensão de gênero e que gostaria de ser escutada e acompanhada.

O cardeal Joseph Tobin, de Newark, Nova Jersey, recentemente fez comentários semelhantes ao falar sobre a importância de a Igreja buscar diálogo por meio do próximo sínodo. Ele acrescentou de modo clarividente: “Minha definição favorita de heresia é a recusa em lidar com a complexidade”.

As lideranças da Igreja podem aprender uma lição com a ciência sobre a compreensão daquelas pessoas que lidam com a complexidade da disforia de gênero. A revista Scientific American publicou recentemente o artigo “The Disturbing History of Research into Transgender Identity”, observando que os pesquisadores permitiram que suas próprias pressuposições desinformadas infectassem seus estudos. O relatório deixa claro que os pesquisadores não estavam deixando seus sujeitos contarem suas histórias.

A comunidade científica está apenas começando a aprender a escutar a comunidade trans.

De fato, o processo de coleta de dados sobre a experiência das pessoas diante da questão sobre seus corpos e seu gênero tem agora apenas cerca de 10 anos.

A Igreja pode aprender com a comunidade científica que, se quiser acompanhar as pessoas que estão enfrentando a disforia de gênero, precisamos aprender primeiro a escutá-las.

De fato, no dia 26 de janeiro, o Papa Francisco disse aos pais de filhos gays que não os condenassem, mas que os acompanhassem. Isso me soa como a mensagem certa.

Mas precisamos que a hierarquia ouça essa mensagem também. E isso significa aprender a humildade e aprender a escutar, especialmente aquelas pessoas que estão sendo aterrorizadas não pela pergunta que estão enfrentando, mas pela surdez moralista da Igreja que pensa que “sabe tudo melhor do que os outros”.

 

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