“Religião é ato político, mas qual é tua religião e qual tua política?”, indaga bispo anglicano

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13 Setembro 2021

 

Qual o papel da religião em meio a uma pandemia com a dimensão da covid-19? O que líderes religiosos pensam destes tempos que estamos vivendo? Estas e outras respostas buscamos neste Especial Religiões, onde vamos entrevistar lideranças religiosas dos mais diferentes matizes, do espiritismo à matriz africana, da igreja luterana ao budismo.

 

Com as palavras “Quem não ama não conhece Deus, porque Deus é amor”, a reverenda Elaine Nascimento, da Igreja Episcopal Anglicana, em 2019, celebrou o primeiro casamento LGBT do Rio Grande do Sul. A união foi entre Isabella de Vargas Gross e Kauana Rosa Rodrigues.

 

Para Humberto Maiztegui Gonçalves, bispo diocesano da Diocese Meridional em Porto Alegre, a reverenda Elaine, devolveu o que aprendeu daquele casal. “O amor é o amor, ponto. Nada é mais poderoso, por isso na Primeira Carta de João se diz: 'Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor' (1 João 4:8). No entanto, o 'poder excludente' que envenenou a fé cristã nos fez crer que havia algumas formas de amor que não eram amor”, afirma.

 

Com uma vertente progressista, o anglicanismo, um dos ramos do cristianismo, tem sua história iniciada na Inglaterra, no século 16, quando o rei Henrique VIII buscou a anulação de seu casamento e teve como resposta a recusa do papa. Desde então foi se espalhando pelo mundo, tendo, atualmente cerca de 90 milhões de membros. É a terceira maior denominação cristã do mundo, depois da Igreja Católica Romana e das Igrejas Ortodoxas. No Brasil, de acordo com a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, está presente em 150 diferentes localidades do país, boa parte localizada no Sul do Brasil. Possui mais de mais de 100 mil membros batizados e 45 mil confirmados.

 

O casamento entre pessoas do mesmo sexo, dentro da Igreja Anglicana, aconteceu após duas décadas de discussão, com a alteração do cânon (regra que diz respeito à fé e à disciplina religiosa), que até então afirmava que o “o santo matrimônio é a união entre um homem e uma mulher”. Com a mudança, a concepção de casamento passou a ser “a união entre duas pessoas”.

 

Doutor em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e referente da Comissão de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, bispo Humberto ressalta que foi preciso séculos, e a luta e resistência das pessoas LGBTQIA+, para aprender que o amor é apenas amor e pede para ser reconhecido onde estiver, como estiver.

 

Há três anos, dentro da Igreja Anglicana, um coletivo LBGT+, o Anglicanxs+, foi construído para acolher membros da comunidade e promover um espaço de acolhida e conforto. "Nós, na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, temos feito uma linda caminhada com as mulheres (que construíram a plena igualdade dentro da Igreja em 1984) e com pessoas LGBTQIA+ (que construíram a plena igualdade dentro da igreja em 2018). Seguimos caminhando com os povos originários, no diálogo ecumênico e inter-religioso e no engajamento político-profético por justiça, paz e integridade da criação”, pontua bispo Humberto. Há anos a Igreja Anglicana tem bispas mulheres.

 

Em entrevista ao Brasil de Fato RS, bispo Humberto, que também é professor da Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF) da Igreja Católica Apostólica Romana em Porto Alegre, fala da doutrina e do contexto da mesma dentro da atual realidade do país.

 

A entrevista com o bispo Humberto Maiztegui Gonçalves é de Fabiana Reinholz, publicada por Brasil de Fato, 10-09-2021.

 

Eis a entrevista.

 

A partir da experiência que você tem com sua comunidade religiosa, qual a avaliação da situação pela qual passa o país, no contexto social e político?

 

Primeiro preciso apresentar esta “comunidade religiosa”. Sou Bispo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que inicia oficialmente suas atividades neste país em 1890. Somos uma Igreja Católica Reformada cujo pastorado é primeiramente exercido pelo episcopado (como diz o nome), isto é, bispos e bispas (hoje há, em atividade, sete bispos, duas bispas, e em outubro será sagrada mais uma bispa). Os bispos e bispas formam a Câmara Episcopal que, quando considera necessário emite “Cartas Pastorais” ou “Mensagens”, destinadas tanto Às pessoas da própria igreja, quanto à sociedade em geral.

 

Uma dessas cartas pedia o impeachment do atual presidente, publicada em 20 de Janeiro de 2021. Com o título “Não podemos silenciar diante de tamanhas maldades”, afirma: “O descumprimento intencional de obrigações funcionais, a manifestação consciente de um desprezo pela vida, a defesa de torturadores e a ameaça velada de golpe nas eleições de 2022 já seriam razões suficientes para a responsabilização e o adequado processo de impedimento do Presidente (...) o Presidente desrespeita completamente os limites constitucionais, negando a soberania popular consagrada pela longa e sacrificada luta contra a ditadura militar”. Ato seguido o Bispo Maurício Andrade, da Diocese Anglicana de Brasília, estava nos representando junto às igrejas e entidades que entregaram o pedido de impeachment. Esta situação só tem se agravado.

 

A política econômica ultraliberal deste governo está matando as pessoas pobres, já abandonadas durante a pandemia, e agora castigadas pela carestia (gás, alimentos, combustíveis, energia elétrica, etc.). A violência contra os povos indígenas atinge patamares intoleráveis (com o assassinato de lideranças e votação do “marco temporal”). As mulheres e pessoas negras são assassinadas, ignoradas ou desprezadas, e nossos biomas estão em chamas e secando, como nunca se viu em, pelo menos, 30 anos.

 

Costuma-se dizer que viver é um ato político, a religião também seria?

 

Temos que ter cuidado com a palavra e conceito de “religião”, pois ela pode ser apenas a fé ou crença (no sentido de religar dimensões espirituais e vitais), mas também pode ser, com tem sido, um sistema de opressão a serviço dos poderes de dominação, que no ocidente estão historicamente ligados ao cristianismo.

 

A fé judaico-cristã, a partir de sua matriz bíblica, é histórica e política, como disse o arcebispo – anglicano – Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz: “não entendo que Bíblia leem esses que dizem que fé e política não se misturam”. O problema é “como”.

 

Este Deus se revela libertando um povo escravizado, que gemia sob o jugo da exploração de um rei. A política deste Deus tem lado, é o lado das pessoas escravizadas e oprimidas por quem detém o poder e o usa para explorar e matar.

 

No entanto, já no século 4º um imperador se apropriou do cristianismo e o “imperializou”. Houve resistências, houve exemplos alternativos como o de São Francisco de Assis e Santa Clara, mas acabou prevalecendo a aliança com o poder.

 

Na segunda metade do século 20 em América Latina e Caribe surge, em comunhão com os movimentos de libertação de nossos povos, a Teologia da Libertação, de inspiração marxista-socialista-comunitarista que buscou se colocar de novo do lado das pessoas que o Deus Libertador de Jesus (um preso político, torturado e crucificado na periferia) sempre acompanhou. Portanto, sim, a religião é um ato político, mas qual é tua religião e qual tua política?

 

 

Qual o papel da religião e da fé diante do que estamos vivendo?

 

De novo depende de qual religião. A dominante, vendida, instrumento de opressão, ópio do povo, tem um claro papel de justificar o capitalismo, a discriminação, a exploração, a destruição do meio ambiente, a violência, em nome de algumas pessoas que seriam “eleitas”, “santas”, “abençoadas”, e condenar o resto não apenas à miséria aqui, mas, caso se revoltem ou queriam lutar contra a opressão, ao inferno.

 

A outra, minoritária, perseguida, pobre entre gente pobre, que caminha através das pessoas de fé, juntes a todas as pessoas discriminadas, violentadas, assassinadas, exploradas e excluídas, tem apenas esse papel: ser companheira de todes em suas lutas por justiça, paz, dignidade, amor e libertação.

 

Aqui estão muitas fés! As indígenas, as afro-diaspóricas ou de matriz africana, as comunidades e igrejas que se guiam pela Teologia da Libertação em todas suas formas e nuances, pessoas espíritas, budistas, muçulmanas e judias que abraçam a luta do povo. E muitas outras formas de fé, na enorme diversidade espiritual do povo brasileiro, latino-americano e caribenho. Por isso dizemos juntes: vacina no braço, comida no prato, fora Bolsonaro, e estamos ali no dia a dia da resistência e da busca de alternativas para este sistema de morte.

 

Qual a importância da espiritualidade na vida das pessoas?

 

A espiritualidade faz parte da vida humana desde seus primórdios e nunca deixará de fazer parte. Espiritualidade, de novo, não é igual a religião, embora sempre envolva fé. Juan Luis Segundo, teólogo católico romano uruguaio, diz que “a fé (em seu sentido mais amplo e leigo) constitui um componente indispensável -uma dimensão - de toda existência humana”.

 

Pode ser “fé na luta” (como dissemos no 27º Grito das Excluídas e dos Excluídos), certamente uma fé necessária para vencer as forças sempre mais violentas da opressão e da morte. Pode ser fé no amor, essa força que transgride, derruba muros e faz possível o impossível. Pode ser fé em forças da natureza, da Mãe Terra, espíritos da vida, Orixás, ou divindades criadoras e transformadoras que unem (religam) nossa vida concreta a dimensões infinitas.

 

Para as pessoas que vivem os privilégios da opressão essa fé é “conservadora”, porque buscam nela forças para deixar tudo como está, ou aprimorar o que já existe. Para as pessoas que sofrem a opressão e a violência, essa fé é “transformadora” porque busca horizontes novos, vida nova, realidades novas e melhores para todes. Citando o “Credo Nicaraguense” composto por dois ateus, os irmãos Mejía Godoy: “Tu estás ressuscitando em cada braço que se alça para defender o povo do domínio explorador, porque estás vivo no campo, na fábrica, na escola, creio na tua luta sem trégua, na tua ressurreição”.

 

Nesse mais de um ano de pandemia, o Brasil é o segundo país com o maior número de vítimas fatais. Apesar da morte ser algo inerente a vida humana, como sua tradição religiosa lida com ela, em especial nesse momento? Há lições para tirar desta pandemia?

 

Como dizes na pergunta, morte faz parte da vida. No entanto, não lutamos por morte, lutamos por mais vida, porque quanto mais vida seja possível, para mais pessoas, e mais seres deste planeta, mas suave e tranquila será a morte.

 

A vida é nossa responsabilidade, pois ela é dom de Deus, e mesmo quando a morte chegar ela não elimina a vida, pois para as pessoas cristãs – e também para outras tradições religiosas a partir de outras fontes – a vida é eterna. Então, acreditar na vida eterna, começando já, não elimina a luta contra a morte, especialmente aquela que umas pessoas impõem – roubando a vida através da exploração e de todas as formas de violência – a todas as outras. Choramos a morte, lamentamos a morte, e cada morte é mais uma razão para lutar ainda mais pela vida.

 

Assim encaramos as quase 600.000 mortes por covid no Brasil, porque aqui sabemos que estas pessoas foram vítimas de uma política genocida e corrupta que não pode ser esquecida para que não mais se repita. Assim como não esquecemos a ditadura, nem o genocídio indígena e contra as pessoas negras, nem a violência de gênero contra mulheres e pessoas LGBTQIA+, nem contra as crianças, nem contra a vida na terra.

 

Como a religião pode ser um caminho para a construção de uma sociedade mais justa e um planeta mais sustentável?

 

A “religião” como uma forma de viver diversas “fés” pode ser, como tu dizes, “um caminho”, não “o caminho”. Ter fé é ir além, do contrário não é fé. Não se precisa de fé para ver o que está dado pela realidade, para isso é necessário - é essencial - o uso da inteligência e da sabedoria. Mas, ver aquilo que não está mas deveria estar, aonde não chegamos mas temos que chegar, aonde o amor total, geral e irrestrito nos desafia a estar, para tudo isso é necessário fé.

 

A fé é capaz de dialogar e ver vida e energia em pedras, no ar, na terra seca ou fértil, e dar valor a tudo como parte do mesmo todo. Como disse o canto do Sínodo da Amazônia: “tudo está interligado como se fôssemos um, tudo está interligado, nesta Casa Comum”.

 

A religião libertadora e transformadora não apresenta “valores” como algo dado e imposto, mas apresenta o valor de tudo o que forma a teia da vida, e convida a valorizar e se maravilhar sendo parte, comungando, partilhando, criando e recriando, essa rede divina. Então, sim, esta fé de muitas fés, tem o potencial de nos capacitar para uma sociedade mais justa e um planeta mais sustentável.

 

Como tu vês as perseguições a alguns padres e líderes religiosos que criticam o governo Bolsonaro?

 

Na época que os Evangelhos foram escritos se sabia muito bem que não seria possível gerar um mundo novo, justo, amoroso, sustentável e cheio de amor, paz e felicidade, sem perseguições. No final das famosas bem-aventuranças, se adverte: “Felizes são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus 5.11-12). A interpretação fundamentalista usa estes versículos para se “fazer” de perseguida por quem quer inclusão e amor, mas ali diz “os profetas” e estes eram os que denunciavam a injustiça e opressão dos governantes, não a inclusão das pessoas excluídas.

 

Este governo tem que perseguir as lideranças cristãs que lutam junto ao povo pobre e discriminado, porque mostram suas mentiras. Tem de perseguir as religiões de matriz africana e indígenas porque questionam sua supremacia. Tem de perseguir as pessoas ateias porque mostram que esse “deus” que dizem estar acima de tudo são seus próprios interesses. Portanto, damos a mão, abraçamos solidariamente todas as pessoas e comunidades perseguidas, e seguimos enfrente gritando: “não passarão”!

 

Vemos no país o crescimento de uma vertente de pregação mais conservadora e fundamentalista especialmente através das igrejas "evangélicas". Como a Igreja Anglicana se posiciona neste contexto?

 

Nós, na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (há outras que se dizem episcopais ou anglicanas, sendo que algumas até apoiam este governo), temos feito uma linda caminhada com as mulheres (que construíram a plena igualdade dentro da Igreja em 1984) e com pessoas LGBTQIA+ (que construíram a plena igualdade dentro da igreja em 2018). Seguimos caminhando com os povos originários, no Diálogo Ecumênico e Inter-religioso e no engajamento político-profético por justiça, paz e integridade da criação. Este posicionamento, que não é, e jamais será exclusivamente nosso, mas em aliança com muitas irmãs e irmãos na diversidade, nos afasta cada dia mais dessa “religião cristã conservadora e fundamentalista”.

 

Podemos e devemos denunciar a aliança entre estes setores do cristianismo e o poder opressor e destruidor do lucro, e assim faremos na medida que buscamos aprender o sentido de acolhimento, inclusão e partilha na caminhada para o horizonte da vida. Mas é bom dizer que esta tendência não é exclusivamente “evangélica”, há também “católicos”, “espíritas” e de muitas outras religiões e místicas que se vendem como instrumentos de justificação e santificação da morte.

 

Com as palavras “Quem não ama não conhece Deus, porque Deus é amor”, a reverenda Elaine Nascimento, da Igreja Episcopal Anglicana, em 2019, celebrou o primeiro casamento LGBT do Rio Grande do Sul. Gostaria que o senhor nos falasse um pouco sobre isso, essa visão do amor, independente da orientação religiosa, aceita e oficializada por poucas religiões - a visão do amor, diante de um contexto de intolerância.

 

A Reverenda Elaine devolveu o que aprendeu desse casal que estava na sua frente e de muitas pessoas que durante mais de 20 anos foram nos mostrando que Deus estava nos chamando a celebrar o que já tinha santificado.

 

O amor é o amor, ponto. Nada é mais poderoso, por isso na Primeira Carta de João se diz: “Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4:8). No entanto, o “poder excludente” que envenenou a fé cristã nos fez crer que havia algumas formas de amor que não eram amor.

 

Precisamos séculos, e a luta e resistência das pessoas LGBTQIA+, para aprender que o amor é apenas amor e pede para ser reconhecido onde estiver, como estiver. Assim Deus, que estava em muitos lugares e situações não era por nós reconhecido. Não se trata de “acolher” o “diferente”, mas de assumir nossa igualdade, nossa humanidade, nossa diversidade, nossa amorosidade. E isso que temos aprendido e queremos seguir aprendendo.

 

 

Para encerrar, pode nos dar uma breve descrição da doutrina e da filosofia da Igreja Anglicana?

 

O Anglicanismo expressa a sua fé nas palavras de dois grandes credos históricos do cristianismo: o Credo Apostólico e o Credo Niceno, que foram escritos no tempo da igreja indivisa e constituem a confissão normativa da fé católica ainda hoje.

 

Para nós, as Sagradas Escrituras contêm toda a doutrina necessária para a salvação e nada que nelas não possa ser lido ou provado pode ser tido como artigo de fé ou necessário para a salvação.

 

Entretanto, a tradição cristã abrange muito mais do que a Bíblia. Nela se inclui a valiosa contribuição de pessoas consideradas santas e pensadoras do Povo de Deus, a liturgia, o tesouro devocional acumulado durante séculos e as implicações morais da fé cristã na vida diária.

 

Além disso, reconhecendo que as afirmações humanas sobre a natureza de Deus são insuficientes para expressar toda a verdade, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil estimula o estudo e a pesquisa sobre a verdade em todos os campos do conhecimento humano. Não antepõe limites à investigação honesta e moderna exegese bíblica e favorece o uso da razão como faculdade dada por Deus para enriquecer e ampliar a verdade revelada.

 

Acreditamos que o Espírito Santo guia os homens e mulheres na busca da verdade, capacitando a Igreja a relacionar a verdade humana à verdade de Deus revelada em Jesus Cristo.

 

Nossa fé é centrada no testemunho das Escrituras Sagradas, nos credos históricos e Tradição da Igreja Cristã, e no uso da razão - dom de Deus – para entender Sua mensagem em um mundo de cada vez mais rápidas mudanças.

 

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