30 Março 2021
“O cerco do Congresso, dos tribunais superiores, de diplomatas, médicos, enfermeiros, ambientalistas, economistas, advogados, banqueiros e grandes empresários gerou um grito uníssono em Brasília: Basta! Basta de desgoverno, basta de delírios ideológicos e ameaças golpistas, basta de afundar o Brasil no cenário internacional. Há uma exaustão” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 30-0 3-2021.
“Com a demissão do general Azevedo e Silva os militares demonstram ao povo brasileiro que estão firmemente comprometidos com suas funções constitucionais, seus compromissos institucionais e a democracia. Unem-se, assim, a uma ampla parcela da sociedade que não suporta mais tantos desmandos, absurdos e erros, justamente numa pandemia com mais de 300 mil mortos” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 30-0 3-2021.
“O que está muito claro é que o general Braga Netto, que vai para a Defesa, vai encontrar o ambiente militar contaminado pela política, dividido, polarizado. E vai enfrentar, sobretudo, uma dúvida que não é apenas das Forças Armadas, mas de toda a Nação: ele assume para fazer o jogo sujo que o general Azevedo Silva teve a dignidade de se recusar a fazer?” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 30-0 3-2021.
“O trauma Azevedo e Silva cristaliza a mania de Bolsonaro de exigir submissão incondicional, principalmente nos erros, nos absurdos. Assim, tudo muda, mas não se sabe o que muda” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 30-0 3-2021.
“As muitas e importantes movimentações promovidas por Jair Bolsonaro não conseguiram pulverizar a atenção dos congressistas e governadores mais atentos e experientes para o fato do dia: o presidente deu passos importantes rumo à radicalização política e militar, aumentando o grau de instabilidade do País. Tudo isso menos de uma semana após Arthur Lira (PP-AL) ter sugerido a possibilidade de abrir o impeachment. Ao fim e ao cabo, a sensação foi de que a “reforma” privilegiou em parte Lira e o Centrão, mas, principalmente, Bolsonaro” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 30-03-2021.
“A forma como o ministro Fernando Azevedo e Silva deixou o Ministério da Defesa, segundo a Coluna apurou dentro da pasta e com generais da reserva, foi a pior possível”– Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 30-03-2021.
“Braga Netto é respeitado pelos pares. Dão a ele um voto de confiança, mas esperam um gesto de que o papel institucional das Forças será protegido”– Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 30-03-2021.
“O presidente decidiu fazer um PDV (programa de demissão voluntária) no governo. Mas até agora não é possível enxergar nenhum ganho aos brasileiros” - Jean Paul Prates, líder da minoria no Senado (PT-RN) – O Estado de S. Paulo, 30-03-2021.
“A reforma ministerial reflete o enfraquecimento político do presidente Jair Bolsonaro, que aumenta a dependência do Centrão e perde sustentação militar” – Kennedy Alencar, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-03-2021.
“A indicação do delegado federal Anderson Gustavo Torres para a Justiça casa com o plano de uso da Polícia Federal como polícia de governo e não de Estado. O Ministério da Justiça é simbólico, tradicionalmente comandado por nomes de maior biografia. Não tem sido o caso nos últimos tempos, sobretudo no governo Bolsonaro” – Kennedy Alencar, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-03-2021.
“Reformas ministeriais costumam funcionar para dar algum fôlego a governos em crise. No caso de Bolsonaro, ele é a crise. Apesar das trocas em seis pastas, os problemas continuarão porque o país tem o pior presidente da sua História” – Kennedy Alencar, jornalista – Folha de S. Paulo, 30-03-2021.
“A falta de apoio das Forças Armadas na sua tentativa de decretar o Estado de Sítio foi a principal razão para Bolsonaro demitir sumariamente o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, segundo fontes militares ouvidas pela coluna” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-03-2021.
“Cada vez mais só e isolado, o capitão tornou-se incontrolável” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-03-2021.
“Acabou o governo Bolsonaro que tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019. Se e quando virá outro, ninguém sabe como será” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-03-2021.
“Os próximos dias, enquanto o presidente não for contido em sua escalada autoritária, prometem fortes emoções. E tudo isso está acontecendo na antevéspera de mais um 31 de Março, aniversário do Golpe Militar de 1964 sempre defendido por Bolsonaro. Preparem-se” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-03-2021.
“Se eu fosse Jair Bolsonaro, também teria cortado o financiamento do censo demográfico. No ritmo atual, chegaremos a meio milhão de mortos causados pela pandemia no meio de junho. Se contássemos a população esse ano, talvez Bolsonaro se tornasse o primeiro presidente brasileiro a ter seus crimes mensurados pelo IBGE” – Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia – Folha de S. Paulo, 29-03-2021.
“A queda de Ernesto Araújo é o mais duro golpe no bolsonarismo desde a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, no ano passado. Mais do que isso, mostra um governo alijado de condições políticas que não passem pela mão do centrão, metaforicamente respirando por aparelhos no país onde eles faltam na vida real para pacientes de Covid-19” – Igor Gielow, jornalista – Portal Uol, 29-03-2021.
“Há um aspecto da composição do governo Jair Bolsonaro que é muito pouco discutido. É o de como, na linguagem que usa para se apresentar ao mundo digital, transmite uma ideologia neofascista. O motivo pelo qual se fala tão pouco deste lado é porque estes códigos são realmente pouco conhecidos. Mas é também porque parte da lógica da extrema-direita digital está, paradoxalmente, em se disfarçar enquanto se apresenta com clareza. É o que na internet se chama trollagem. E é o que o assessor Filipe Martins fez esta semana no Senado Federal, durante a sabatina do chanceler Ernesto Araújo” – Pedro Doria, jornalista – O Estado de S. Paulo, 25-03-2021.
“A diferença entre o adolescente e a extrema-direita é que a mensagem do neofascismo é xenófoba, é violenta, é antidemocrática. O gesto de Filipe Martins, por exemplo, o símbolo de OK americano apresentado de cabeça para baixo, quer dizer White Power. Poder Branco. É o grito da Ku Klux Klan contemporânea. Os outros supremacistas brancos conhecem o código e sabem do que se trata. Mas é um gesto tão parecido com o de um OK que, quando flagrado, o troll logo diz que era só um movimento de mãos inocente” – Pedro Doria, jornalista – O Estado de S. Paulo, 25-03-2021.
“A alt-right digital está cravada de códigos assim. O ato de beber leite, por exemplo. Há uma característica genética de caucasianos que torna, para eles, mais fácil digerir lactose quando adultos. Daí que quando vários homens adultos bebem leite juntos, nos círculos desta alt-right, estão celebrando serem brancos. Em uma de suas lives no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro e seus assessores beberam leite juntos. Quando questionados, negaram a simbologia, fizeram troça. Mas nos círculos da extrema-direita aquilo foi interpretado como o que é: o sinal de que ‘é um de nós’” – Pedro Doria, jornalista – O Estado de S. Paulo, 25-03-2021.
“Na imagem principal de seu (Filipe Martins) perfil de Twitter estão os versos do grande poeta galês Dylan Thomas. “Do not go gentle into that good night.” Não mergulhe gentil naquela boa noite. É a frase com o qual um velho frequentador do 8chan, o terrorista que matou mais de uma dezena na Nova Zelândia há dois anos, abriu seu manifesto” – Pedro Doria, jornalista – O Estado de S. Paulo, 25-03-2021.
“Parte da maneira como o governo Bolsonaro escolhe se comunicar online é esta. A dos símbolos do fascismo cibernético. O Brasil segue tolerando isto porque finge não ver” – Pedro Doria, jornalista – O Estado de S. Paulo, 25-03-2021.
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Radicalização política e militar - Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU