15 Março 2021
Lembrando as palavras do Papa Francisco, que faz um chamado a não afastar “o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade”, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB e demais entidades que compõe o Fórum Ampliado, tem publicado uma carta pastoral onde denuncia o agravamento do Tráfico Humano neste tempo de pandemia.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
O texto analisa a realidade do Tráfico de Pessoas, “que atinge prioritariamente as pessoas mais vulneráveis”, uma realidade que tem aumentado com a pandemia da Covid-19, que “exacerbou e trouxe à tona as escandalosas desigualdades econômicas e sociais sistêmicas que estão entre as principais causas do tráfico humano”. A carta, assinada pelos bispos da Comissão, denuncia os novos modelos que os aliciadores/as criaram “neste contexto de isolamento social... especialmente por meio das modernas tecnologias de comunicação”. Também tem se dado conflitos nas fronteiras entre polícia e imigrantes, e também tem aumentado os casos de trabalho escravo, segundo o escrito.
A Comissão solicita “que as autoridades brasileiras do campo político e eclesial se comprometam”, colocando uma série de pedidos. Tem sido pedido “fortalecer e/ou aprimorar os instrumentos legais... para impedir que traficantes de pessoas e aliciadores ajam impunemente durante a pandemia”; que a Igreja assuma “com prioridade o enfrentamento a estes crimes contra a vida humana”; vacina e Auxilio Emergencial “para reduzir as desigualdades sociais que lançam as pessoas na roda viva do tráfico de pessoas”.
Confira o texto na íntegra:
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Comissão contra o Tráfico Humano da CNBB pede compromisso político e eclesial para enfrentar esse crime na pandemia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU