01 Novembro 2020
“A máquina de produzir loucura está ativa produzindo futuro, um futuro distópico que pode ser sem nós” – Ailton Krenak, escritor e ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Enquanto Jair Bolsonaro se apressa em decretar que a pandemia está no fim, secretários de Saúde estão em alerta quanto à possibilidade de uma segunda onda da covid-19. Os sinais, dizem, são claros: a doença não é página virada e a vacina ainda não está pronta. Para piorar, pesquisa estrangeira indica uma provável mutação do coronavírus que agora circula pela Europa. Segundo Carlos Lula, do Conass, se o estudo for confirmado, será necessário fechar nossas fronteiras e restringir o tráfego aéreo no Brasil novamente: “Não haverá outro jeito” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está atento ao que acontece nos EUA e na Europa, onde recordes negativos da covid-19 estão sendo batidos quase diariamente. O governo federal e também o Congresso, por ora, fazem vistas grossas” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“Esse cenário preocupante será tema de encontro da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que deve ocorrer nas próximas semanas” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“Segundo Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê Científico do Nordeste, há temor especial com as viagens de verão e as festas de final de ano” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“A segunda onda de sabotagem oficial é mais escancarada. Bolsonaro não se esforça mais para manter as aparências. Integrantes do governo reconhecem, sem pudor, que a saúde pública é explorada pelo presidente apenas para alimentar sua rivalidade com outros atores” – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Doria tenta mesmo tirar proveito político de um imunizante que ainda nem foi aprovado, e Bolsonaro trabalha para desacreditar a vacinação em geral. Enquanto isso, o país chega à marca de 160 mil mortos” – Bruno Boghossian, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Homofobia é crime equiparado ao racismo. E precisa acabar!” - Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia no Brasil, sobre Bolsonaro dizer que era brincadeira a piada homofóbica que fez no Maranhão sobre o refrigerante cor-de-rosa – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“De modo diferente do planejado sob indução e orientação do general Eduardo Villas Bôas —quando, apesar de quase invalidado por doença neuromuscular, comandava o Exército porque visto como democrata—, estamos vendo os passos iniciais de um governo mais sob decisões e comando de militares do Exército do que de Bolsonaro e seu grupo” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“A turma da privataria da saúde desprezou um velho conselho de Tancredo Neves e deu-se mal: “Esperteza quando é muita come o dono” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Em 2019 essa turma produziu em segredo um projeto que virava de cabeça para baixo a legislação que rege os planos de saúde. Tinha 89 artigos, nenhum a favor da clientela. A peça havia sido produzida num escritório de advocacia por um consórcio de entidades, seguradoras e operadoras e a consulta ao seu texto era sigilosa. Divulgada, a armação explodiu e ficou sem pai nem mãe. Covardemente, ninguém saiu em sua defesa, nem os autores” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Individualmente, entre os çábios da privataria médica há renomados profissionais, ou respeitados gestores. Coletivamente, eles se misturam com larápios e operadores do escurinho de Brasília, incapazes de botar a cara na vitrine. Se praticassem esse tipo de promiscuidade no tratamento de seus pacientes privados, a medicina brasileira já teria migrado para Miami” – Elio Gaspari, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“É um crime contra a humanidade enxovalhar a vacinação em geral, como faz Jair Bolsonaro, ou uma possível vacina contra a Covid, seja anglo-sueca, chinesa, americana, alemã ou russa. Devemos nos preparar para oferecer vacinas e não esquecer que a epidemia está longe de terminar. Os mortos por Covid no Brasil ainda são o triplo do número de assassinados no país, na média por dia. A Covid mata 15 vezes mais que o HIV, ainda pela média diária. Quatro vezes mais que os acidentes de trânsito” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Há esperanças: uma vacina, o nosso SUS e que a maioria de nós não seja infectada pela desumanidade presidencial. Enquanto esperamos, nós que aqui estamos temos de tomar cuidado ainda. A Europa está nos avisando” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“A juventude que vive crises muito vorazes tem inserções mais precárias do que as juventudes anteriores e posteriores” – Ricardo Henriques, economista pela UFF (Universidade Federal Fluminense), superintendente executivo do Instituto Unibanco – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“A economia das instituições nos ensinou há décadas que, nas crises, você precisa de mais coordenação. No caso da educação no Brasil, ocorreu o contrário disso. O MEC saiu de cena” – Ricardo Henriques, economista pela UFF (Universidade Federal Fluminense), superintendente executivo do Instituto Unibanco – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“Recuar, para Bolsonaro, é um método. Os sucessivos decretos sobre as armas mostraram isso didaticamente” – Alessandro Vieira, senador -Cidadania-SE, sobre as cabeçadas do governo no episódio do decreto das UBS – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“O “método” do presidente traz à memória a máxima de Abelardo Barbosa (1917-1988), o Chacrinha: eu vim para confundir, não para explicar” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“O general vice-presidente contesta o capitão presidente em inversão de poder de mando. Sem rumo, ‘la nave va’” – Roberto Freire, presidente do Cidadania, sobre Hamilton Mourão e Bolsonaro – Folha de S. Paulo, 01-11-2020.
“De intriga em intriga, o governo parece ser displicente diante de sinais que não deixam dormir os mais obcecados. Os responsáveis no governo pela economia não entendem o Congresso. Este funciona no ritmo das eleições que se aproximam. E governar implica apontar caminhos, os quais muitos se obstinam em não aceitar” – Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“No fundo vivemos, e pior, mansamente, o início de uma crise política. Com o que se preocupa quem tem nas mãos as rédeas do poder? Ao parecer, mais com o que lhe toca diretamente, como a reeleição, ou com os familiares, do que com os sinais de alarme que já estão soando fortes...” – Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República – O Estado de S. Paulo, 01-11-2020.
“Quanto mais você lê sobre Bolsonaro e a pandemia, mais fica te imobilizando a cabeça” – Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú – Portal Uol, 01-11-2020.
“A pandemia deu visibilidade que o governo não está fazendo. Ou, se fez, não foi o suficiente. Os empresários perceberam que não ia dar certo se eles não assumissem isso. Os motivos são vários. Pode ser o medo de uma convulsão social. Outros se sentiram moralmente responsáveis. Ou acordaram para essa questão. Ou porque os grandes fundos internacionais estão pressionando para que as empresas daqui mostrem, de uma forma muito transparente, o que estão fazendo na área ambiental, social e de governança. Os motivos são diversos, e cada empresário se identifica com uma dessas causas” – Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú – Portal Uol, 01-11-2020.
“A internet foi mais um fator de agravar desigualdades. Isso me angustia muito, porque as pesquisas mostram que mais de 5 milhões de alunos não receberam nada de aula durante a pandemia. Um negócio totalmente diferente das escolas privadas. Nas públicas foi muito precarizado. E não sabemos quando vai terminar essa pandemia. Não sabemos se em 2021 vai ser normal. Provavelmente não desde o começo. É dramático. Mostra que o Brasil precisa valorizar muito mais a educação” – Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú – Portal Uol, 01-11-2020.
“Quantas vezes o Paulo Guedes [ministro da Economia] explicitamente quis tirar o dinheiro da educação? Nos bastidores, deve ser o tempo todo. Tirar dinheiro do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica] é um absurdo. Existe neste governo uma grande desresponsabilização do Estado nas políticas públicas. E uma atribuição às famílias por essa responsabilidade. É muito claro que a Damares Alves [ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos], agora mais do que nunca, quer implantar o homeschooling, porque aí a responsabilidade não é do Estado, é da família. É um retrocesso enorme em um país como o Brasil. Porque não são os alternativos que eu conheço que vão adotar isso. A população das periferias é que vai ser atingida” – Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú – Portal Uol, 01-11-2020.
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“A máquina de produzir loucura está ativa produzindo futuro, um futuro distópico que pode ser sem nós” – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU