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Guatemala. Alvaro Ramazzini, o cardeal que luta pelos Índios

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01 Outubro 2019

O bispo da Guatemala, filho de migrantes italianos, é um dos 13 pastores que receberão o púrpura do papa Francisco no dia 5 de outubro. Sempre na linha de frente entre os pobres, ele diz: "meu povo tem direito a melhores condições para não ser obrigado a emigrar".

A reportagem é publicada por Famiglia Cristiana, 26-09-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

"Um telefonema me acordou durante a noite para me comunicar que eu era cardeal, foi assim que fiquei sabendo. Um amigo da Itália ouviu o Papa citar meu nome no Angelus e me avisou”. D. Alvaro Ramazzini é espontâneo e ainda surpreso com a decisão do papa Francisco de nomeá-lo cardeal. "Pensei que fosse algum aviso, por exemplo, da Secretaria de Estado, mas foi uma notícia inesperada", ele nos relata, enquanto ajuda a mãe idosa que mora com ele há alguns anos.

Na diocese de Huehuetenango, na Guatemala, o novo cardeal, nascido em 16 de julho de 1947, continua a enfrentar seus compromissos de sempre: receber visitas de pessoas, organizar as reuniões com os jovens e a programação para a pastoral social.

Estamos em uma área montanhosa da América Central, onde os picos ultrapassam os 3 mil metros, situada entre a capital, Cidade da Guatemala e o México. Não muito longe, estão as extraordinárias ruínas da civilização maia, testemunho de um povo importante cujos descendentes hoje vivem uma forte crise social. O contexto em que o país se encontra é um dos mais difíceis da América: a Guatemala é uma mina de belezas naturais e arqueológicas, mas atormentada por enormes problemas, em primeiro lugar a pobreza da população, em grande parte indígena, marginalizada e relegada a não contar nada. 46,5% das crianças de 0 a 5 anos sofrem de desnutrição: são na sua maioria índios e pobres, espalhadas por todo o país. Nove em cada dez pessoas trabalham nos campos, com sistemas pouco produtivos.

Quase metade dos guatemaltecos se desloca todos os anos durante seis meses para o México para coletar café 12 horas por dia por 4 euros, enquanto os mais afortunados sonham em ir para os Estados Unidos. Com o endurecimento da política de migração do presidente Trump, essa opção se tornou difícil. Além do muro de fronteira que avança toda vez que o Congresso autoriza os financiamentos, os repatriamentos dos EUA continuam sem interrupção, enquanto a Guarda Nacional torna quase impossível a travessia dos "indocumentados". Muitos tentam atravessar o México agarrados ao teto de algum trem de carga, "a Besta": uma jornada que muitas vezes termina em morte. Esse é o panorama em que D. Ramazzini, de origem italiana e coração guatemalteco, opera, um dos 13 sacerdotes a quem o Papa Francisco entregará o barrete cardinalício em 5 de outubro. Uma data simbólica por ser a véspera da abertura do Sínodo dos Bispos dedicado à Amazônia e o início do Mês missionário extraordinário.

Eis a entrevista.

Como se tornou padre?

Na quarta série, a professora convidou um frade dominicano para nos contar sobre a salvação das almas. Fiquei impressionado com a afirmação de que ser padre contribuiria para essa missão. Depois do ensino básico, tive que me matricular no ensino médio e passei junto com minha mãe em frente ao seminário na Cidade da Guatemala. Era perto da igreja de Nossa Senhora do Carmo, minha protetora. Entramos e, depois de uma conversa, o padre me disse: estamos esperando por você em breve. Estudei filosofia na Guatemala e teologia em Mérida, no México.

Suas origens são italianas: você também é um emigrado?

De fato é isso", ele responde, rindo. “Minha família vem da Lombardia, de Bréscia, não muito longe do lago de Garda. Assim que tive a oportunidade, fui para a Itália. Em 1976, na Gregoriana, estudei Direito Canônico e aperfeiçoei o italiano, também porque, se posso dizer, gosto de me expressar na língua do interlocutor.

A corrupção generalizada, tanta emigração, a falta de cuidado com os pobres: muitas são as necessidades da Guatemala. Por onde começar?

O objetivo é trabalhar para sairmos da miséria e da pobreza. Você realmente acredita que os guatemaltecos adoram deixar sua terra quente, ir morar em cidades distantes, cheias de neve, onde nem mesmo entendem o idioma? Além disso, ter que lidar com pessoas desconfiadas ou racistas, com o risco de ser repatriado, aumenta o desconforto. Eu experimentei isso alguns meses atrás, quando fui visitá-los nos EUA. São vítimas de um sistema neoliberal que produz esses frutos. Emigração e pobreza crescem juntas, uma como consequência da outra. Se não nos empenharmos como país para reduzir a miséria, sempre teremos caravanas de migrantes saindo das aldeias em busca de trabalho.

Qual foi o seu envolvimento como pastor da igreja diante dessas necessidades?

Assim que fui nomeado bispo na diocese de San Marcos, em 1988, fundei a Pastoral da Terra, um trabalho intenso para a valorização dos recursos agrícolas, uma riqueza que pode melhorar a vida de muitas pessoas. A dignidade do trabalhador também precisava ser valorizada. Com a Casa do Migrante, começou a proteção especialmente dos migrantes menores não acompanhados. Há um ano tenho um programa de rádio às 7 horas da manhã sobre Evangelho e a consciência social: caminham juntos, isso nos é ensinado por São Paulo VI.

É por isso que você recebeu ameaças em San Marcos?

Eu protegia os direitos dos agricultores, lutava pela reforma agrária, pela defesa do povo maia. Começamos a estudar o impacto ambiental das minerações, as consequências para a saúde das pessoas e da natureza. Era minha obrigação como pastor, não pude me isentar, tinha que apoiar aqueles que não têm voz e a preservação da natureza, um bem que, em vez de proteger, estamos destruindo.

Em 2010, foi nomeado Embaixador da paz e premiado por seu empenho em favor dos direitos humanos. Existe algum outro tema importante para você?

Claro, os prisioneiros. Eles vivem em condições indignas. Em uma cela de tamanho médio, colocam 80 a 85 pessoas, com apenas um banheiro: é impensável. Com um padre Mercedário (uma ordem religiosa criada originalmente para o resgate dos escravos, ndr), tentamos visitá-los propondo uma reforma do sistema prisional e o método de reclusão. Por que eu faço isso? Eu tenho em mente o Evangelho de Mateus 25.36: "Eu estava preso ...". É um ato de misericórdia.

A misericórdia é um tema caro ao Papa Francisco. Você o conheceu antes que ele se tornasse Pontífice.

Sim, por ocasião de um encontro com a Conferência Episcopal Argentina, e outra vez nos encontramos no Brasil, no santuário de Aparecida (onde em 2007 foi realizada a Quinta Conferência Episcopal latino-americana que, com a significativa contribuição do Cardeal Bergoglio, elaborou as linhas comum para a missão no continente, ndr). Sua eleição foi uma surpresa, também porque, como uma pessoa bastante silenciosa, se revelou um comunicador e um guia valioso para a Igreja. Estou 100% em sintonia com ele, não apenas com seu pensamento, mas também com seus gestos simples e diretos. Comportamentos e ideias em que me enxergo e me coloco de maneira natural.

Com a nomeação como cardeal, o que muda para você agora?

Devo continuar minha missão ainda mais intensamente, pois acredito que a nomeação é uma confirmação pelo compromisso iniciado, bem como um gesto de carinho do Pontífice pelo meu país. Um desejo? A reforma agrária, talvez acompanhada pela visita do Papa à Guatemala.

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