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Deveríamos chamar os padres de ''padres''?

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19 Agosto 2019

Talvez seja hora de levar a sério os perigos inerentes ao uso da forma de tratamento “padre”.

A opinião é da teóloga inglesa Anne Inman, professora da Universidade de Notre Dame, em Londres. O artigo foi publicado em The Tablet, 16-08-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

De acordo com o Evangelho de Mateus, há uma palavra que Jesus disse a nós, seus seguidores, que não usássemos ao nos dirigirmos a qualquer pessoa sobre a terra: essa palavra é “pai” (Mateus 23,9). No entanto, no mundo de língua inglesa, atualmente, usamos “father” ["pai"] como uma forma de nos dirigirmos a todos os padres ordenados [“padre”, no português, vem do latim “pater”, que também significa pai], e o papa é chamado em inglês de “Holy Father” [“Santo Pai”, em tradução literal].

Embora a advertência de Jesus sobre essa forma de tratamento nunca tenha tido a intenção de ser uma proibição generalizada, ela também não deveria ser ignorada, sem dúvida. A partir de Mateus 23,9, fica claro que o propósito de Jesus era advertir seus próprios discípulos contra três tendências que ele identificou em alguns líderes judeus da sua época: eles não deveriam ceder à autoimportância; não deveriam se colocar acima de outras pessoas; não deveriam colocar sobre os outros fardos que fossem muito difíceis de carregar.

Assim como o Papa Francisco adverte repetidamente contra os perigos do clericalismo, talvez seja hora de levar a sério os perigos inerentes ao uso da expressão “pai/padre” como forma de tratamento. Desde a segunda metade do século XIX, o uso da expressão “pai/padre” como um termo de respeito para todos os sacerdotes ordenados serviu como um dos principais pilares do clericalismo. Ao mesmo tempo em que estimula a autoimportância sacerdotal, ela também serviu para infantilizar os leigos, proporcionando, assim, um cenário perfeito para que certos sacerdotes depravados molestassem crianças impunemente.

Assim, quando os sacerdotes, debaixo da cobertura do seu status exaltado, eram capazes de cometer os crimes mais indescritíveis contra crianças, os próprios pais das crianças, seus protetores naturais, eram incapazes de protegê-las, pois eles mesmos, em sua relação com o padre, assumiram o papel não de pais em relação a seus filhos, mas sim de filhos em relação ao “pai/padre” abusador.

Os padres nem sempre foram chamados de “pais/padres”, embora, desde o início, os cristãos tenham começado a chamar seus mentores espirituais de “mães/madres” ou “pais/padres”. O termo “pai/padre” continuou sendo usado como uma forma de se dirigir àqueles homens que os cristãos procuravam como mentores espirituais, enquanto a própria presença das “mães/madres” da Igreja primitiva foi em grande parte apagada da história. Pensamos principalmente nos Padres do deserto; diretores espirituais, mas que geralmente não eram sacerdotes ordenados. O confessor homem era reverenciado como um pai espiritual e tratado como tal. Ele era procurado pela sua santidade.

Quando os padres começaram a assumir o papel de confessores, eles passaram a ser chamados de “pais/padres” quando atuavam nessa função, mas “pai/padre” ainda não era o título formal para o sacerdote ordenado. Ao longo da Reforma, os padres católicos na Inglaterra eram chamados de “Sir”. Assim, por exemplo, Eamon Duffy, em “The Voices of Morebath”, escreve que o sacerdote que serviu à paróquia de Morebath na época da Reforma inglesa era “Sir” Christopher Trychay.

Foi somente na segunda metade do século XIX que “pai/padre” se tornou a forma de tratamento de todos os sacerdotes ordenados, em grande parte graças ao cardeal Manning, arcebispo de Westminster (1865-1892). Em seu livro “The Eternal Priesthood” (1883), Manning descreve o título de “pai/padre” como “o primeiro, o principal, o mais elevado, o mais poderoso, o mais persuasivo, o mais honrado de todos os títulos de um sacerdote” (p.22). O livro de Manning foi extremamente influente no mundo de fala inglesa.

A restauração da hierarquia inglesa ocorreu em 1850, e, sem dúvida, o uso do título “pai/padre” para os sacerdotes católicos romanos ajudou a diferenciá-los de suas contrapartes anglicanas. Mas, para Manning, era muito mais que isso. Manning tinha uma noção altamente exaltada da santidade que um sacerdote deveria e poderia alcançar. O padre deveria se colocar acima dos outros em termos de perfeição espiritual. Manning diz que o papel do padre como professor, guia e juiz dos homens (sic) exige perfeição espiritual.

Em retrospecto, fica claro que Manning colocou sobre os sacerdotes um fardo que, para a maioria, era muito difícil de carregar. Ao se esforçarem pela perfeição, eles podem tomar consciência dolorosamente de que ficaram aquém do esperado. Estabelecidos como modelos de santidade, era quase como se tivessem uma hipocrisia forçada sobre eles. A discrepância entre a luz sob a qual foram retratados e a realidade das suas vidas era um pesado fardo colocado sobre eles. E, para manter a ilusão, era necessário focar nas vidas de sacerdotes muito santos (dos quais, é claro, havia muitos), mas manter ocultos os pecados dos outros.

Nessa atmosfera, um século depois do livro de Manning, quando os bispos estavam se conscientizando do abuso sexual de crianças por padres, muitos sucumbiram à tentação de encobrir os abusos.

Talvez seja hora de todos os católicos adultos refletirem sobre Mateus 23,9 e pensar sobre os perigos de chamar os padres de “padres”, e de todos os padres católicos pensarem sobre os perigos de aceitar o título por parte de outros adultos.

Em fevereiro deste ano, a irmã nigeriana Verônica Openibo, superiora da Sociedade do Santo Menino Jesus, dirigiu-se à cúpula vaticana sobre a proteção de menores. No fim de sua apresentação, ela se dirigiu diretamente ao papa e o chamou de “Irmão Francisco”. Como uma “Irmã” e como alguém preocupada com a proteção de menores, parece-me que “Irmão” era uma forma de tratamento totalmente apropriada para ela usar, no lugar do habitual “Santo Padre”.

Talvez seja hora de todos nós trabalharmos no sentido de formas de tratamento para os nossos sacerdotes que, embora demonstrem o devido respeito, não sirvam, ao mesmo tempo, para minar as nossas próprias responsabilidades como cristãos adultos.

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