10 Agosto 2019
Centenas de velas acesas iluminaram nessa quinta-feira à noite, 8 de agosto, uma vigília de oração que foi realizada em frente à Catedral da Imaculada Conceição, reunindo uma multidão de cerca de 1.200 católicos.
A reportagem é publicada por Servizio Informazione Religiosa - SIR, 09-08-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“A luz das velas ilumina a verdade nas trevas” foi o tema da vigília organizada pela Comissão Justiça e Paz da Diocese de Hong Kong (HKJP), pela Federação dos Estudantes Católicos de Hong Kong (HKFCS), pela Comissão Juvenil Diocesana e pelo grupo de interesse social da Paróquia de São Bento.
Das 19h às 21h, a multidão se reuniu primeiro em frente à catedral e, depois, marchou por todo o bairro comercial central até o Tribunal de Recursos de Hong Kong, cantando hinos e segurando velas eletrônicas.
No convite, a Comissão Justiça e Paz escreveu: “Depois das manifestações antichinesas, a sociedade de Hong Kong permaneceu bloqueada, e muitos conflitos violentos eclodiram, e ainda não foi possível identificar os responsáveis. Nesta noite escura e profunda, rezemos por Hong Kong, nossa casa comum, e confiemos toda frustração, dor e exaustão ao Pai amoroso”.
A Comissão Justiça e Paz pediu “a completa retirada da polêmica emenda à lei de extradição; a instituição de um comitê de inquérito independente capaz de investigar o conflito entre manifestantes e policiais; a retomada das reformas políticas”.
O bispo auxiliar de Hong Kong, Dom Joseph Ha Chi-shing, também participou da vigília e convidou a multidão e os manifestantes a usarem métodos pacíficos e a razão. “Nos últimos dois meses, nós realmente experimentamos o limite da humanidade e devemos rezar”, relatou o site de informações religiosas da Ásia, Ucanews.
“A violência só criará mais violência. O ódio só produzirá mais ódio. A injustiça nunca alcançará a justiça. A história demonstra que só a paz e a razão podem estabelecer uma paz de longo prazo.”
Mas em Hong Kong a situação está ficando mais quente a cada dia. Diante dos confrontos entre a polícia e os manifestantes, o bispo pediu uma pausa: “Podemos parar um pouco e nos dar reciprocamente um período de recuperação para pensar no que fazer depois”.
Enquanto isso, porém, os protestos continuam. Nessa sexta-feira, 9, centenas de pessoas se reuniram no aeroporto de Hong Kong para a primeira de uma série de manifestações não autorizadas. Os manifestantes se apresentaram vestidos de preto e com cartazes para pedir mais liberdade e democracia e para criticar a polícia e o governo local liderado por Carrie Lam.
De acordo com os planos dos organizadores do protesto, os ativistas devem permanecer no aeroporto durante todo o fim de semana. Até agora, não houve confrontos entre a polícia e os manifestantes – ao contrário do que ocorreu em outras manifestações nas últimas semanas – e não houve outros problemas.
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Hong Kong: católicos rezam em frente à catedral, e bispo auxiliar pede paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU