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A violência dos pais de hoje

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28 Mai 2019

"Por um lado, os filhos comandam os pais, pelo outro, os pais podem mostrar uma radical intolerância à sua existência, à irregularidade natural da sua vida."

O comentário é do psicanalista italiano Massimo Recalcati, professor das universidades de Pavia e de Verona, em artigo publicado por La Repubblica, 26-05-2019. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Todos conhecemos, no tempo em que a ideologia patriarcal ainda dominava, a violência disciplinar do pai-patrão. O seu meio era sádico, seu objetivo pedagógico: moralizar a vida do filho. No entanto, os terríveis crimes de que vários pais recentemente se mancharam contra seus pequenos filhos indefesos não pertencem mais a esse paradigma. Espera-se que um pai suporte a angústia dos filhos ou aquela que a vida dos filhos pode suscitar. Em geral, a tarefa dos pais é de sobreviver à angústia "dos" filhos ou "pelos" filhos.

Nestas passagens para o ato atroz encontramos a total incapacidade dos pais de suportar essa angústia, de suportar o grito "naturalmente" inquieto da vida do filho. Os protagonistas desses crimes hediondos não são, portanto, pais, apesar de serem os progenitores naturais da vida de seus filhos. Eles não são pais porque não assumiram a responsabilidade ilimitada que toda paternidade comporta: acolher e sustentar a vida do filho, suportar a sua angústia. Mas, ainda mais precisamente, esses pais não são pais porque ainda são filhos; filhos incapazes de suportar a menor frustração.

Eles não são pais porque são apenas progenitores biológicos, chamados heterossexuais, ou seja, naturais que, porém, nunca deram realmente o passo simbólico de paternidade e da responsabilidade que esse passo acarreta. Por isso podem, em vez de proteger as suas vidas, transmitir a morte para seus filhos. Não mais, no entanto, como acontecia no tempo do pai-patrão louco que no século XX impelia seus filhos à morte gloriosa em nome da Causa. Esses novos pais intolerantes, ou melhor, esses novos filhos-pais, aniquilam a vida do filho de maneira mais simples, como se fosse o incômodo de uma mosca ou de um barulho irritante que perturba impunemente seu sono tranquilo. Sua violência desconcertante é a irmã de sua mais inusitada fragilidade.

Jamais nenhuma época como a nossa dedicou tanto cuidado e atenção à criança, às suas necessidades e aos seus desejos. A antropologia fala até de uma "mutação" fundamental que ocorreu nas últimas décadas: enquanto no tempo do patriarcado era a criança que precisava se adaptar às leis simbólicas da família, hoje parece que sejam as leis simbólicas da família que devem se dobrar diante dos caprichos anárquicos da criança. No entanto, a recente série desses crimes nos confronta com outra face da mesma verdade: os pais contemporâneos são filhos frágeis, egoístas e amedrontadas, concentradas apenas em si mesmos, incapazes de uma autêntica doação.

O êxito dessa fragilidade - como ensina a clínica da família contemporânea - é, acima de tudo, a abdicação de sustentar o peso da educação dos próprios filhos. Essa abdicação é a matriz comum do fenômeno da "criança rei" que dobra as leis da sua família às leis de seu capricho e daqueles pais que, pisoteando sua função simbólica, agridem seus filhos em vez de proteger suas vidas. Aqui aparece com toda a evidência um paradoxo do nosso tempo: por um lado, os filhos comandam os pais, pelo outro, os pais podem mostrar uma radical intolerância à sua existência, à irregularidade natural da sua vida. Vemos isso, mesmo sem os tons traumaticamente brutais desses crimes hediondos, em todos os lugares: perdidos em sua função educacional, a exigência premente que os pais dirigem aos educadores (professores, psicólogos, educadores) é de tornar o seu filho normal, de sedar, em outras palavras, a inquietude "natural" de sua vida, de acalmar seu choro, de dormir em paz.

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