20 Fevereiro 2019
Estas são as preferências apostólicas universais da Companhia de Jesus para o próximo decênio 2019-2029:
A reportagem é de Amedeo Lomonaco, publicada por Vatican News, 19-02-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
As preferências apostólicas universais escolhidas “estão em sintonia com as atuais prioridades apostólicas da Igreja expressas através do magistério ordinário da Papa, dos Sínodos e das Conferências Episcopais, principalmente a partir da exortação Evangelii Gaudium". É o que o Papa Francisco enfatiza em uma carta dirigida ao padre Arturo Sosa, Superior Geral dos jesuítas. O que foi realizado, acrescenta o Pontífice, foi um "discernimento dinâmico", não um processo "de biblioteca ou de laboratório".
A primeira preferência, o Papa também escreve na carta, é fundamental porque pressupõe como "condição primária a relação do jesuíta com o Senhor, a vida pessoal e comunitária de oração e discernimento".
As preferências apostólicas são o resultado de um processo de discernimento que durou quase dois anos. Representam "quatro âmbitos vitais" para o mundo de hoje. Como recordou recentemente o padre Sosa, eles inspiram os jesuítas "no discernimento e no planejamento apostólico". São pontos de referência, horizontes e orientações para toda a Companhia. Enfatizam a maneira como os jesuítas podem "fazer melhor uso dos meios à sua disposição para servir à missão reconciliadora de Cristo no mundo".
São a resposta da Companhia às necessidades da Igreja. Numa sociedade marcada por mudanças profundas, as preferências são estabelecidas "através da análise sociopolítica, da reflexão teológico-pastoral e do discernimento". Nos próximos 10 anos, foram escolhidas 4 preferências, confirmadas pelo Papa Francisco.
O discernimento, explicou o padre Sosa, ilustrando nos últimos dias as 4 preferências apostólicas, é uma necessidade para a Igreja. Os exercícios espirituais, acrescentou ele, são um caminho preferencial para os jesuítas. É também fundamental, no que diz respeito aos exercícios, trilhar o caminho da criatividade. Novas formas devem ser encontradas para que os exercícios, disse o preposto, se adaptem a diferentes grupos, realidades e contextos.
Caminhar com aqueles que são descartados, disse o padre Sosa, significa aproximar-se ao mundo dos pobres, ir às periferias, ir ao encontro das pessoas. "Queremos seguir um caminho, acrescentou ele, para promover a justiça social". "Queremos promover a mudança das estruturas econômicas, políticas e sociais que causam injustiças". "Queremos eliminar a chaga dos abusos da vida da Igreja e da sociedade". Um drama, lembrou o padre Sosa, que assume várias formas, incluindo os abusos sexuais e de poder.
Caminhar com os jovens significa também olhar o mundo a partir de sua perspectiva. Os jovens, enfatizou o preposto geral dos jesuítas, podem ajudar a compreender as mudanças na sociedade, perceber o sentido de uma nova cultura. Devemos, portanto, "abrir espaços para os jovens e sua criatividade". O padre Sosa também indicou outra prioridade: precisamos aprender com os jovens.
A quarta preferência diz respeito à casa comum. Devemos tentar, disse padre Sosa, participar de ações urgentes capazes de frear e conter a deterioração ambiental. Também devemos procurar fórmulas alternativas. Para dar respostas a essas preferências, disse o preposto dos jesuítas, um grande desafio é o da colaboração. A colaboração deve ser, concluiu, um ponto forte de nossas ações.
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Francisco: preferências apostólicas dos jesuítas em sintonia com as prioridades da Igreja - Instituto Humanitas Unisinos - IHU