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11 Janeiro 2019

O estado é laico, mas as pessoas não. A maioria das pessoas são religiosas e precisamos respeitá-las; e muito mais importante: compreendê-la.

O artigo é de Wagner Francesco, teólogo e advogado, publicado por CartaCapital, 10-01-2019.

Eis o artigo.

Nestas eleições vimos de modo escancarado cristãos defendendo um candidato conhecido mundialmente por seus comentários racistas, machistas, homofóbicos, a favor da da tortura. A pergunta é: o que deu errado entre a esquerda e o cristianismo no Brasil?

São vários pontos de partida, mas em minha visão, começou a dar errado quando nós da esquerda lemos e internalizamos apenas a última linha de uma das frases mais conhecidas do Karl Marx. Segundo ele, no “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”, (pg. 151 da edição da Boitempo):

A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração, assim como o espírito de estados de coisas embrutecidos. Ela é o ópio do povo.

Ora, pensamos como socialistas: “se a religião é o ópio do povo então ela é inútil como instrumento de mudança de sociedade. Se ela é o ópio do povo, não tem nada a nos oferecer”. E tal como Marx pensava no século 19, pensamos ainda hoje que a religião é baluarte de conservadorismo e obscurantismo. E pensamos assim no Brasil, um dos países com mais cristãos no mundo.

Então desejamos extirpar a religião de nosso meio e mudar a sociedade por meio da política – inclusive usando a arte como protesto. E não nos demos conta do que disse Marx: “a religião é o protesto contra a miséria real”. Há a miséria real e a religião é um protesto contra ela – assim como a arte. Aliás, religião e arte fazem parte da mesma dimensão humana.

O fato é que considerar o cristianismo apenas como ópio e morada do conservadorismo e do obscurantismo limita demais a grandiosidade desta religião e não faz jus ao projeto de sociedade defendido por Jesus Cristo – que era, antes de tudo, alguém comprometido com a mudança do mundo e com o bem estar dos oprimidos pelo império Romano.

O cristianismo pode ser libertador, como bem demonstra a teologia da libertação na América Latina. Inclusive há um belíssimo livro escrito pelo teólogo Leonardo Boff cujo título é “Jesus Cristo Libertador: ensaio de Cristologia crítica para o nosso tempo”. É neste livro que Boff escreve (p.15):

Viver a fé em Jesus Cristo libertador supõe um compromisso com a libertação histórica dos oprimidos. […] Venerar e anunciar Jesus Cristo libertador implica pensar e viver a fé cristológica a partir de um contexto sócio-histórico de dominação e opressão. Trata-se, pois, de uma fé que visa captar a relevância de temas que implicam uma transformação estrutural de uma dada situação sócio-histórica.

Pois bem. Sendo a religião, como acertadamente Marx diz, o suspiro da criatura oprimida, é preciso escutar este suspiro, entender que suspiro é este e de que modo a religião atua como mecanismo contra a opressão. A religião não é opressora, mas pode atuar como mecanismo de opressão, bem como de libertação.

O que foi feito ao longo do tempo? Descaso! Deixamos Jesus ser pregado por Malafaias e Damares. Ao invés de Jesus ser anunciado pelo povo, foi pelos imperadores – e nunca na história do cristianismo o Jesus anunciado pelos poderosos prestou pra alguma coisa. Desistiu-se do discurso para então fiéis verem Jesus em pés de goiabas e não no mendigo estendido no chão. E a culpa é de quem? Da esquerda como um todo. Minha também que, como teólogo, muitas vezes negligenciei a luta política em aliança com o discurso religioso, anunciante das Boas Novas de Jesus que dizia: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

O estado é laico, mas as pessoas não. A maioria das pessoas são religiosas e precisamos respeitá-las; e muito mais importante: compreendê-las.

Teologia não é o estudo de Deus, pois Deus não é objeto para ser estudado. Teologia é o estudo da compreensão humana sobre Deus e devemos estudar esta relação do humano com o divino. E aí é preocupante quando vemos gente da esquerda falando de religião como se ela fosse infantilidade humana – reproduzindo algumas bobagens que Freud falou sobre o assunto.

Dos inúmeros débitos que a esquerda precisa pagar para reconquistar espaço no Brasil, se aproximar de Jesus talvez seja um dos mais urgentes. E não estou falando em se tornar cristão não, porque eu também não sou. Eu estou falando é de prestar atenção ao que ele disse e escutar mais o que os que querem andar com ele têm a dizer.

É assim ou vamos nos afundar no conservadorismo e obscurantismo: por culpa nossa que, de modo irresponsável, só temos olhos pra uma minúscula frase, fim de frase, do que o Karl Marx falou criticando Hegel.

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