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23 Janeiro 2018

Paciente e incansável. O telefone está tocando há horas. Liliana Segre atende, mas só quando a repórter que está à sua frente fecha a caderneta e encerra a entrevista. Ela veste um elegante twin sets de cor creme e brinca com o colar de pérolas que iluminam seu rosto. Senadora vitalícia há algumas horas, brinca com um toque de charme, acompanhando o enésimo convidado inesperado até a porta: "Sou uma senhora idosa, tenho 87 anos, estou um pouco cansada".

(Foto: Corriere Della Sera)

A entrevista é de Paola D'Amico, publicada por Corriere della Sera, 20-01-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Repete várias vezes que é "uma mulher comum". Uma legítima milanesa, que ama as coisas simples, "o arroz amarelo" ou o cinema com alguma amiga. Este era o seu programa ontem. Em cartaz estava "Come un gatto in tangenziale". E ainda bem que eu "tinha arrumado o cabelo". Porque foi ela que acabou nas telas da TV.

Seria preciso uma secretária.

Eles me disseram que terei um gabinete em Roma, a secretária... Vamos ver. Por enquanto, aqui está o zelador filipino que não deixa ninguém subir se não tiver hora marcada. Fomos todos apanhados de surpresa.

Quando a informaram da nomeação?

Haviam aventado essa notícia, ontem (quinta-feira, nde) me chamaram ao Quirinale (residência oficial do Presidente italiano). Dormi pouco. Sou uma mulher comum. Então, esta manhã, o telefone tocou. Uma voz me perguntou: a senhora é Liliana Segre? Sim, eu respondi. Vou lhe passar o presidente da República. Mattarella falou-me educadamente, é uma pessoa muito agradável, eu sou grata. Eu respondi: mas eu sou uma avó. Eu não sabia que os senadores vitalícios fossem apenas cinco. Pensei fazer parte de uma legião de idosos.

Agora a senhora também é um símbolo.

O símbolo de um mundo perdido, onde por acaso eu me salvei. Eu transferi tudo isso nas minhas memórias, contei sem ódio e sem vingança. A vida reserva grandes surpresas. Ver-me assim honrada por aquele mesmo Estado que há 80 anos havia me enviado ao campo de concentração.

Em 25 de janeiro estará no Quirinale.

Já haviam me convidado no passado, mas eu sempre preferi ficar em Milão para falar com aquelas duas mil crianças que vêm para me ouvir no teatro. Eu também sou uma avó para elas.

E para quem mais?

Eu sou a avó de mim mesma. Quando falo de mim como uma menina no campo de concentração, sinto uma grande pena. Naquele momento eu me duplico e, confesso, essa duplicação às vezes a sinto como um perigo. Eu sempre me pergunto como conseguiu sobreviver aquela menina. Vejo-me novamente com a cabeça raspada, os pés doridos da marcha para a morte....

Conseguiu se dar uma resposta?

O amor. Eu fui tão amada pelos meus avôs, pelo meu pai, um santo perdido. Um amor que me ajuda ainda hoje, que é como uma pele fantástica que nos protege de todo o mal no mundo. E eu encontrei o amor com o meu marido.

Onde vocês se conheceram?

Na praia de Pesaro. Eu tinha dezoito anos. Ele dez a mais. Era um jovem advogado.

Olhamos um para o outro, a acabamos velhos juntos.

Senadora, um livro que é significativo para a senhora?

A trégua de Primo Levi. Eu vivi a trégua, e quem não a vivenciou não consegue entender. É a passagem da saída do campo de concentração para retornar à chamada sociedade civil. Primo Levi vagou por meses em vários países europeus antes de retornar. Eu fui libertada em primeiro de maio de 1945, tratada com penicilina, porque eu tinha um corte bem feio debaixo de um braço, e durante quatro meses permaneci livre na Alemanha com um grupo de soldados italianos, daqueles que tinham dito não à República Social e alguns sobreviventes do campo. Aqueles meses foram muito importantes, estávamos muito debilitados, era preciso lamber as feridas sozinhos.

E ao retorno?

Não sobrou nada da minha vida passada. Eu era uma selvagem que não sabia mais ficar na sociedade burguesa.

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