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“A Amoris Laetitia dá um passo na direção indicada por Wojtyla”. Entrevista com Rocco Buttiglione

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Por: André | 01 Junho 2016

Entrevista com o filósofo Rocco Buttiglione, grande conhecedor do magistério de São João Paulo II: “A perspectiva de Francisco é perfeitamente tradicional. A novidade consiste em aplicar também ao pecado cometido pelos divorciados recasados as possíveis atenuantes previstas para todos os demais pecados assim como aparecem no Catecismode São Pio X”.

 
Fonte: http://bit.ly/1UaqPuk  

“A Amoris Laetitia implica riscos pastorais. Alguns poderão dizer que a consideram uma decisão pastoral equivocada, mas, por favor, deixemos de lado os tons apocalípticos e paremos de dizer que a doutrina sobre a indissolubilidade dos sacramentos está sendo questionada quando somos confrontados com uma escolha sobre a disciplina dos sacramentos, cujas bases foram lançadas pelo Papa João Paulo II”. O professor Rocco Buttiglione, filósofo, estudioso e grande conhecedor do magistério do Papa Wojtyla, ficou surpreso com algumas das críticas feitas à Exortação Pós-sinodal de Francisco.

A entrevista é de Andrea Tornielli e publicada por Vatican Insider, 30-05-2016. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

O que pensa, em seu conjunto, da Exortação Amoris Laetitia?

Parece-me uma grande tentativa de dizer a palavra da fé no contexto do mundo de hoje. O que era também a grande preocupação de João Paulo II: o homem concreto, o homem existente, o homem da realidade, não aquele descrito nos livros ou que gostaríamos que fosse.

Que relação existe entre este documento de Francisco e o magistério do Papa Wojtyla?

No passado, a Igreja excomungava os divorciados recasados. Fazia-o por uma justa preocupação: não escandalizar ou não colocar em discussão a indissolubilidade do matrimônio. Mas então vivíamos em uma cristandade compacta. Podia-se supor que todos sabiam o que era o matrimônio, um sacramento no qual os esposos se tornam fiadores mútuos do amor de Deus, motivo pelo qual se te abandono, de alguma maneira, é como se Deus te abandonasse.

João Paulo II disse que os divorciados recasados não podem ser excomungados, recordando que existem fatores objetivos e subjetivos em qualquer pecado. Há pessoas que podem fazer alguma coisa errada, um mal, mas sem serem completamente responsáveis. E então o Papa Wojtyla abriu, convidando os divorciados a entrar na Igreja, acolhendo-os, batizando seus filhos, reintegrando-os na comunidade cristã.

Mas, sem readmiti-los à comunhão – é o n. 84 da Familiaris Consortio –, a menos que não voltassem ao cônjuge legítimo, que se separassem do novo cônjuge ou que vivessem a segunda união como irmão e irmã, ou seja, abstendo-se das relações sexuais.

E o que propõe agora a Amoris Laetitia?

Francisco dá um passo à frente nesta direção. Não diz que os divorciados recasados podem receber ou pretender a comunhão, hurrah! Não! O divórcio é péssimo e não pode haver atos sexuais fora do matrimônio. Este ensinamento moral não mudou. O Papa diz que agora os divorciados recasados podem confessar-se, iniciar uma caminhada de discernimento com o sacerdote. E, como em qualquer confissão, com cada pecado, o sacerdote deve avaliar se existem todas as condições para que um pecado seja considerado pecado mortal.

Eu gostaria de recordar aos meus colegas que disseram palavras fortes contra a Amoris Laetitia, que São Pio X – que não era propriamente um Papa modernista – em seu Catecismo dizia que o pecado mortal exige a matéria grave, mas também a plena advertência e o consenso deliberado, isto é, a plena liberdade para assumir completamente a responsabilidade do que fez.

Por que este aspecto é tão importante neste caso?

Porque hoje há muitos casos em que não existe essa plena advertência. Há massas enormes de batizados que não foram evangelizados. Alguém poderia dizer: “Mas, para estes casos existe o processo da nulidade matrimonial”. Sim, é verdade, embora fosse preciso recordar que em muitos lugares do mundo não é tão fácil ter acesso aos tribunais eclesiásticos, e depois nem sempre é tão fácil descobrir a verdade. Vivemos em um mundo de famílias feridas, de pessoas feridas, pessoas que podem encontrar-se em situações das quais não podem sair.

Devemos avaliar tudo e ajudá-las a sair da situação de pecado, iniciar uma caminhada, mas sem prejudicar os cônjuges que as acompanharam na segunda união e que, talvez, estiveram perto delas em um momento dramático de suas vidas: pensemos no caso de uma mãe com crianças pequenas abandonada pelo marido e que se uniu a um homem que se ocupou desses filhos. Estamos falando de questões que exigem um discernimento, delicadeza, grande humanidade, compaixão, acompanhar...

Com qual objetivo, professor?

A pergunta é: em qual momento desta caminhada o padre dará a comunhão? Quando considerar que existem as condições, sem automatismos ou atalhos, mas também sem fechar as portas na cara antes de ter avaliado seriamente as histórias pessoais. Esta é a ideia da Igreja hospital de campanha, que é tão importante para o Papa Francisco. Se estivéssemos no Hospital Naval Bethesda, onde tratam o Presidente dos Estados Unidos, o paciente sairia perfeitamente curado, após terem sido feitas todas as operações necessárias. No hospital de campanha começa-se a fechar as feridas.

Qual é a relação entre esta perspectiva e a tradição da Igreja?

Esta perspectiva é perfeitamente tradicional. A Amoris Laetitia diz: avaliemos as condições subjetivas também para o pecado daqueles que se divorciaram e vivem uma segunda união. É uma questão eminentemente pastoral. Recordo que dom Luigi Giussani dizia: “Deve-se julgar os atos, nunca as pessoas, porque isto cabe exclusivamente a Deus”. Somente a Deus, e um pouco ao confessor. Li análises dramáticas e inaceitáveis sobre o documento, e, em particular, sobre uma nota de rodapé.

Vai mudar alguma coisa com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia?

Claro que muda! Mas não mudou nem a moral nem a doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio. Muda a disciplina pastoral da Igreja. Até ontem havia uma perseguição de absoluta culpabilidade sobre o pecado cometido pelos divorciados recasados. Agora, mesmo para este pecado avalia-se o aspecto subjetivo, assim como acontece com o homicídio, com a evasão fiscal, com a exploração dos operários, com todos os demais pecados que cometemos. O padre escuta e avalia inclusive as circunstâncias atenuantes. Estas circunstâncias podem mudar a natureza da situação? Não, o divórcio e a nova união seguem sendo um mal objetivamente. Estas circunstâncias mudam a responsabilidade do sujeito envolvido? Talvez sim. Devemos discernir.

A insistência no aspecto subjetivo poderia levar a uma forma de subjetivismo?

Não é subjetivismo. É a justa consideração da subjetividade humana. Quem ensinou isto foi Santo Tomás de Aquino: “fizeste uma coisa errada, mas nem sempre é possível atribuir a ti toda a responsabilidade”. No fundo, esta doutrina moral começa no Calvário, quando Jesus crucificado diz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.

Há quem diga que readmitir estas pessoas à eucaristia, apenas sob certas circunstâncias e depois de um percurso de discernimento, equivaleria a mudar a doutrina da Igreja. O que lhe parece?

Não é uma questão de doutrina. A doutrina continua sendo a que é em relação à consideração do que está mal e do que não está. Em vez disso, estamos falando da responsabilidade subjetiva e das eventuais circunstâncias atenuantes. Ao anunciar o Evangelho temos que nos perguntar o que devemos dizer antes e o que devemos dizer depois. Jesus não disse a João e André: “Primeiro observem os mandamentos”, mas “Vem e segue-me”.

Quando São Paulo subiu ao Areópago de Atenas estava com o coração cheio de raiva por todos os altares dedicados às diferentes divindades. Mas quando tomou a palavra disse aos atenienses: “Admiro sua religiosidade...”, e depois valorizou o altar dedicado ao Deus desconhecido, anunciando Jesus Cristo. Começa por aí. Chegará o momento de dizer que os outros altares devem ser retirados.

O Papa Francisco anuncia que Jesus ama a cada homem e a cada mulher, na situação em que se encontram, e que quer que cada homem e cada mulher possam salvar-se encontrando o abraço de sua misericórdia. Depois virão os mandamentos, mas não podemos permitir que um erro cometido na vida possa excluir alguém deste abraço.

No entanto, São João Paulo II combateu a ética da situação, que se baseia no aspecto subjetivo...

O que eu vejo em alguns daqueles que se opõem ao Papa é a vontade de estar somente do lado da objetividade. É verdade, como você recorda, que o Papa Wojtyla combateu a ética da situação, segundo a qual não há objetividade, mas apenas intenção subjetiva. Obviamente, não é assim: existe a natureza objetiva em um ato. Mas João Paulo II nunca pensou, longe disso, em eliminar a subjetividade.

Há situações de pecado das quais é difícil se desvencilhar. Vivemos em uma sociedade pansexualista, na qual existe a falta de consciência de certas evidências éticas. Para que certas verdades sejam assimiladas por todos é preciso ter paciência e requer-se o esforço de uma caminhada.

Há riscos? Claro! Alguém poderia pensar que o divórcio e a nova união já não são um mal; alguém que permaneceu fiel mesmo depois de ter se separado de seu cônjuge poderia pensar que se equivocou; outro mais poderia temer o risco de que as consciências se debilitem.

Há riscos pastorais, sem dúvida. Por isso é preciso acompanhar e explicar. Mas, trata-se de uma decisão pastoral. Alguém poderia considerá-la equivocada, mas, por favor, deixemos de lado os tons apocalípticos quando nos encontramos diante de uma decisão pastoral que tem a ver com a disciplina dos sacramentos e que faz parte de uma trajetória cujas premissas foram estabelecidas por João Paulo II.


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