Thomas Merton na oração inter-religiosa desta semana

Foto: Odoevskiy.net.ru

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13 Abril 2018

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

En silencio

Permanece inmóvil,
escucha a las piedras del muro.
Quédate en silencio, tratan de
pronunciar tu

nombre.
Escucha
al muro susurrando.
¿Quién eres?
¿Quién
eres ? ¿ A qué
silencio perteneces?

¿Quién (permanece callado)
eres tú (como aquellas piedras
sigilosas)?
No pienses en lo que eres
ni mucho menos
en lo que un día podrás llegar a ser.
Mejor
sé tú mismo (pero ¿quién?),
ese ente inefable
que desconoces.

Oh, permanece inmóvil,
Mientras estés vivo,
y todas las cosas que te rodean
están hablando (no las oigo)
a tu ser,
a través de lo Desconocido
que hay en ti y en ellas.

“Procuraré, como ellas,
habitar en mi proprio silencio:
aunque sea difícil. El mundo enterro
está misteriosamente incendiado. Las piedras arden,
hasta ellas

me abrasan. ¿ Cómo puede un hombre permanecer inmóvil
vislumbrando todas las cosas en llamas? ¿ Cómo puede atreverse
a quedarse junto a ellas cuando
todo su silencio
es fuego?”.


Fonte: Thomas Merton. Oh, corazón ardiente. Poemas de amor y de disidencia. Madrid: Trotta, 2015, p. 105 e 107 (tradução de Sonia Petisco)

 


Thomas Merton | Foto: cbs.org

Thomas Merton (1915-1968): Monge trapista, místico, artista plástico, defensor do diálogo inter-religioso e importante escritor, com mais 70 livros publicados sobre espiritualidade, dos quais 40 estão em português, entre eles, “A montanha dos sete patamares” (Editora Vozes, 2005). Manteve contato com líderes espirituais e intelectuais, e foi principalmente ligado ao Budismo e às questões políticas. Tornou-se “inabalável” na sua busca constante por Deus, fato retratado pelas orações que escrevia. Em 10 de dezembro de 2016 faz-se memória aos 48 anos da morte de Merton. 

 

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