13 Novembro 2018
Plataforma para o Biofuturo: Tudo, menos uma solução.
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 12-11-2018.
Recuse a “Plataforma para o Biofuturo” e exija soluções de verdade, como o menor consumo de matérias-primas, proteção do ecossistema e agricultura pró-natureza.
Para: Governos da Argentina, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Holanda, Paraguai, Filipinas, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos da América.
20 países fundaram, em conjunto com a indústria, a chamada “Plataforma para o Biofuturo”. O objetivo é substituir o petróleo por matérias-primas renováveis para a produção de biocombustível, bioplástico e outros materiais orgânicos. Só que os efeitos da bioindústria ao ecossistema e à produção de alimentos são fatais.
Para impedir os piores efeitos da mudança do clima, governos precisam acabar já com o nosso excessivo consumo de energia e matérias-primas e proteger ecossistemas como os das florestas virgens, pois estas são os melhores reservatórios de carbono, e ainda, passar a usar energias renováveis. 10% do consumo global de energia já estão incluídos aí, com tendência a aumentar.
A queima da madeira e de outras biomassas já perfaz mais da metade das energias renováveis. Governos e organizações internacionais querem continuar impulsionando o consumo de biomassa para, com isso, formar uma nova “bioeconomia”. Iniciativas criadas para isso – como a Biofuture – pretendem não apenas continuar impulsionando a queima de biomassa (“bioenergia moderna“) como também querem produzir material sintético a partir de matéria prima agrária.
Serão necessárias quantidades monstruosas de madeira e plantas para a produção de energia. Satisfazer o excessivo e crescente consumo de energia com matérias-primas renováveis, infelizmente, não é uma solução pró-clima. Isso significa que as florestas da Terra seriam queimadas para que em seu antigo solo sejam cultivadas gigantescas monoculturas. Em resumo:
– Florestas e árvores são reservatórios de carbono no longo prazo – queimá-las causa emissões tão danosas para o clima quanto a queima do carvão;
– As plantações industriais necessitam de enormes áreas de terra – isto ameaça ecossistemas naturais, a biodiversidade, reservas de solo e de água, bem como acarreta graves conflitos sobre a posse da terra, e ainda, condições de trabalho desumanas;
– A bioeconomia absorve também os recursos que seriam necessários para tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente, como a energia solar e eólica.
Por favor, assine a petição de mais de 119 organizações ambientalistas de todo o mundo. Assine a Petição em:
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Mais de 120 Organizações de 40 países rejeitam a falsa solução ‘Bioeconomia’ - Instituto Humanitas Unisinos - IHU