19 Setembro 2017
Não embarco nessa bobagem de demonizar a classe média, como fazem a Chauí e alguns de seus seguidores.
Mas seria bom que os integrantes da classe média que, com razão, temem "balas perdidas" atingindo seus prédios, refletissem diante da imagem dessa casa na Rocinha.
Como movimentos ultraconservadores conseguiram encerrar a exposição Queermuseu
De um post de um site local, a controvérsia sobre a mostra em Porto Alegre se converteu num movimento de ameaças
Ótima matéria da Época: "As ameaças às obras e à integridade física de funcionários do Santander não se limitaram ao virtual. Fontes do banco afirmam que ao menos três diretores foram ameaçados de morte, por telefone e telegrama. Houve ao menos um caso de agressão física a um funcionário de agência em Porto Alegre. Alguns outros, por medo, entraram com mandado de segurança para não trabalhar. Dezenas de agências foram pichadas e apedrejadas em todo o país. Essas ameaças foram, segundo essas fontes, a razão da decisão de encerrar a exposição antes da data prevista, que seria no dia 8 de outubro. O Santander não confirma esses detalhes. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul e o Ministério Público também não tinham informação de registro de boletim de ocorrência ou inquérito para investigar os casos. O curador da mostra, Gaudêncio Fidelis, questiona a versão de fontes do banco. Para ele, que presenciou a ação de Diehl e seus colegas na mostra, o encerramento da exposição aumentou a truculência dos grupos mais conservadores. “Havia a alternativa de aumentar a segurança e manter a exposição aberta. Eu passei a receber ameaças – e recebi mais de 100 – justamente depois que ela foi encerrada”, diz Fidelis."
Das artes que deviam escandalizar
Portinari. Criança morta.
Os governos da dita esquerda foram incapazes de propor uma missão institucional para as forças armadas, que assim ainda ficam reféns do lixo egresso da ditadura.
Era fundamental ter construído uma cultura democrática no interior das forças armadas e uma nova missão institucional.
Eu já defendi aqui que a missão institucional da defesa contra o inimigo me parece equivocada.
O inimigo interno será sempre a esquerda e aí vai dar merda.
A defesa contra um inimigo externo me parece duplamente equivocada.
Os países vizinhos jamais nos atacaram e parece pouco provável que venham a faze-lo.
Os Estados Unidos de fato podem um dia nos atacar, mas aí, por melhor que venham a ser nossas forças armadas, não vamos aguentar nem 24 horas. A defesa teria que vir de outras formas que não a militar.
Também discordo dessa "missão" de colocar militar para abrir estrada e fazer ponte. É irracional ter quartéis, aposentadorias, justiça militar, etc, etc, para fazer o que deveria ser função de empreiteiras.
Forças armadas deveriam ser algo enxuto (sem serviço militar obrigatório) e de alta base tecnológica para cuidar de nossas fronteiras (secas, marítimas e aéreas).
Um militar (seja ele quem for) não pode pregar contra uma cláusula pétrea da Constituição Federal (no caso a formação de governos mediante o voto direto, secreto, universal e periódico, cf. parágrafo 4° do artigo 60 da CF).
Um militar também não pode emitir opinião política que viole a cadeia de comando.
Para esses casos, existe a corte marcial. Deveria ser simples assim.
Inventário da violência do golpe militar de 1.4.1964 – 53 anos de sofrimentos
500.000 cidadãos investigados pelos órgãos de segurança
200.000 detidos por suspeita de subversão
50.000 presos entre março e agosto de 1964
11.000 acusados em julgamentos viciados de auditorias militares
5.000 condenados
10.000 torturados no DOI-CODI de São Paulo
6.000 mil apelações ao STM que manteve as condenações destes 2.000 casos
10.000 brasileiros exilados
4.882 mandatos cassados
1.148 funcionários públicos aposentados ou demitidos
1.312 militares reformados compulsoriamente
1.202 sindicatos sob intervenção
248 estudantes expulsos de universidades pelo famigerado decreto ditatorial numero 477
128 brasileiros e 2 estrangeiros banidos sendo alguns sacerdotes católicos ...
4 condenados à morte (pena comutada para prisão perpetua)
707 processo políticos instaurados pela justiça militar
49 juizes expurgados, três deles do Supremo Tribunal Federal
3 vezes em que o Congresso Nacional foi fechado pelos generais ditadores
7 Assembleias Legislativas postas em recesso
Censura prévia a toda a imprensa brasileira
400 mortos pela repressão
144 desaparecidos
Reimplantação do trabalho escravo nas fazendas do Brasil com o beneplácito dos governos militares.
Sucateamento das Universidades pela imposição do programa MEC-USAID
Destruição do movimento social brasileiro
Fim das organizações da sociedade civil como UNE, Centros de Cultura, Ligas Camponesas, JUC, Agrupamentos e partidos de esquerda.
Corrupção em todos os níveis por grupos militares e cobrança de propinas para as grandes obras.
Submissão aos interesses norte-americanos pela presença da CIA e de torturadores treinados na Escola das Américas em todos os órgãos policiais e militares.
Destruição das Guardas municipais e estaduais e militarização das policias
Domínio da Lei de Segurança Nacional e propaganda da Ideologia de Segurança Nacional.
Expansão do poder de empresas beneficiarias do golpe como redes de TV, jornais pro-ditadura e grupos econômicos que financiaram a tortura e a repressão.
21 anos de ditadura e escuridão com a destruição das vias democráticas e o vilipêndio da Constituição e da Liberdade em nome do Estado autocrático e destrutivo da nação brasileira.
Construção de obras faraônicos como Transamazonica, Ponte rio-Niteroi, Itaipu e outras com desvio de vultosas quantias do erário publico para empresas e corruptos do governo federal e estadual.
Instauração de senadores e prefeitos biônicos.
Criação de locais de tortura e casas da morte, como por exemplo, a de Petrópolis-RJ.
Instalação de campos de concentração em território nacional usando de técnicas nazistas.
Pagamento e manutenção de imensa rede de arapongas e informantes das forças repressivas para denunciar os que lutavam pela democracia.
Apoio de médicos para a realização da tortura e para fazer laudos falsos das mortes em prisões e locais do Estado brasileiro.
Perseguição e morte de brasileiros fora do Brasil em ligação com as forças ditatoriais de outros países do Cone Sul.
Acolhida de ditadores de outros países como Alfredo Strossner do Paraguai.
Financiamento de grupos paramilitares.
Apoio a atos terroristas e incêndio de prédios (UNE), bancas de jornais, redações, igrejas, sindicatos, e apoio às milícias de latifundiários para extermínio sistemático e impune de índios e posseiros em toda a Amazônia e Nordeste brasileiro.
Campanha de difamação contra bispos, pastores, líderes políticos em canais de televisão para indispor a opinião pública e favorecer a repressão.
Silenciamento de publicação do nome de Dom Helder Câmara em qualquer órgão de imprensa do Brasil por mais de 20 anos.
Bombas explodidas em todo o território nacional e em particular no episódio do RioCentro a mando de generais e grupos terroristas dentro das Forças Armadas.
Perseguição aos artistas brasileiros.
Formação da ARENA, partido de direita manipulado pelos militares e elite financeira do Brasil.
Repressão e perseguição da UNE e invasão da PUC-SP pelo coronel Erasmo Dias.
Fontes: relatórios da CNV, dados de Luiz Claudio Cunha e informes do gabinete do Deputado Adriano Diogo, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, dados do livro Brasil, nunca mais.
"´J´ai peur de la mort`,
disaient les oiseaux.
´La mort peu-elle exister
pour celui dont le coeur est uni à Dieu?`
répondait la huppe.
´Mon coeur est uni à Lui,
ainsi le temps et la mort n´existent plus pour moi.
Car la mort est la rupture du temps,
et le temps naît de notre attachement
aux choses qui périssent`".
Farîd od-dîn Attâr (sec. XII)
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