05 Fevereiro 2017
Donald Trump pisoteia a separação estadunidense entre Igreja e Estado. Na presença de dignitários e líderes espirituais, ele prometeu “destruir completamente” o chamado Johnson Amendment, que, desde 1954, estabelece e regula com clareza a fronteira entre religião e política.
A reportagem é de Marco Valsania, publicada no jornal Il Sole 24 Ore, 03-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A legislação proíbe organizações isentas de impostos, como as Igrejas e as instituições de caridade, de participarem, direta ou indiretamente, em campanhas eleitorais. Incluindo um convite do púlpito a votar a favor ou contra candidatos. Uma violação envolve a perda do direito às isenções fiscais
A lei foi proposta pelo então senador democrata Lyndon Johnson, do Texas, aprovada por um Congresso de maioria republicana e assinada por um presidente igualmente republicano, Dwight Eisenhower.
Mas ela é mal vista há muito tempo pela direita religiosa, que a denuncia sem sucesso no tribunal como uma limitação indevida à liberdade de expressão. Trump tinha se comprometido com o seu cancelamento durante a corrida à Casa Branca. Tal medida requer a intervenção do Congresso, mas, hoje, inúmeros republicanos radicais veem favoravelmente o “canetaço” contra uma herança laica já consolidada.
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Trump derruba as fronteiras entre religião e política - Instituto Humanitas Unisinos - IHU