28 Novembro 2016
"Parte do Ministério Público considerou a entrevista de Temer um desastre. A avaliação é que o presidente admitiu ter cometido advocacia administrativa" - Natuza Nery, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
"Essa percepção indica o risco de o peemedebista se tornar, ao lado do ex-ministro Geddel Vieira Lima, alvo de um pedido de investigação ao Supremo" - Natuza Nery, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
"O baixo clero não vai engolir facilmente a decisão do governo de abandonar a anistia ao caixa dois" - Natuza Nery, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
"Percebe-se que um país está em apuros quando o presidente convoca uma entrevista e, depois de ouvi-lo atentamente por mais de uma hora, as pessoas chegam à conclusão de que ele não tem nada a dizer. A conversa que Michel Temer teve com os jornalistas neste domingo foi constrangedora" - Josias de Souza, jornalista - portal Uol, 27-11-2016.
"Temer passa a impressão de que já não preside os fatos, é presidido por eles. O presidente não chegou a essa situação inadvertidamente. Sabia muito bem quem estava nomeando. Parece agora decidido a subverter o brocardo. Quer provar que é errando que se aprende… A errar" - Josias de Souza, jornalista - portal Uol, 27-11-2016.
"É ao menos original, para não dizer que é cômico. O país derrete, com as atividades econômicas se desmilinguindo, o desemprego crescendo, cai até a renda dos ricos, a maior empresa do país é vendida em fatias, pouco falta para trocarem de donos os trilhões do pré-sal – e o presidente da República passa a semana ocupando-se com um apartamento que nem existe. Ou só existe no tráfico de influência de um (ex)ministro e na advocacia administrativa do próprio presidente" - Janio de Freitas, jornalista - Folha de S. Paulo, 27-11-2016.
"Michel Temer não poderia mesmo ser "atingido nem de longe". Está chafurdado na manobra de Geddel, a quem buscou servir em autêntica advocacia administrativa em nível presidencial. Corrupção, nada menos" - Janio de Freitas, jornalista - Folha de S. Paulo, 27-11-2016.
"O presidente Michel Temer deveria seguir os passos de Geddel Vieira Lima e se demitir. Afinal, bem feitas as contas, praticou a mesma irregularidade de seu então auxiliar (advocacia administrativa). Trata-se de uma expressão técnica que, desbastada do juridiquês, significa uma violação da República, da coisa pública. Pior: trata-se de irregularidade publicamente admitida, primeiro por Geddel e depois pelo próprio Temer, pela boca de seu porta-voz" - Clovis Rossi, jornalista - Folha de S. Paulo, 27-11-2016.
“Ele deu uma de João Cunha, o que não é demérito para ninguém, já que se trata de um ex-deputado que se expôs até fisicamente na defesa das suas ideias e dos direitos humanos. Se o nosso príncipe invertesse a situação e dissesse em público tudo o que disse na conversa reservada com o presidente da República, as notícias seriam bem mais diferentes...” – Wellington Moreira Franco, secretário do Programa de Parceria de Investimentos, criticando FHC, que qualificou Michel Temer como “frágil” e de “ é o que tem” e classificou programa “A ponte para o futuro”, elaborado por Moreira Franco de “pinguela” – Blog do Moreno - O Globo, 27-11-2016.
“Como se vê, a briga entre o PMDB e o PSDB está só começando, mas até a metade de 2017, no máximo, os tucanos deverão desembarcar do governo para seguir uma carreira solo em 2018” – Blog do Moreno - O Globo, 27-11-2016.
"Sinuoso relator das "dez medidas contra corrupção" – todas pretendidas pela Lava Jato, mas nem todas pela democracia–, o deputado Onyx Lorenzoni diz, a propósito do projeto: "Rezo para que o plenário da Câmara não faça bobagem". Entende-se: ele quer exclusividade" - Janio de Freitas, jornalista - Folha de S. Paulo, 27-11-2016.
“A demissão de Geddel Vieira Lima foi um dos momentos mais difíceis para Michel Temer, relatam amigos do presidente. A conversa definitiva entre os dois foi bastante sentimental — repassaram pontos da história em comum. Depois seguiram-se telefonemas do demissionário a líderes aliados, também carregados de emoção. O clima contaminou Temer. No almoço com o PSDB, ficou visível seu semblante carregado. “Não era o Michel de sempre”, resumiu um tucano” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Geddel deixou a pasta, mas não o governo. Seguirá ajudando Temer nos bastidores, mas sem cargo” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Geddel deixou a pasta, mas não o governo. Seguirá ajudando Temer nos bastidores, mas sem cargo” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Apesar do feriado de Ação de Graças, nos EUA, muitos investidores estrangeiros dispararam telefonemas para operadores do mercado no Brasil aflitos com a crise política envolvendo a cúpula do governo Temer” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Nos contatos, eram recorrentes perguntas como: “O que vai acontecer?”, “Que gravação é essa?”, “Presidente corre riscos de cair?” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Um dos temores de parte dos investidores é o de que, depois da saída de Geddel, as armas comecem a se voltar contra Eliseu Padilha. Se o ministro-chefe da Casa Civil for chamuscado, a reforma da Previdência passaria a correr risco” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Curioso Temer sugerir o envio à AGU de um processo em que não havia divergência entre órgãos. A situação precisa ser investigada” – José Eduardo Cardozo, ex-advogado-geral da União e defensor de Dilma Rousseff, sobre pedido do presidente para que Marcelo Calero consultasse a AGU – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“De 2005 para cá, primeiro com a AP 470 e depois com a Lava Jato, começou a ser desmontado o modo de fazer política que vigorava desde a expansão do eleitorado de massa em 1945. Pode-se questionar por que, depois de 60 anos, foi justamente no primeiro governo eleito pelo campo da esquerda que se desencadeou esta ofensiva antissistêmica. Mas o fato é que há novos atores e métodos no palco (o Ministério Público, a delação premiada, a internet, para ficar apenas em alguns) e os velhos representantes soam deslocados na cena contemporânea” – André Singer, cientista político – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“Geddel Vieira Lima, cinco dias antes de renunciar ao posto, declarou: "Deixar o cargo por isso? Pelo amor de Deus!" A frase merece ficar para o registro futuro do esquizoide momento nacional pelo qual passamos” – André Singer, cientista político – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
"Diante da circunstância brasileira, depois do impeachment, o que temos que fazer é atravessar o rio. Isso é uma ponte. Pode ser uma ponte frágil, uma pinguela? Tudo bem. Mas é o que tem. Se você não tiver uma ponte, você cai no rio. Não adianta fazer muita especulação" – Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República – PSDB, ao falar sobre Michel Temer – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
“De volta ao Alvorada para o almoço com Temer, Fernando Henrique Cardoso não se conteve. Disse que gostou muito de passar oito anos por lá. Citou o cinema, o bosque e a piscina como lugares prediletos” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-11-2016.
" O ex-ministro José Dirceu recebeu intimação recentemente da Receita Federal dentro da cadeia. Ele foi autuado mais uma vez pelo leão" - Mônica Bergamo, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
"A Receita quer agora cobrar imposto sobre as supostas propinas recebidas por Dirceu por meio de sua empresa de consultoria e do escritório de advocacia do qual ele era sócio. O princípio é de que as duas pessoas jurídicas foram usadas para ocultar "renda" da pessoa física" - Mônica Bergamo, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
"Na defesa já apresentada por Dirceu, ele alega que só a Justiça pode dizer se o que recebeu era ou não propina. O petista diz que prestou todos os serviços de forma regular e recolheu os impostos. Os auditores querem que ele pague mais de R$ 10 milhões" - Mônica Bergamo, jornalista - Folha de S. Paulo, 28-11-2016.
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