29 Setembro 2016
Comunicadores provenientes dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal se reuniram de 20 a 25 de setembro, em Manaus, para participar do curso “Comunicação para a Transformação Social”, organizado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica do Brasil, REPAM-Brasil, e a Comissão Episcopal para a Amazônia, entidade vinculada a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
A reportagem é de Luis Miguel Modino, publicada por Religión Digital, 27-09-2016. A tradução é do Cepat.
As atividades desenvolvidas ao longo destes dias foram coordenadas pelo equatoriano Pedro Sánchez, responsável geral de comunicação da REPAM. Neste encontro, buscou-se encontrar respostas que permitam ajudar a superar os desafios daqueles que trabalham no mundo da comunicação e, ao mesmo tempo, que a partir da dimensão comunicativa se formulem estratégias de atuação no cuidado e defesa da Casa Comum.
Para fazer com que este processo possa ter um bom êxito final se insistiu na necessidade de partir de algumas atitudes que são básicas: comunhão, solidariedade, esperança. Ao mesmo tempo, não se pode deixar de fortalecer o que torna realidade uma comunicação democrática a partir de valores humanos e cristãos. Tampouco pode ser esquecida a consolidação de líderes comunitários e de processos participativos de transformação social e incidência política.
Na opinião do padre Raimundo Vanthuy Neto, diretor do Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia, ITEPES, que acolheu o evento, a comunicação dentro da REPAM-Brasil tem que estar orientada pelo anúncio e a denúncia.
É necessário divulgar todos os aspectos positivos que estão presentes na Amazônia e seus povos, uma terra cheia de beleza, expressa na pluralidade das formas de viver, que é visível na florestas, as águas e os valores dos povos. Junto a isto, não se pode deixar de gritar com força o sofrimento no qual a região está imersa. O grande número de mortes, muitas vezes violentas, e a destruição de rios e florestas, como consequência dos grandes projetos, sobretudo as grandes hidrelétricas, são situações que devem ser comunicadas através dos diferentes meios de comunicação.
O mesmo diretor do ITEPES desafiou os comunicadores presentes a encontrar caminhos de comunicação para as diferentes realidades amazônicas. De um lado, a Amazônia é uma região cada vez mais urbanizada, mas ainda existem muitas comunidades isoladas onde a dificuldade de acesso e a falta de instrumentos virtuais dificultam a chegada de informação. Na opinião do sacerdote brasileiro, é necessário um trabalho em rede que torne mais efetivo o trabalho que se realiza em diferentes âmbitos.
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REPAM-Brasil: Anúncio e denúncia como instrumento de Transformação Social - Instituto Humanitas Unisinos - IHU