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22 Agosto 2016

Estatuazinha de terra e de sangue debaixo de um enorme capacete de cabelos incrustados de medo, Omran Daqneesh nos olha já a partir de um além terreno, pequeno zumbi com os olhos de uma oração muda que não será ouvida: que aquela imagem, a sua, seja, finalmente, a foto capaz de parar uma guerra.

A reportagem é de Vittorio Zucconi, publicada no jornal La Repubblica, 19-08-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Mas a tragédia profunda em mais um ícone da crueldade dos "grandes" que deveriam acudir e proteger os seus "pequenos" está na certeza de que a oração de Omran, assim como a de todos os seus antecessores no Calvário das crianças, não serão atendida. Que nem mesmo aquela sua fixidez petrificada que nos acusa e nos condena em silêncio vai parar os generais russos que, agora, se dizem dispostos, bondade deles, a dois dias de trégua humanitária, os carrascos do regime desesperado de Bashar Assad, os rebeldes de todas as facções, o mercadores da morte que enriquecem com ele, os drones, os assassinatos de várias bandeiras, causas e fés.

Também não sabemos se Omran chegará a completar os seis anos, mas sabemos que, amanhã, ele também vai ser esquecido, e essa foto será colocada novamente no álbum repleto, embora infinito, daqueles massacres de inocentes que até mesmo a cultura dos cristãos coloca como a primeira acolhida atroz da humanidade ao Filho de Deus, pelas mãos de Herodes, o Grande, rei da Judeia. A imagem da criança de Aleppo empastado de poeira e sangue vai acabar no arquivo da piedade efêmera.

Ele vai encontrar como companhia milhões de meninos e meninas como ele, hoje iraquianos, sírios, curdos, palestinos, israelenses, afegãos, franceses ou estadunidenses, como os oito pequenos passageiros pulverizados nos aviões lançados contra as Torres Gêmeas no dia 11 de setembro, que tinham de dois a dez anos.

Vai acolhê-lo o menino judeu anônimo, com as mãos unidas, em cima da cúpula enorme fotografada na blitz do Gueto de Varsóvia em 1943. A menina de Hiroshima, que perde pedaços de pele, cambaleando rumo à morte certa. A menininha vietnamita nua e queimada pelo napalm, que chorando nas ruas de Saigon, em uma imagem que a mídia estadunidense, inicialmente, se recusou a publicar. Os ursinhos de pelúcia, intactos em meio aos destroços do voo PanAm 103, desintegrado sobre a Escócia por ordem de Muammar Gaddafi, para lembrar quem o tinha empurrado para o precipício e nunca foi identificado. E Aylan Kurdi, adormecido para sempre nos seus três anos à beira de uma praia turca.

Os "Nunca mais, nunca mais", que se tornam "De novo e de novo", porque os massacres de crianças, a sua deportação, a procissão de lágrimas na estrada dos genocídios ou dos campos de refugiados com a barriga inchada pela desnutrição não são a exceção, mas a regra das guerras na história moderna, desde que o diafragma, mesmo que fino, entre militares e civis, o mito das "mulheres e crianças", entrou em colapso, assim como os muros das cidades bombardeadas e assediadas, em nome da "Totaler Krieg", da aniquilação total do inimigo, teorizada pelo ministro da Propaganda do Reich, Joseph Goebbels.

As fotos dos cadáveres de crianças congeladas pelas ruas de Leningrado cercada pelo assédio da Wehrmacht, assim como as das crianças de Gaza empilhadas nos hospitais e nos necrotérios, nas creches e escolas israelenses atingidas pelos foguetes do Hamas e a sequência dos pequenos Yazidi expulsados pelos predadores do Califado não são "danos colaterais", como proclamam os responsáveis. São o principal objetivo dos estrategistas de guerras tradicionais ou anômalas, declaradas ou assimétricas, mas cada vez mais guerras psicológicas, combatidas para curvar a moral do inimigo, atingindo-o no coração da máxima vulnerabilidade. Os seus filhos. O futuro, a ternura e a esperança da sobrevivência do seu DNA para além da vida.

O menino de pó nas cadeiras cor de laranja da ambulância deve alcançar, na esteira da corrente já universal da comunicação instantânea, um impulso de piedade passageira para aqueles que o olham na rede ou na página de um jornal, mas é um alerta para os seus pais, parentes, vizinhos. Ele diz que, amanhã, Omran poderia ser seu filho, se você não se render, que não existem hospitais pediátricos seguros, meninos imunes, meninas isentas do estupro, e se você, rebelde, não tem medo de sacrificar a sua vida, você deve saber que está pondo em risco a vida dos seus filhos.

Omran Daqneesh não tem outra culpa senão a de ter nascido em Aleppo, assim como os seus colegas no arquivo da torpeza da "Totaler Krieg" nunca tinham pedido para se alistarem nas guerras dos grandes. É um soldadinho desarmado de cinco anos, sem outra possibilidade de se defender senão a de guardar uma recordação, um trauma, que, quando adulto, se ele chegar até lá, poderia transformá-lo de vítima em vingador, no movimento perpétuo da violência que ele sofre sem poder parar.

Como um menino guerrilheiro nicaraguense, armado com uma Kalashnikov maior do que ele aos dez anos, disse a um pesquisador das Nações Unidas: "Quando eu deixar de fazer a guerra, espero me tornar uma criança".

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