Inteligência Artificial. Potencialidades, desigualdades e o risco existencial humano

24 Junho 2024

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Apresentação

O uso disseminado da Inteligência Artificial – IA no ano de 2023 criou o enquadramento de um futuro onde as linhas da evolução ou “progresso” e disrupção biossocial se confundem. Até que ponto esta tecnologia evidencia o humano em seus projetos e como é possível, a partir dela, fortalecer e criar instituições política e economicamente democráticas? A digitalização da vida manifestada pela plataformização, algoritmização e, mais recentemente, com o uso intensivo de IA provoca neocolonialismos que não só operam nas esferas do acesso, controle, vigilância e manipulação dos dados, como também regem a utilização de recursos naturais e dos corpos em diferentes contextos geográficos. Quais os impactos desta tecnologia nas estruturas e escalas de poder e quais as consequências do seu uso generalizado para as populações e seus distintos contextos socioambientais?

O Ciclo de Estudos Inteligência Artificial. Potencialidades, desigualdades e o risco existencial humano tem como principal objetivo aprofundar e atualizar o debate sobre as potencialidades, cosmovisões, distopias e especulações relacionadas aos usos da inteligência artificial e seus impactos na sociedade contemporânea.

 

Objetivo geral

 

Debater transdisciplinarmente as potencialidades, cosmovisões, distopias e especulações relacionadas aos usos da Inteligência Artificial – IA e seus impactos nas sociedades contemporâneas, através de abordagens ecológicas, antropológicas, éticas, políticas e econômicas.

 

Objetivos específicos

 

 - ­Descortinar os horizontes da condição humana a partir de sua integração substancial e generalizada com sistemas de IA;

 

 - Compreender os impactos sociotecnológicos globais das big techs nos diferentes contextos de desigualdade biossocial;

 

 - ­Discutir a criação e implementação de regulamentações para os diferentes usos e criações da Inteligência Artificial;

 

 - ­Debater os impactos da IA sobre os direitos humanos;

 

 - ­Descrever as cosmovisões e estratégias utilizadas pelos detentores dos sistemas de IA;

 

 - Perscrutar as manifestações colapsologistas e aceleracionistas relacionadas ao desenvolvimento da IA;

 

 - ­Debater sobre as implicações éticas da IA nos sistemas políticos e militares;

 

Certificado

 

Será fornecido certificado a todos(as) que fizerem a inscrição e no dia do evento assinarem a presença, por meio do formulário (forms) disponibilizado no chat durante o evento. Os certificados estarão disponíveis até 30 dias após o término do evento, no portal Minha Unisinos.

 

O evento é aberto ao público para assistir na Página inicial IHUYouTubeFacebook e TwitterNão é necessária inscrição para acompanhar a transmissão.

 

Promoção

 

Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos

Instituto Humanitas Unisinos – IHU

 

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: Revista IHU On-Line Nº 550

Mas afinal, o que é metaverso? De começo é preciso dizer que não há uma única definição nem um só criador do metaverso. Em linhas muito gerais, pode-se dizer que o metaverso é uma realidade digital, conectada à Internet, integrando elementos de redes sociais, realidade aumentada, gamificação e criptomoedas criando espaços de sociabilidade virtual. O espaço é visto com interesse particular pelas grandes corporações, tanto que Mark Zuckerberg transformou o nome da controladora de suas empresas – Facebook, Instagram e Whatsapp – em Meta. Nesta edição da IHU On-Line, reunimos uma série de pesquisadores para pensar sobre diferentes dimensões do metaverso, incluindo aspectos que vão da cultura pop à teologia.

A máquina com um rosto humano: da inteligência artificial à senciência artificial

Edição: Cadernos IHU Ideias Nº 355

O principal desafio da tecnologia é facilitar as tarefas e transferir as funções que normalmente são desempenhadas pelos humanos aos não humanos. Entretanto, a presença das máquinas na vida diária requer que os não humanos estejam cada vez mais próximos em suas capacidades do pensamento ordinário, da ação e do comportamento humanos. Esta visão funde a ideia do Humaniter, este mito duradouro na história da tecnologia: a criatura artificial que pensa, age e sente como um humano a ponto de não se fazer diferença entre os dois. Na esteira da oposição da IA forte e da IA fraca, este desafio pode ser expresso em termos de uma transição do desempenho da inteligência (razão, raciocínio, cognição, juízo) para o da senciência (experiência, sensação, emoção, consciência). Em outras palavras, o desafio da tecnologia, se esta possível transição for levada a sério, é ir do paradigma da Inteligência Artificial (IA) ao da Senciência Artificial (SA). Mas para que o Humaniter não seja considerado um simples mito, toda máquina inteligente ou senciente deve passar por um teste de humanidade que se refere ao – ou que se difere do – teste de Turing. Podem-se sugerir várias opções para este tipo de teste e podem-se também se apontar algumas condições e limites à própria ideia do Humaniter como um humano artificial.

Tecnofisiologia e ontologia híbrida: novas interações entre máquinas e corpo humano

Edição: Cadernos IHU Ideias Nº 358

As novas tecnologias estão tendo um impacto cada vez mais poderoso e invasivo, não só na vida dos seres humanos, mas também na sua própria fisiologia. A tendência dos instrumentos para produzir feedbacks sobre o corpo – especialmente em termos ontogenéticos, mas não só – já é confirmada por numerosos estudos. O ser humano sempre foi dimensionado pelos sistemas culturais e não pode ser considerado apenas como expressão da sua natureza, porém esse processo de influência, orientação e modificação foi se incentivando a ponto de exigir uma reflexão específica. Para compreender o impacto da tecnologia nas diferentes dimensões somáticas do ser humano, é necessário considerar a própria estrutura da nossa morfofisiologia, evitando considerá-la um recipiente vazio ou de máxima virtualidade capaz de se transformar de toda forma e de amortecer todo impacto tecnológico. Isso significa reformular o modelo humanista que, ao desenhar um corpo exclusivamente prometeico, intro- duziu uma concepção amorfa e virtual do ser humano, possibilitando a visão transumanista nos seus aspectos mais aberrantes