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O medo da Igreja: por que não lhe agradam os estudos sobre o cristianismo?

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23 Outubro 2008

O Sínodo dos bispos, dedicado à Bíblia e à missão da Igreja, foi aberto com uma missa na defensiva. Refutam-se, disse William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, todas as interpretações subjetivas ou “fruto de uma análise unilateral”. Um clima de tensão freqüentemente doentio, insistiu o relator oficial cardeal Marc Ouellet, do Quebec, se instaurou entre a teologia universitária e o magistério eclesial. As descobertas históricas, filosóficas e científicas, acrescentou, atiçaram polêmicas. A culpa suprema dos estudiosos é terem “aumentado a discrepância entre o Jesus da história e o Cristo da fé”.

A reportagem é de Marco Politi, do jornal italiano La Repubblica, 22-10-2008. A tradução é de MoisésSbardelotto.

Dos debates iniciais do Sínodo pôde-se compreender que o pontificado ratzingeriano está decidido a dar um giro de 180º em um século de pesquisa teológica baseada no método histórico-crítico.

Porque, quanto mais os estudos prosseguem, mais cresce a fenda entre a imagem de Jesus dos catecismos tradicionais e a realidade complexa dos eventos relativos à sua pregação e à sua herança. O mesmo terremoto investiu contra o Antigo Testamento. Sabe-se agora que a Terra Prometida nunca foi conquistada por Josué, assim como está descrito na Bíblia, nem que os judeus eram monoteístas desde o início.

A Igreja tem medo. Está alarmada que, sob o influxo da mídia, entrem em circulação aquisições que, durante decênios, ficaram restritas aos círculos acadêmicos. Todos os envolvidos no trabalho sabem que a famosa frase, que se destaca na cúpula da basílica vaticana “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, é uma frase tardia e, contudo, não preanuncia nem o papado onipotente e teocrático como foi estruturado por Gregório VII e Inocêncio III em diante, nem prefigura a Igreja-instituição formatada séculos depois da crucificação. Quem separa cada dobra das obras dos especialistas encontra tudo isso, mas uma coisa é dizê-lo no refúgio de obras pesadas, outra coisa é trazê-lo a público. João Paulo II quis isso, ao informar oficialmente os fiéis de que o Natal não é, absolutamente, o dia do nascimento de Jesus, mas era, na antiga Roma, o “dia natal do Sol”. E Wojtyla sempre explicou com delicadeza que a tradição ortodoxa da Dormição de Maria era legítima. Sem o desejo – pode-se acrescentar – de imaginar uma Assunção como se a Nossa Senhora subisse ao céu em um elevador imaginário.

“A igreja se assustou com os estudos exegéticos de caráter histórico – comenta o professor Mauro Pesce, que, com Corrado Augias, publicou, em 2006, o bestseller “A Vida de Jesus Cristo” (Editorial Presença) – e teme que coloquem em risco a fé das pessoas”. No Sínodo, a palavra de ordem é o retorno à interpretação “espiritual”.

Uma aproximação possível e até justa do ponto de vista religioso, mas que não pode remover os nós que a pesquisa histórica trouxe à luz. Os nós estão ali. Emaranhados. Difíceis de desatar. E são ao menos cinco. O parto virginal de Maria tem um sabor mitológico: Joseph Ratzinger sabia bem disso quando era ainda um teólogo sem púrpura cardinalícia e escrevia no seu livro “Introdução ao cristianismo” (publicado na Itália pela editora Queriniana em 1969) que “a doutrina que afirma a divindade de Jesus não seria minimamente invalidada mesmo se Jesus tivesse nascido em um matrimônio humano normal. Não, porque a filiação divina da qual a fé fala não é um fato biológico, mas sim ontológico”. E se os Evangelhos se referem aos irmãos de Jesus, discute-se dobrar a palavra para “primos”.

Jesus nunca pregou a sua divindade. Sentiu-se humano com profundidade, como emerge do grito desesperado da cruz “Meu Deus, porque me abandonaste”. Jesus, inserido no clima apocalíptico do judaísmo contemporâneo a ele, preanunciou o seu “retorno” iminente que não aconteceu. A Trindade é uma elaboração teológica do cristianismo, inconcebível pelo judaísmo em que Cristo nasceu. A Igreja não estava desde o início na mente de Cristo, mas é o produto de transformações históricas. Fascinantes, extraordinárias, mas humanas.

Tudo o que a história trouxe à luz, desmistificando, não afeta, em realidade, o impulso indescritível que é a relação com o Mistério-além-do-homem e além da realidade tangível: chamamo-la fé. Mas pode-se colocar em crise a instituição e as autoridades que se mantêm infalivelmente prepostos a anunciar a Verdade. O problema, no fim, é a origem transcendente da instituição eclesiástica. “Jesus coloca em crise a ordem da Igreja atual, mas ocorre sempre assim quando se vai diretamente à Bíblia”, acrescenta o historiador Pesce. Para a instituição eclesiástica, é difícil explicar a evolução de Jesus ao cristianismo antigo à Igreja atual.

Com o historiador Remo Cacitti, Corrado Augias publicou recentemente um outro livro “Inchiesta sul cristianesimo”, com o subtítulo provocador “Come si costruisce una religione” [Como se constrói uma religião]. O L´Avvenire, o jornal dos bispos, criticou a obra.

Mas houve uma conseqüência curiosa. Numa primeira vez, publicou-se uma resenha crítica normal. Logo que o livro adquiriu sucesso, o L´Avvenire voltou ao tema com uma página de ataque feroz. O problema, naturalmente, não é Augias, que se defende pelos leitores que compram seus livros. A questão é a virulência da razão, logo que uma série de dados históricos é trazida a público. “Com o papa Ratzinger – convence-se o historiador Giovanni Filoramo – estamos assistindo a um retorno à tradição, isso se vê inclusive pelo seu discurso sobre Pio XII. Já antes da eleição papal, Ratzinger contestava a exegese histórico-crítica. A pergunta é, como ele fez no seu livro sobre Jesus, se ele se limita a propor uma interpretação alternativa ou se a sua linha coloca em discussão a liberdade de consciência e de pesquisa dos estudiosos católicos”. Nas faculdades pontifícias, continua Filoramo, adverte-se da dificuldade dos exegetas de se manifestarem com plena liberdade. Uma primeira resposta vem diretamente de Bento XVI.

Intervindo de improviso no Sínodo, o Papa rendeu homenagem ao método histórico-crítico pelas suas contribuições de “altíssimo nível”, que ajudam a entender que o “texto sagrado não é mitologia”. Mas depois evocou os riscos de uma interpretação positivista ou secularista, que não oferece espaços às aparições do divino na história. No Sínodo, o pontífice já foi convidado a escrever uma encíclica sobre a interpretação bíblica. Com as hesitações que podem ser imaginadas.

“A grande preocupação da Igreja – diz o professor Cacitti – é de manter o controle sobre a pesquisa científica por medo de que resulte disforme ao dogma”.

Pesce lembra um episódio muito instrutivo. “Paulo VI pediu à Comissão bíblica que se fizesse um estudo para ver se, nas Escrituras, havia obstáculos ao sacerdócio das mulheres”. A conclusão das pesquisas? “A Comissão afirmou que não havia argumentos de caráter bíblico que servissem de impedimento ao sacerdócio feminino. O texto não foi publicado. Paulo VI exclui, assim, oficialmente, toda a possibilidade”.

Que houve reais e verdadeiros saltos na construção da Igreja, o episódio do grande escritor cristão Lattanzio o demonstra. Antes do edito de Constantino, Lattanzio é violentamente antiimperial e totalmente contrário ao serviço militar. Logo que o cristianismo se torna religião oficial, ele muda de idéia e escreve que a guerra pela pátria romana “bonum est”.


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