08 Janeiro 2008
“A globalização não tem sido sinônimo de bem-estar generalizado. Pelo contrário, no mundo globalizado se acentuou a injusta divisão dos bens e aumentou a desesperança” entre as populações mais pobres e mais necessitadas. Na homilia da festa da Epifania Bento XVI fez uma forte advertência-denúncia em defesa dos “mais pobres entre os mais pobres”, reconhecendo em primeiro lugar as responsabilidades da Igreja, que, recordou, “é santa, mas composta também de pecadores”.
Segundo o Papa, “não se pode dizer que a globalização é sinônimo de uma ordem mundial. Pelo contrário”. O Papa acentuou que “os conflitos pela supremacia econômica e apoderamento dos recursos energéticos, hídricos e das matérias primas, tornam difícil o trabalho de tantos que se esforçam em construir um mundo justo e solidário”. Daqui surge o convite a crentes, não crentes e homens de boa vontade para que façam opções “que permitam preferir o bem comum de todos ao luxo de pouco e a miséria de muitos”. Um desafio quase utópico que o Papa convida a afrontar com “a moderação” que “não é somente uma regra ascética, mas também um caminho de salvação para a humanidade”. Ou seja, segundo o Papa, “é evidente que somente adotando um estilo de vida sóbrio, acompanhado de um compromisso por uma justa distribuição das riquezas, será possível instaurar um desenvolvimento justo”.
(cfr. notícia do dia 08-01-08, desta página).
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A globalização traz injustiça e não bem-estar’, afirma o Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU