Operação Condor eliminou fronteiras da repressão política

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11 Dezembro 2006

Condor foi o nome que se tornou a marca da unidade sanguinária dos serviços de segurança das ditaduras do Cone Sul na década de 70. A Operação Condor teve no ditador chileno, general Augusto Pinochet, seu grande articulador - e o chefe do seu serviço secreto, a Dina, o coronel Manuel Contreras, o executor. Era um acordo operacional onde as fronteiras entre, inicialmente, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil deixaram de existir para operações de caça, captura, tortura e assassinatos de adversários políticos dos regimes daqueles países.

Era uma ação conjunta para unificar os aparatos repressivos. Segundo um documento de setembro de 1976 do FBI desencravado dos arquivos norte-americanos por Dinges, a operação teve três fases. Na primeira, teria sido consolidada a base de troca de informações entre os seis países membro - Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil, depois Peru. A fase dois foi executiva, quando as ações passaram à troca de prisioneiros e execuções dentro do território dos países participantes do acordo. Na terceira, preparou-se a execução de adversários das ditaduras militares sul-americanas fora da América Latina.

(cfr. notícia do dia 11-12-06, desta página).