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O momento da ''pietas'' e o suicídio assistido de Lucio Magri

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02 Dezembro 2011

Lucio Magri (foto), político comunista, jornalista e fundador do célebre jornal de esquerda italiano Il Manifesto, cometeu suicídio assistido em uma clínica suíça na última segunda-feira.

Aos 79 anos, Magri sofria de depressão desde a morte de sua mulher, há alguns anos, devido a um câncer. Os jornais italianos também apontaram como fonte de sua depressão o fracasso político da extrema-esquerda na Itália, com a marginalização total dos diversos grupos e movimentos comunistas.Para o teólogo italiano Vito Mancuso, na Bíblia, não há nenhum anátema sobre aqueles que dão fim à sua própria existência.

Ao contrário, Sansão é um pai da fé. É preciso compaixão pelos que se suicidam. É muito fácil condená-los. A tarefa dos cristãos não é emitir sentenças negativas. Ao contrário, é preciso saber saborear a energia vital e dar um valor espiritual à experiência religiosa.

O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 01-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Diante de um gesto extremo como o de Lucio Magri é natural que se acendam nos ânimos as paixões. E que, destas, surjam juízos de aprovação ou de desaprovação, de acordo com as proveniências culturais. Cada consciência responsável sabe, porém, que a complexa situação do nosso mundo certamente não precisa de "kamikazes do pensamento" que repetem aprioristicamente convicções com séculos de idade.
Precisa-se, ao contrário, de análises pacatas e de conhecimento objetivo para que a ética não se torne mais um motivo de divisão, mas se realize a sua verdadeira missão de fazer com que os seres humanos vivam em harmonia. E, nessa perspectiva, impõe-se à mente uma primeira e inderrogável condição: respeito.

Acrescento que, se há uma situação em que têm sentido as palavras de Jesus sobre "não julgar" (Mateus 7, 1), é justamente quando um ser humano escolhe dar fim à sua vida. Defendo, em outras palavras, que, contra uma tradição secular que não hesitou em condenar do modo mais cru os suicídios, a tarefa da teologia e da fé responsável hoje é a de suspender o juízo, oferecer dados, produzir análises, a fim de gerar pietas.

A reflexão humana apresenta um dado surpreendente: enquanto todas as grandes tradições espirituais da humanidade, sejam religiosas ou filosóficas, condenam sem meios termos o homicídio, para o suicídio as coisas não são tão claras. Nas religiões, continuam sendo dominantes, há muito tempo, as posições de condenação, como é o caso do judaísmo, do cristianismo, do islã e depois do hinduísmo, budismo, confucionismo. A mesma orientação de condenação é majoritária na filosofia, como mostram Platão,Aristóteles, Kant, Hegel, Heidegger. Entre os filósofos, porém, há também pontos de vista que chegam a não condenar, mas, às vezes, ao contrário, a avaliar positivamente o suicídio: como os epicuristas, os estoicos, Montaigne, Nietzsche,Jaspers.

Mas o aspecto verdadeiramente surpreendente, sobretudo para um cristão, é o fato de que a Bíblia jamais condena, em nenhum lugar, o suicídio. Isso foi observado no século XX pelos maiores teólogos contemporâneos, incluindo Karl Barth, Dietrich Bonhoeffer, Hans Küng. "O suicídio nunca é explicitamente vetado na Bíblia", escreve Barth, acrescentando que se trata de "um fato verdadeiramente insuportável para todos aqueles que gostariam de compreendê-la e de se servir dela em um sentido moral".

Há uma dezenas de suicídios narrados pela Bíblia, e para nenhum deles há alguma condenação. Ao contrário, um suicida – para ser exato, Sansão – é até lembrado pelo Novo Testamento entre os pais da fé. Não deve admirar, portanto, que, na Bíblia, se encontram palavras como estas: "É melhor a morte do que uma vida amarga; e o descanso eterno, mais que uma doença prolongada" (Eclesiástico 30, 17). No livro de Jó, lemos sobre homens que "esperam a morte", "que a buscam mais do que um tesouro", "que se alegram quando a encontram" (Jó 3, 21-22), e não para condenar esses homens, porque, ao contrário, quem é condenado é quem sustenta com arrogância e intransigência a perspectiva contrária, como os chamados amigos de Jó, isto é, os dogmáticos Elifaz, Bildade, Zofar, Eliú.

Certamente, todos sabem que, da Bíblia, emerge sobretudo a mensagem da sensatez e da sacralidade da vida, segundo a qual a nossa vida está "nas mãos de Deus" (Salmo 16, 5), em Deus está "a fonte da vida" (Salmo 36, 10), e existe, portanto, uma espécie de refúgio inexpugnável dentro do qual a nossa energia espiritual mais preciosa, chamada tradicionalmente de alma, não corre perigo: "Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma" (Mateus 10, 28).

À luz desses dados, emerge que a tarefa dos cristãos hoje não é o de emitir condenações qualificando negativamente as escolhas sofridas de quem se suicida. Ao contrário, é de viver a fé na dimensão espiritual dentro da qual a alma vive segura, mesmo quando o corpo trai. É a partir dessa perspectiva espiritual que eu chego a avaliar negativamente o suicídio e a lutar para que a confiança na vida jamais desfaleça, mas se possa saborear a cada instante a energia vital que nos foi dada (se por Deus pessoal ou pela impessoalidade do processo cósmico, a esse respeito, é uma questão secundária).

Concluindo o artigo sobre o companheiro de tantas batalhas, nesta quarta-feira,Valentino Parlato escrevia sobre a necessidade de "enfrentar a atual, e histórica, crise da esquerda, para dar novamente às mulheres e aos homens a esperança de uma mudança, de uma saída do atual estado de mortificação dos seres humanos". Ótimo objetivo, mas, para alcançá-lo, eu não conheço um modo melhor do que hospedar até o fim, dentro de si, um sentimento de gratidão pela vida em todas as suas manifestações, aquele mesmo sentimento que levou Violeta Parra a compor e a cantar a sua belíssima canção Gracias a la vida.


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