MST bloqueia Transamazônica em Marabá. Planalto intervém e convoca reunião

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16 Junho 2011

O clima já tenso que toma conta de Marabá (PA) ficou ainda pior, ontem, quando cerca de 1,5 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiram bloquear totalmente o trecho da rodovia Transamazônica que corta a cidade. A ação foi motivada pelo atropelamento de uma mulher integrante do MST, ocorrido na terça-feira, disse o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino, que está em Marabá.

A reportagem é de André Borges e Caio Junqueira e publicada pelo jornal Valor, 17-06-2011.

Na tentativa de baixar a temperatura, o Palácio do Planalto interveio e agendou uma reunião, em Brasília, entre representantes do MST, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), segunda-feira, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e representantes do Ministério de Minas e Energia e do Desenvolvimento Agrário.

Segundo Rilmar Firmino, que comanda as investigações sobre as mortes dos líderes rurais na região, a situação ficou tensa e acabou exigindo a presença do batalhão de choque da Polícia Militar. Durante toda a manhã de ontem a Transamazônica ficou bloqueada. O envio da tropa de choque foi motivado para evitar possíveis confrontos entre os manifestantes e a população.

"Houve algum tumulto, mas nada muito grave. A Força Nacional não chegou a agir", disse Firmino. "Pela tarde a estrada foi liberada e a situação voltou ao normal." A explicação de Firmino confirma avaliação da Presidência da República de que a temperatura, ontem, baixou com relação ao que vinha ocorrendo na região.

O MST ocupa a sede do Incra na cidade há algumas semanas. Ontem, novas caravanas de manifestantes chegaram à região. Por enquanto, a ação da polícia, segundo Firmino, tem se limitado a manter a ordem na região. A intenção é aguardar um acordo entre as lideranças do Incra e do MST, que cobra mais rapidez na regularização dos assentamentos.

O Ministério da Justiça informou que não atuou pontualmente nessa desobstrução da rodovia. O ministério ressaltou que a Força Nacional de Segurança está presente na região há alguns dias, ação que faz parte do programa Defesa da Vida. Por questões de segurança, o ministério não informou o tamanho do efetivo, nem exatamente onde eles estão atuando.