O fenômeno “El Niño” pode influenciar na alimentação e emprego de milhares de pessoas

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Por: Jonas | 09 Junho 2014

O fenômeno “El Niño”, que pode influenciar na Nicarágua, na primeira quinzena de julho, afetaria 100.000 pessoas da zona rural, calculam o Governo e organizações não governamentais.

A reportagem é de Trinidad Vásquez, publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 04-06-2014. A tradução é do Cepat.

O pastor menonita e diretor do Centro Intereclesial de Estudos Teológicos e Sociais (CIEETS), Jairo Arce, avalia o impacto que sofreriam 3.000 famílias que trabalham com essa instituição cristã na zona seca. Estamos dando assessoria técnica para que sejam semeadas sementes resistentes à seca e preocupa esta crise de chuva, disse Arce.

No mês de maio, na zona do Pacífico central e norte do país, a escassez de chuvas provocou um atraso no plantio de grãos básicos, causando especulação na venda do feijão vermelho, fazendo com que o quilo custasse mais de dois dólares, sendo que antes custava um dólar.

Diante desta pequena seca que é atribuída ao “El Niño”, com o prognóstico de que chegaria a América Central em julho, os produtores e o Governo se mostraram preocupados e alarmados pela falta de chuva em maio, que é habitualmente o primeiro mês da estação chuvosa.

Neste fim de semana, houve um respiro ao chover na zona do Pacífico norte e centro, por causa da passagem da primeira onda tropical.

O engenheiro Denis García, gerente de projetos do Conselho de Igreja Evangélica Pró-Aliança Denominacional (Cepad), recomendou aos produtores não plantar a partir da primeira chuva, mas, sim, esperar uma ou duas a mais.

O serviço de meteorologia anuncia que o famoso “El Niño” chegará à Nicarágua nos primeiros dias de julho e que a canícula, que é um período de pouca chuva – de 15 de julho a 15 de agosto –, será mais prolongada, provocando mais escassez de chuvas.

Diante da gravidade do prognóstico, o Governo está consultando os produtores para desenvolver um plano agropecuário 2014-2015, porque se ocorrer o prognóstico de um inverno seco, 35% da produção nacional será afetada e 950.000 vagas podem desaparecer do setor agropecuário.

A UPANIC sustenta que se não chover nesses dias de junho, as consequências serão catastróficas pelo impacto que teria nos plantios e a próxima colheita de café também seria atingida, pois os grãos não cresceriam o suficiente, minando a qualidade do produto.

Douglas Aleman, produtor de gado, disse que o atraso do período chuvoso já tem suas primeiras implicações, assim como no atraso do plantio, no setor pecuário já se esgota o pasto de reserva.