04 Mai 2015
Há milhares de "cursilhos" na Aula Nervi, em Roma, quando Francisco entra e se desculpa com os fiéis do movimento por ter antecipado em um dia a audiência: "Foi uma confusão! Vocês sabem que o papa é infalível quando faz definições dogmáticas, o que se faz, mas raramente... Mas o papa também tem os seus defeitos, e a infalibilidade não tem nada a ver com os seus defeitos! E este papa é pouco ordenado e também indisciplinado...".
A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada no jornal Corriere della Sera, 01-05-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Aplausos, risadas, embora Francisco brinque até certo ponto. Certamente, para um jesuíta, pareceria estranho. Mas Bergoglio já explicava isso à revista La Civiltà Cattolica, depois da eleição, respondendo ao padre Antonio Spadaro, que lhe perguntava por que ele entrara para a Companhia de Jesus: "Da Companhia, impressionaram-me três coisas: a missionariedade, a comunidade e a disciplina. Curioso, porque eu sou um indisciplinado nato. Mas a sua disciplina, o modo de organizar o tempo, impressionaram-me muito".
Além disso, é importante ser imprevisível: seguir em frente, saber arriscar, dizia ele em Santa Marta. "Fazer como sempre se fez, é uma alternativa de morte".
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Papa brinca sobre a infalibilidade: ''Às vezes, prevalece a minha indisciplina'' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU