06 Março 2015
Sábado, 7 de março de 2015, a 50 anos do início da atuação da reforma litúrgica, o Papa Francisco celebrará a Missa na paróquia da via Apia Nova com a mesma píxide, a mesma estante para o missal e os mesmos candelabros usados pelo beato Papa Paulo VI em 1965; também as intenções da prece dos fiéis serão as mesmas de então. A liturgia iniciará às 18 h, ao final de uma breve visita que iniciará com a acolhida do cardeal vigário Agostino Vallini, do cardeal titular de Ognissanti, Walter Kasper, do bispo auxiliar para o setor Leste de Roma Giuseppe Marciante e de dom Flavio Peloso, superior geral da congregação da Pequena Obra da Divina Providência, e do pároco de Ognissanti, dom Francesco Mazzitelli.
A reportagem foi publicada pelo Il Sismografo, 04-03-2015. A tradução é de Benno Dischinger.
A visita do Papa Francisco coincidirá também com o 75º aniversário da morte de são Luigio Orione, ao qual é confiada a paróquia da via Apia por são Pio X em 1908, numa zona então caracterizada por grandes necessidades materiais e espirituais. Hoje a paróquia surge num território habitado por 16 mil pessoas e embora a pobreza não seja mais aquela de outrora, as obras de caridade dos ‘orionini’ continuam a ter em grande consideração quem não tem pão nem teto. “Continuam a estar junto aos últimos com a casa de acolhida para os pobres – explica o pároco, dom Mazzitelli-, na qual são hospedadas, de janeiro a maio, 20 mulheres sem morada fixa”. Todas as sextas-feiras, depois, os voluntários do Movimento orionino levam a ceia a mais de 200 sem teto na estação Ostiense. “Dom Orione repetia que a caridade torna crível o Evangelho – acrescenta -. Talvez precisamente em virtude desta nossa proximidade ao povo, Paulo VI quis vir celebrar aqui a primeira Missa em italiano. A chegada de Francisco renova o nosso empenho em fazer entrar a liturgia no coração do povo”.
Uma aproximação, aquela entre liturgia e assembléia, sublinhada também por dom Flavio Peloso, superior geral dos Orionitas: “Na Missa de 50 anos atrás se concretizava aquela reforma que se completaria em 1970. Mas, imediatamente os fiéis apreciarão a aproximação da Igreja ao povo, graças ao uso da língua falada e à posição do sacerdote voltado para a assembléia. Eram estes os elementos que favoreciam aquela participação ativa da qual falavam os Padres conciliares”. Ao Papa Francisco, conclui dom Peloso, “direi que estamos contentes de tornar viva, a cada dia, a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II e pedirei que abençoe o nosso empenho cotidiano de aproximar a Igreja ao povo”.
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Celebração do Papa Francisco Recorda Eucaristia de Paulo VI por ocasião da primeira Missa em italiano após o Concílio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU