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Bo, o cardeal que leva a poesia à fé

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09 Janeiro 2015

Para ele a fé é poesia. Mesmo se não é de fato um idealista. O arcebispo Charles Maung Bo, novo cardeal birmanês anunciado pelo Papa Francisco, retirou da Sagrada Escritura um ímpeto profético e criativo, assimilando a capacidade de tocar com a fala os cordões da alma, atingindo picos de pureza literária.

A reportagem é de Paolo Affatato, publicada pelo Vatican Insider, 07-01-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

Mas o seu anúncio, aquele que presenteia à Igreja e ao país aproximadamente 40 anos de serviço pastoral, é nada mais do que vago, etéreo e abstrato. É um anúncio extremamente prático, comum a um pastor que viveu o “silêncio trabalhador” nos anos mais escuros da ditadura militar e que hoje não hesita a entrar no meio das coisas, propondo valores e objetivos para designar – em um período crucial para a nação, empenhada em uma transição democrática depois de anos de ditadura – a Birmânia do futuro. Pedindo hoje, por exemplo, com a franqueza que o distingue, que o governo restitua à Igreja a liberdade de instrução e a propriedade das escolas confiscadas no passado.

Fala do púlpito de forma poética mas direto, seguramente influenciado pelo carismo de Dom Bosco, o arcebispo de estatura baixa, 66 anos bem vividos, homem ágil, tirado da “santa inquietação” para o Reino de Deus. Um padre que, à calma seráfica de um café da manhã, prefere o choque de um café expresso.

Charles nasceu no pequeno vilarejo de Monhla, nos arredores de Mandalay, a segunda cidade de Myanmar. Seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos. De imediato é confiado aos cuidados dos padres Salesianos em Mandalay, onde é instruído solidamente. Entra para o seminário Salesiano “Nazareth” de Anisakan, um instituto que festejou há pouco os 50 anos de atividade e é uma forja de vocações à vida religiosa.

Salesiano desde 1976, inicia anos de serviço pastoral como pároco em Loihkam (1976-1981) e depois a Lashio (1981-1983). Aqui se transforma também em administrador e depois prefeito apostólico, e finalmente bispo em 1990. Ficará por seis anos em um território um tanto difícil de se governar tanto a nível social como político: é no estado de Shan, onde vive a homônima minoria étnica em luta com o regime; e é no coração do famigerato “triângulo de ouro”, centro nevrálgico para o comércio global da droga.

O jovem salesiano é transferido, em 1996, para a diocese de Pathein e depois para Mandalay. Em maio de 2003 é nomeado arcebispo de Yangon, a capital. Daqui guiará a conferência dos seis bispos birmaneses e dará contribuição apreciável também para a Federação das conferências episcopais da Ásia. Passando também através de uma presença discreta mas efetiva entre os membros do Pontifício Conselho para a cultura.

Nas últimas décadas o bispo Bo provou extraordinária agilidade política, conseguindo movimentar-se no campo minado de uma sociedade sob ações militares e em uma nação budista onde os católicos são uma exígua minoria (750 mil almas entre 51 milhões de pessoas). Mas conseguiu desenvolver o seu serviço mesmo sob a opressão e o isolamento na terra renomeada de “Myanmar” pelos militares.

E no anúncio para o novo ano, proposto na habitual linguagem figurada – que lembra os acentos de um bispo italiano, Tonino Bello – Bo escolheu como expressão central o convite que Cristo faz aos apóstolos: “Não tenham medo!”. O arcebispo fala relembrando, com o teólogo protestante Karl Barth, que “o cristão tem a Bíblia em uma mão e o jornal na outra” e que assim um simples convite impacta sobre a população, sobre os políticos, sobre a sociedade, sobre líderes religiosos na Birmânia de hoje.

Os primeiros destinatários são os cidadãos, chamados “a não ter medo de questionar o direito à dignidade e a prosperidade” e, à vigília de eleições decisivas para a história do país, “a não ter medo do voto”. “Filhos e filhas de Myanmar, não tenham medo dos seus sonhos: o futuro pertence a vós”, afirma o novo cardeal.

O sonho levado nas mãos é uma nação “onde existe uma única guerra, aquela contra a pobreza”, uma mal que ainda aflige 40% da população. Enquanto se constroem oito mil novos leitos de hotel para turistas só em Yangon, “as escolas nos vilarejos não tem telhados adequados”. Por isso o terceiro pedido Bo destina aos governantes: “Não tenham medo de dar ao povo liberdade, instrução, paz. Não tenham medo de restituir as escolas cristãs aos legítimos proprietários; de garantir os direitos as minorias e etnias; de controlar quantos pregam ódio e vingança”. Com coragem, o mapa para o novo caminho democrático do país é bom e está feito.


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