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Argentina y Paraguay no reconocen a Venezuela en la presidencia del Mercosur (IHU/Adital)

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02 Agosto 2016

Uruguay dejó la presidencia temporal del Mercosur el 29-07-2016. Venezuela, que de acuerdo con la reglas de sucesión debería asumirla, anunció al día siguiente que está en el ejercicio de la presidencia. Sin embargo, los otros países del Mercosur no reconocieron el acto. La situación inusitada evidencia un impasse al interno del bloque.

Montaje: Agencia Boliviana de Información

El canciller del Paraguay, Eladio Loizaga, dijo que el país no reconoce a Venezuela como líder de la organización. Afirmó que se trata de una presidencia de facto. El diario argentino Clarín, citando como fuente la presidencia del país, informó que el gobierno de Mauricio Macri tampoco va a reconocer a Venezuela como líder del bloque.

El Ministerio de Relaciones Exteriores del Brasil, que aún no se manifestó al respecto, venía mostrándose contrario a pasar la presidencia para Venezuela. Solamente Uruguay es favorable a dicho pasaje. Por medio de un comunicado, el Ministerio de Relaciones Exteriores uruguayo afirmó que "entiende que hoy por hoy no hay argumentos jurídicos que impidan el pasaje de la presidencia pro tempore a Venezuela".

{youtube}m-c3fND5luE{/youtube}

Crisis prolongada

Como Uruguay dejó el liderazgo del bloque y Venezuela asumió de forma unilateral, el Mercosur está hoy efectivamente sin presidencia temporaria. El episodio es un capítulo más de una crisis que viene desde junio, cuando se acercaba el fin del período del país cisplatino al frente del bloque.

De acuerdo con la regla de sucesión que sigue el orden alfabético, Venezuela asumiría la posición en el segundo semestre del 2016. Sin embargo, Argentina, Brasil y Paraguay manifestaron sus reservas en relación a la posibilidad de que el país presidido por Nicolás Maduro lidere el bloque. Ellos citan violaciones de derechos humanos y el combate a la oposición del gobierno de Maduro.

La crisis revela una nueva línea en el Mercosur después de la elección de Mauricio Macri y el distanciamiento de Dilma Rousseff. De esta manera, Venezuela cuenta por el momento solamente con el apoyo de Uruguay, cuyo poder está en manos del Frente Amplio, partido de izquierda.

Por João Flores da Cunha / IHU y agencias | Traducción: Susana Rocca


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