14 Julho 2008
A atividade política de Antonio Negri e as teorias acerca da prática das manifestações que participou ou ajudou a construir já na década de 1970. Nesta entrevista, concedida por telefone à IHU On-Line, Bordin fala sobre a relevância da obra de Negri, sobre como devemos interpretar o conceito de multidão para analisarmos a política latino-america, além de repensar quem seria essa multidão hoje. “De um ponto de vista científico, o conceito de multidão é problemático e se diferencia do conceito de classe operária, assim como foi desenvolvido durante o período da grande indústria e na última fase do desenvolvimento capitalista moderno. Todavia, diante de uma classe operária fragmentada, o termo multidão serve a qualificar toda uma vasta gama de trabalhadores”, afirmou.
Luigi Bordin é doutor em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde hoje é professor. É autor de O marxismo e a Teologia da Libertação (Rio de Janeiro: Editora Dos Pontos, 1987).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Qual é a importância de atentarmos para a obra de Negri para compreendermos os caminhos políticos que o mundo tomou?
Luigi Bordin – O Negri foi um grande pensador marxista na partir década de 1960, quando aconteceram as grandes revoltas estudantis em todo o mundo, a partir de Berkeley, de Los Angeles, difundindo-se depois em toda a Europa e principalmente na França e na Itália, em particular na cidade de Pádua e Trento. Em Pádua, Antonio Negri era ativo, então líder de “Autonomia Operária”. Foi também nessa época que aconteceram grandes lutas da classe operária, sem relação com (e freqüentemente contra) a influência dos sindicatos ou do partido comunista.
Os teóricos dessas tendências, entre os quais Negri, consideravam que a estratégia do capital era a de cooptar os partidos de esquerda, através de certas concessões de tipo econômico, levando-os, desta forma, a cooperar com o capital. Isso aconteceu, depois, com o euro-comunismo, com a social-democracia de Tony Blair [1], de Felipe Gonzalez [2] etc., e acontece, agora, com o atual PT que se conforma, mesmo taticamente, em aceitar certas diretrizes neoliberais, mas, com isso, inviabilizando as lutas estratégicas dos movimentos sociais.
Negri, naquele momento, tinha se tornado um dos teóricos mais importantes dos grupos de esquerda extraparlamentar publicando várias obras de fôlego, entre as quais Anomalia selvagem, sobre Spinoza [3], e O poder constituinte. Acabou sendo preso e, depois libertado, por ter sido votado como deputado ao Parlamento europeu. Seu livro Império, publicado pela Harvard University Press, em 1999, no qual ele empreende uma contundente crítica ao capitalismo globalizado de hoje, suscitou grandes discussões e debates.
IHU On-Line – Como o senhor concebe o conceito de multidão ao analisarmos a política latino-americana?
Luigi Bordin – Precisamos, antes, compreender o que Negri entende por multidão e para isso é preciso refazer a leitura que Negri fez de Spinoza. No século XVI, Spinoza começou pensar a questão política fora da linha de outros autores que partiam da questão do egoísmo e da idéia de que todo mundo produz a partir dos seus interesses e depois o mercado distribui. Ele vai, ao contrário, mostrar que a multidão é insurgente dentro da democracia como se verificava na Holanda daquela época. Negri encontra, na filosofia de Spinoza, uma ética e uma ontologia da imanência e da potência constitutiva da ação produtiva, não do indivíduo, possessivo e egoísta, mas das multidões que, a partir de suas necessidades corporais e materiais e de seus desejos, nos impulsionam para a busca da nossa liberdade. Desta forma, ele propõe implicitamente uma nova leitura da história do pensamento político da modernidade: ao invés da linha que vai de Hobbes [4] a Kant [5] e Hegel [6], Negri coloca-se na corrente subversiva de pensamento que vai de Maquiavel [7], Spinoza e Marx [8], e que assume a vida comum, a razão e a liberdade como o contrário da ordem capitalista. Constituição e liberdade contra direito e Estado.
Na crítica ao capitalismo globalizado, em seu livro Império, ele se vale trabalhos de Foucault [9] sobre a sociedade disciplinar e a sociedade de controle. Foucault começou a conceber o poder não como só uma instância centralizada (Estado, parlamento, direito), mas como um conjunto pluralizado de mecanismo de censura e de gratificação, isto é, como forma de gestão política da vida, como controle não só da produção, mas também da consciência e da corporeidade. Trata-se não só de um poder político e jurídico, mas também de um poder que, valendo-se da alta tecnologia do sistema de comunicação e redes de informação, organiza e dirige não só o mercado, mas também o sistema de vida (consumo, lazer, supermercados etc.) e que, com atividades monitoradas, influencia e controla as consciências, as mentes e os corpos.
A única forma de sair dessa armadinha e engodo se dá, segundo Negri, a partir da singularidade e dos movimentos sociais de luta e resistência. Não é que o partido político não seja importante. Gramsci [10], quando teoriza o partido político, parte sempre dos conselhos de fábrica e das lutas concretas dentro das fábricas ou dentro do mundo rural. O partido seria aquele que, depois dessas lutas, tentaria desorganizá-las. Hoje, porém, os partidos estão em crise. Não podemos contar com os partidos, nem com os de esquerda, pois, dentro da atual conjuntura de dominação global, perderam sua autonomia política. Ao assumir o espaço institucional do programa neoliberal, perderam o contato político com suas próprias bases. Hoje estamos assistindo isso também com o PT de Lula.
Uma coisa era o Lula de antes, quando se insurgiu criando, junto a outros companheiros, o novo sindicalismo, a CUT, fermentando com isso muitas outras forças sociais. Outra coisa é o Lula de agora. Uma vez no poder, foi obrigado a fazer alianças problemáticas aceitando a cooperar com as políticas neoliberais ditadas pelo comando imperial (e a sustentar-se a golpes de marketing). O PT não é mais um partido de classe operária. Hoje, é um partido de centro, às vezes até um pouco de direita. A esquerda, hoje, se configura em várias tendências, ou seja, não há mais uma verdadeira esquerda. No fundo, ela foi cooptada e derrotada. Existe um governo que, de um lado, praticamente coloca em prática as medidas neoliberais, e, de outro, medidas compensatórias, como a Bolsa Família. Ou seja, o PT deixou de lado o relacionamento com as suas bases e com os movimentos.
Hoje, no contexto da globalização cujo comando vem de cima (hegemonia americana, os G8, as corporações internacionais etc.), o partido (de esquerda ou de centro ou de direita) é uma superestrutura que faz da política um marketing para ter acesso à sala do poder. Ao contrário dos partidos, os movimentos sociais podem manifestar-se e fortalecer-se, cada vez mais, no distanciamento das instituições e no esvaziamento delas. Nesse contexto, em que não só o trabalho, mas também a vida, a comunicação e a cooperação social são exploradas; em que o poder se estende também à vida toda; em que, com o pós-fordismo, há terceirização e precarização do trabalho, a classe operária está fragmentada e os sindicatos se encontram enfraquecidos, não há outra saída, segundo Negri, senão a deserção e o êxodo. Por isso, na conjuntura atual, é necessário partir dos movimentos.
A obra de Negri é importante em razão de sua crítica radical da atual globalização perversa, da clareza e força de suas análises e argumentos que usa, além da abrangência de sua temática. No entanto, Negri é um pensador europeu e um crítico da globalização. Não se encontram nele análises concretas de situações concretas, sobretudo no que se refere à América Latina. Com efeito, ele conhece pouco a situação do continente. Então, é preciso, pois, lê-lo dentro numa perspectiva crítica. Ele é, sobretudo, um pensador marxista de certa época (anos 1960 e 1970) dentro da Itália. Ele se reciclou e publicou o importante livro Império, contra a atual globalização, que pode nos ajudar. Mas, dentro da perspectiva da América Latina, precisamos pensar a partir de análises concretas e pontuais da realidade e das experiências concretas dos movimentos sociais como a do MST, por exemplo. Devemos, por isso, nos dirigir aos líderes desses movimentos para que nos ajudem a entender a problemática atual a partir de suas experiências concretas e de suas visões críticas.
Estes dirigentes e teóricos precisam nos mostrar como ficar na resistência. É preciso que entendamos que hoje, em razão da correlação de forças internacionais do capitalismo globalizado, as esquerdas foram derrotadas, e militâncias, quebradas, mas, também, que a questão da resistência e luta persiste. Ainda há uma grande exploração, pois o capital consegue se deslocar de um ponto ao outro do globo, colocando suas empresas onde o custo do trabalho é menor. Enquanto isso, a terceirização, que vem depois do fordismo, faz com que o trabalho seja cada vez mais precário. Com seu turbilhão de imagens, a grande mídia coloniza o imaginário, sobretudo das crianças e dos adolescentes, nos leva para formas de um hedonismo e sexismo desvairadas e nos isola num universo virtual, delirante e narcisista, que compromete nosso equilíbrio psíquico, fazendo-nos ficar doentes.
Diante da barbárie da acumulação para poucos e a exclusão para a maioria e das redes de alienação que nos sufocam, precisamos reagir e tomar posição. A tarefa das esquerdas é hoje a de tomar consciência da situação, analisar a realidade e estar dinamicamente e criticamente nos movimentos sociais.
IHU On-Line – Mas o que seria, então, essa multidão?
Luigi Bordin – De um ponto de vista científico, o conceito de multidão é problemático e se diferencia do conceito de classe operária, assim como foi desenvolvido durante o período da grande indústria e na última fase do desenvolvimento capitalista moderno. Todavia, diante de uma classe operária fragmentada, o termo multidão serve para qualificar toda uma vasta gama de trabalhadores: formais, informais, precários, sem carteira assinada, do trabalho material e do imaterial; enfim, o conjunto de trabalhadores que estão hoje no trabalho sob a rede do capital, que produzem valor para o capital. Ora, utilizado nesse sentido, o termo multidão assume um conteúdo de “classe”. A multidão, em ação nos movimentos, se transforma em um conjunto de insurgências e de singularidades, tornando-se uma força que se opõe à exploração do capital. Quando, para qualificar o novo proletariado se fala de multidões, se fala, pois, de uma pluralidade de sujeitos, de um movimento no qual operam singularidades que cooperam. Essa multidão deve partir da formação de militantes ligados aos movimentos sociais e dentro de uma perspectiva de união entre eles.
IHU On-Line – Os movimentos sociais têm desempenhado um importante papel na América Latina. Podemos pensar que as minorias que formaram esses movimentos são a multidão que contribuem para a transformação social e política do mundo?
Luigi Bordin – Sim, porém trata-se de compreender bem, no concreto, como essas minorias aparecem, se movimentam e se insurgem. Nada melhor para entender isso que aproximar-se aos movimentos que estão já na ação: os sem-terra, sem-teto etc. Trata-se de conhecê-los mais a fundo e fazer uma experiência com eles.
IHU On-Line – E, falando em minorias, como o senhor analisa a ética das minorias que, em grande parte, também são oprimidos pela política imperialista e pela globalização?
Luigi Bordin – Precisamos remeter-nos à tradição das lutas dentro da realidade latino-americana e dentro do Brasil. Estou lendo, por exemplo, agora um pouco sobre Frei Betto [11] e Paulo Freire [12], sobre suas práticas em relação à educação popular. Os dois, nascidos em regiões diferentes do Brasil e separados por uma geração, vieram a cruzar seus caminhos pela semelhança de seus propósitos: a emancipação do povo brasileiro através de uma educação popular. A “pedagogia do oprimido” de Paulo Freire continua a ser válida não só porque a maioria do povo continua vivendo numa situação de pobreza, miséria e opressão, mas porque ela responde a necessidades fundamentais da educação contemporânea, devido aos desafios dos quais falamos, sobretudo por parte de uma mídia a serviço do poder, da desinformação, alienação e corrupção. Daí surge a necessidade da “conscientização”, da “politização”, de colocar-nos no movimento e na ação sempre na perspectiva de um contra poder e de uma contracultura. Para isso, é importante colocar-nos na tradição das grandes correntes de ação e pensamento que foram entre outras, de um lado, a prática política e pedagógica da educação popular de Paulo Freire e, de outro, a prática política e pedagógica das comunidades cristãs de base na esteira da Teologia da Libertação. São essa práticas que podem ainda fecundar nossa solidariedade e participação com os vários movimentos sociais.
IHU On-Line – A Teologia da Libertação ainda pode contribuir para o desenvolvimento político da América Latina?
Luigi Bordin – Claro! Tanto a pedagogia do oprimido quanto a Teologia da Libertação podem contribuir para isso. As duas são as grandes correntes de pensamento e de práticas que tiveram uma grande repercussão no mundo todo, mas sobretudo na América Latina. Precisamos rever a nossa história dentro da perspectiva dos vencidos e de suas lutas. Precisamos voltar a um cristianismo radical e sair de um cristianismo light, cooptado pelas mídias e pelo mercado e seqüestrado pela sociedade de consumo e de controle. A Teologia da Libertação é a verdadeira teologia latino-americana e, junto à pedagogia do oprimido, é fruto de práticas e lutas que nós devemos herdar e tentar reciclar.
IHU On-Line – Como o senhor conceitua biopoder em tempos de inúmeras migrações, interculturalidade, democracia e neoliberalismo?
Luigi Bordin – O poder hoje se dá, sobretudo, através da sociedade do espetáculo e das mídias. Precisamos estudar mais as mídias. É através delas que o mercado faz com que as pessoas não tenham uma visão crítica. Não há debate porque as mídias esvaziam a cabeça das pessoas. Precisamos ver como defender-nos e como contra-atacar. Existem grupos e movimentos que lidam para uma mídia alternativa. Para aprofundar uma visão crítica sobre a mídia, é preciso ler as obras de Muniz Sodré [13] e Dênis de Morais.
Notas:
[1] Anthony Charles Lynton Blair é um político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido.
[2] Felipe González Márquez é um político espanhol. Foi secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de 1974 a 1997. Foi também o terceiro presidente da Espanha do périodo democrático posterior a 1978.
[3] Benedictus de Spinoza foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna. Nasceu nos Países Baixos em uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.
[4] Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Ele defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o monarca.
[5] Emanuel Kant foi um filósofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna. Alguns autores consideram que Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o Racionalismo continental e a tradição empírica inglesa. Kant é famoso sobretudo pela sua concepção conhecida como transcendentalismo: todos nós trazemos formas e conceitos a priori para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. Também é conhecido pela sua filosofia moral e pela sua proposta, a primeira moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a hipótese Kant-Laplace. Sobre ele, a revista IHU On-Line dedicou a edição 93.
[6] Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão. Era fascinado pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau, assim como pela Revolução Francesa. Muitos consideram que Hegel representa o ápice do idealismo alemão do século XIX, que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx. A edição 217 da revista IHU On-Line trata do autor. Já a edição 261 tem como tema Carlos Roberto Velho Cirne-Lima. Um novo modo de ler Hegel.
[7] Nicolau Maquiavel foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia.
[8] Karl Heinrich Marx foi fundador de uma das grandes teorias que iria influenciar os séculos dezenove e vinte, intelectual alemão, economista, sendo considerado um dos fundadores da Sociologia e militante da Primeira e Segunda Internacional. Atualmente, é bastante difícil analisar a sociedade humana sem se referenciar, em maior ou menor grau, à produção de Karl Marx, apesar da polêmica causada por suas afirmações.
[9] Michel Foucault foi um filósofo e professor da cátedra de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France desde 1970 a 1984. As teorias sobre o saber, o poder e o sujeito romperam com as concepções modernas destes termos, motivo pelo qual é considerado por certos autores, contrariando a própria opinião de si mesmo, um pós-moderno. Os primeiros trabalhos seguem uma linha estruturalista, o que não impede que seja considerado geralmente como um pós-estruturalista devido a obras posteriores como Vigiar e punir e A história da sexualidade. Foucault trata principalmente do tema do poder, rompendo com as concepções clássicas deste termo. Para ele, o poder não pode ser localizado em uma instituição ou no Estado, o que tornaria impossível a "tomada de poder" proposta pelos marxistas. O poder não é considerado como algo que o indivíduo cede a um soberano, mas sim como uma relação de forças. Sobre ele é possível ler a revista IHU On-Line edição 203 e a edição 119.
[10] Antonio Gramsci foi um político, filósofo e cientista político, comunista e anti-fascista italiano. A edição 231 da revista IHU On-Line reflete sobre o filósofo.
[11] Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, é um escritor e religioso dominicano brasileiro. Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero. Esteve preso por duas vezes sob a Ditadura Militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir quatro anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Sua experiência na prisão está relatada no livro Batismo de sangue.
[12] Paulo Reglus Neves Freire foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É dedicado ao pedagogo a edição 223 da revista IHU On-Line.
[13] Muniz Sodré de Araújo Cabral é um jornalista, sociólogo e tradutor brasileiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação. Atualmente, exerce o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. É um dos maiores pesquisadores brasileiros e latino-americanos no campo da Comunicação e do Jornalismo.
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Das minorias à multidão. A contribuição de Antonio Negri. Entrevista especial com Luigi Bordin - Instituto Humanitas Unisinos - IHU