21 Julho 2022
A polícia mais violenta do país no ano passado foi a do Estado do Amapá, com um índice de 17,1 mortes por grupo de 100 mil habitantes, quase seis vezes a média nacional, que foi de 2,9 por 100 mil. Esse foi o maior índice já apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública desde o início do levantamento, em 2013. Em nove anos, ao menos 43.171 pessoas foram vítimas de ações policiais no país, sem contar as ações da Polícia Federal e Rodoviária.
A informação é de Edelberto Behs, jornalista.
O segundo Estado com a polícia mais letal, apurou o Fórum, foi a de Sergipe, com uma taxa de letalidade de nove vítimas por grupo de 100 mil habitantes, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.
A polícia do Rio de Janeiro, que seguidamente aparece na imprensa, aparece em quarto lugar no rol macabro, com 1.356 vítimas, um crescimento de 8,9% em relação a 2020.
Mesmo com esses dados localizados, pela primeira vez, desde 2013, o número de mortes em decorrência de ações policiais no Brasil diminuiu 4,2% em 2021, ano em que 6.145 pessoas foram vitimadas.
Goiás, com letalidade de 8 por 100 mil habitantes, aparece em terceiro lugar, e a Bahia, com 6,7 por 100 mil, aparece em quinto lugar, são Estados onde a taxa de mortos em intervenções policiais superou a média nacional.
O destaque positivo coube ao Estado de São Paulo, que em 2021 reduziu em 30% o total de vítimas de letalidade policial. O resultado está sendo creditado às mudanças institucionais introduzidas na Polícia Militar desde 2020, que culminaram com a adoção de câmeras colocadas nas fardas dos policiais. A Polícia Militar de Santa Catarina já usa tais câmeras desde 2019.
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Amapá tem a polícia mais letal do Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU