07 Janeiro 2022
"O ponto principal do filme é impecável, os capitalistas, a quem o governo realmente serve e obedece, apostarão até mesmo no apocalipse, desde que haja alguma oportunidade lucrativa", escreve Pedro Luiz Côrtes, professor do Departamento de Informação e Cultura da Escola de Comunicações e Artes da USP, em artigo publicado originalmente no site TraduAgindo e reproduzido por A Terra é Redonda, 06-01-2022.
Depois de Theodor Adorno e dos estudos sobre a ideologia na segunda metade do século XX, tanto por grandes nomes do marxismo como Terry Eagleton e Fredric Jameson, quanto por nomes menos ligados ao marxismo como Slavoj Zizek e, na minha experiência, Jean Baudrillard, é impossível assistir a um filme como Não olhe para cima e não observar cada tática de clichê hollywoodiana.
Quando se vê seus cartazes, trailers e atores, espera-se apenas mais do mesmo, um entretenimento breve e superficial para o feriado. Espera-se não mais do que o bem conhecido ideário estadunidense típico: a supremacia da democracia liberal americana, a crítica moralista e sentimental da injustiça, dos erros e da corrupção, e o final feliz conciliatório, fraternal ou familiar, e de preferência com alguma “sacada” ou referência esperta. Contudo, a direção de Adam McKay foi bastante habilidosa em malabarizar esses artifícios em seu favor para uma sátira esperta.
Quando lembramos de outros filmes catastróficos, o que vemos? No filme 2012 (2009), os pouquíssimos seres humanos que conseguiram lugar nas arcas encontram a África do Sul, primeira porção de terra a se elevar sobre um planeta inundado. O filme, que contava com um presidente negro para os EUA, foi lançado um ano depois da eleição de Barack Obama e um ano antes da Copa do Mundo na África do Sul (2010), em um contexto de crescente discussão sobre raça e decolonialismo, e de ascensão econômica e política de alguns países subdesenvolvidos, os chamados BRICS.
No final de O dia depois de amanhã (2004), após a morte do Presidente, o vice-presidente negacionista assume a presidência e reconhece seus erros, enviando socorro para as pessoas presas pela nevasca que tomou o hemisfério norte. Astronautas anunciam que o céu está claro e a tempestade passou. Finalmente, Impacto profundo (1998; em certa medida, satirizado por Não olhe para cima) termina com alguns milhões de mortos pelos tsunamis causados pelo choque do meteoro, enquanto o resto da vida na Terra foi salvo pelo sacrifício heroico dos astronautas para explodir o segundo e mais letal meteoro.
Em geral, os finais relativamente felizes destes filmes lamentam muito brevemente os milhões de mortos, aponta para uma união derradeira da humanidade contra um mal comum e que haverá injustiças que não se poderá evitar, mas que “tudo vai passar” e a humanidade prevalecerá. Todos esses filmes também foram feitos no contexto dos anos 2000, onde os EUA exerciam seu domínio cultural e geopolítico sem muita resistência.
Por isso, independentemente da qualidade do filme Não olhe para cima enquanto obra cinematográfica, sua qualidade dentro do contexto ideológico é curiosa, pois se difere dos filmes de catástrofe. Em primeiro lugar, o governo é o primeiro a ser apontado como corrupto e negacionista. Muitos apontaram para a presidenta Janie Orlean (Meryl Streep) como uma referência a Trump – entretanto, sabemos que a primeira pessoa em que pensamos quando dizemos “uma mulher presidente dos EUA” é Hillary Clinton, e acredito que o breve frame com retrato da presidenta abraçando Bill Clinton no filme reforça a ideia.
Em outras palavras, o filme se esforçou em demonstrar que não se trata especificamente do Partido Democrata ou Republicano. A presidenta Janie Orlean não está tanto para Trump quanto os Democratas gostariam de admitir. É preciso lembrar que Joe Biden não cumpre com muitas de suas promessas, é tímido em realizar mudanças concretas, inclusive em políticas da era Trump, e tem ele mesmo sua parcela de falas e posturas bizarras. Recentemente, muitos têm questionado o rigor científico das determinações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), como a recomendação de diminuição do tempo de isolamento para casos de covid-19.
Segundamente, o CEO da empresa B.A.S.H., o bilionário Sir Peter Isherwell (Mark Rylance), é um amálgama de tudo o que representa os aspirantes a lunáticos e marcianos de nosso planeta: principal doador da campanha da presidenta, ele se vê no direito de gritar com ela e ordenar a interrupção da missão espacial até mesmo após o lançamento. Hipócrita, misantropo e sociopata, o CEO investe fortemente em monitorar os usuários de seus celulares e controlar seus humores – de preferência, para uma felicidade forçada. Este, na verdade, é um traço marcante do filme que pouco vi comentarem: todos estão obcecados em manter o riso e o bom humor eternamente constantes. É um aspecto atual e ideológico forte que talvez mereça sua própria sátira cinematográfica.
Em terceiro, a ciência sucumbe em velocidade meteórica. Os cientistas se demonstram completamente incapazes de transmitir a mensagem; não só por causa de sua inaptidão com as formas de comunicação contemporâneas, mas também por causa da completa ausência de capacidade dos interlocutores de compreender qualquer coisa que não seja dinheiro. Afinal, é justamente o receio de haver prejuízos que motiva todos a manterem “o bom humor” – eventualmente, “não olhar para cima” – e faz com que abortem a única missão com chance de sucesso, substituindo por uma com fraco prospecto, mas altíssimo lucro. Por fim, a última novidade deste filme é que todo mundo morre, sem exceções. Não há final feliz. Nem mesmo em um planeta paradisíaco para onde fogem os bilionários, pois também são incapazes de fazer qualquer coisa.
Consta na página de Wikipedia em inglês do filme que este fora anunciado em Novembro de 2019, com início das gravações previstas para abril de 2020, mas foi adiado por causa da Covid-19. A coincidência não poderia ser mais interessante: como metáfora sobre o negacionismo ambiental, também se encaixa muito bem para a pandemia. Em especial, o ponto principal do filme é impecável. Os capitalistas, a quem o governo realmente serve e obedece, apostarão até mesmo no apocalipse, desde que haja alguma oportunidade lucrativa. É necessário notar, inclusive, este detalhe: a atual reconfiguração do capital e dos modelos políticos e econômicos que o acompanharão será, necessariamente, desastrosa para a grande maioria dos seres vivos, humanos ou não.
Se há uma destruição do meio ambiente, então se aproveitará até os últimos momentos para queimar florestas, extrair petróleo, poluir os mares e os ares, e caçar espécies em extinção como nunca, antes que não seja mais possível. Se há uma pandemia, então se lucrará com vacinas e tratamentos, funcionem eles ou não, até o último momento em que seja possível. Se há um cometa, então se tentará minerá-lo antes de explodi-lo. Em suma, o capitalismo pode até declinar e ser alterado pelo movimento histórico das necessidades impostas pela natureza, mas o fará da forma mais lucrativa possível. Isso não será dito assim, “na lata”, de forma direta e clara. A mensagem que receberemos é a mesma que sempre recebemos: “vamos esperar e avaliar”. Traduzindo: demorar para agir nos dá tempo de ganhar um pouco mais de dinheiro antes.
Por essas razões, acredito que este filme indique o nosso momento histórico, no qual a crítica social se torna necessária para qualquer filme que se pretenda relevante; e que isto é um sinal positivo. Quer dizer que Hollywood se tornou esquerdista e passou a realizar a crítica da ideologia? Certamente não é o caso. Este aspecto é também perigoso, pois é assim que a ideologia se transforma e se apropria de seus conflitos.
Se os filmes se tornaram mais críticos, como ocorreu nos últimos dez anos, é porque há uma exigência, uma força que pressiona e tensiona a ideologia e suas ferramentas discursivas nessa direção. Acredito que essa força seja, majoritariamente, popular. Não por acaso, o filme é lançado no contexto de forte crise social dentro dos EUA: descrença em relação ao seu sistema político, epidemia altamente letal acompanhada de negacionismo e negligência, desemprego, inflação, perseguição policial racista, guerras sem sentido que terminam em fracasso, pouca ou nenhuma seguridade social. Se o filme exaltasse a supremacia e o excepcionalismo típicos da ideologia estadunidense, provavelmente seria “cancelado” em sua recepção.
Por outro lado, como foi dito, não se pode genuinamente acreditar que Hollywood esteja agora do nosso lado. Se é verdade que concessões críticas foram feitas, também é verdade que ainda há muita sustentação para a hegemonia liberal. E podemos encontrar sinais disso no filme. Convém, primeiramente, buscar onde está o povo. E o povo, sujeito a décadas de ideologia do consumo, de acreditar apenas no que vê na TV e no celular (não por acaso, várias vezes aparecem planos demonstrando as reações nas mídias e redes sociais), da hiper-realidade da “tela-total”, não faz nada além de acreditar em um ou outro lado da disputa, ou entrar em convulsão social. Este comportamento exibido no filme, ainda que um tanto realista, é esclarecedor.
A união popular e uma possível insurreição é tratada como loucura. De resto, o povo é pouco retratado e, quando o é, não sabe o que fazer. Aqui, o papel da cientista Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) se inverte. Ao longo do filme, ela representava a misoginia do silenciamento das mulheres, visto que nunca era levada a sério. Parecia que o filme nos dizia “ninguém escuta a mulher”. Entretanto, posteriormente ela desiste de ser ouvida ou de agir, cai em niilismo e anarquia, causa desordem e age de forma inconsequente. O filme então parece dizer “não há o que fazer”. Não há, nem por parte de Dibiasky, que poderia ser uma possível liderança ou símbolo, nem por parte do povo, que é capaz de virar tudo de cabeça para baixo, nenhuma organização insurrecional.
Há, no final do filme, uma campanha “Olhe Para Cima”, nos moldes democráticos e liberais, que se mantém presa ao discurso, e só. Na verdade, há ainda mais uma crítica ao povo, ironicamente colocada sobre os pais de Dibiasky, a principal cientista a descobrir o cometa: seus pais se tornam negacionistas e a expulsam de casa, dizendo que não querem se comprometer pois esperam pelos empregos que o cometa vai gerar. Uma clara referência ao eleitor negacionista conservador médio. Mas talvez convenha fazer a famosa inversão zizekiana: não seria justamente esta a postura mais sensata? O que o trabalhador pode fazer, sem perspectiva de revolucionar o status quo, senão buscar a melhor oportunidade de sobrevivência e emprego?
Um segundo ponto onde a ideologia se sustenta está no próprio cientista Dr. Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). Ele representa o acadêmico totalmente ignorante a qualquer assunto que não sejam astros siderais. Incapaz, em primeiro momento, de se comunicar de forma adequada, em um segundo momento ele é o primeiro a ceder. Mindy se torna defensor e representante midiático das ações negacionistas da B.A.S.H. e do governo. Envolve-se em relação obscena com a apresentadora de TV Brie Evantee (Cate Blanchett), traindo sua esposa.
Em outras palavras, o principal representante da intelectualidade e do meio científico-acadêmico no filme é, em primeiro momento, ingênuo, ao ponto de discutir e argumentar toscamente contra estranhos na internet; e em segundo momento, corrupto. Como o povo, os intelectuais no filme são incapazes de pensar em como fazer com que a sociedade funcione. Novamente, há certa verdade nessa crítica, visto que a academia, hoje, realmente reúne muitas pessoas como Dr. Randall Mindy – mas também há certa mentira. O que o discurso ideológico do filme obscurece através do comportamento de Mindy é, além de sua agência, sua racionalidade. Assim como em outros filmes catastróficos, o problema de Mindy, de acordo com o filme, é moral. Mindy foi corrompido por suas falhas morais, e não pela força opressiva do dinheiro, das mega-corporações midiáticas, e da força bruta do governo. Acreditar que o problema é a incapacidade moral e racional das pessoas, como algumas análises do filme também fizeram, é comprar este discurso ideológico, quando as causas reais do problema são de outra natureza. A ciência, por si só, não salva o mundo.
Finalmente, o filme ainda apresenta, de forma invertida, um excepcionalismo americano. Em uma espécie negativa de TINA (There is no alternative; “Não há alternativa”, slogan de Margaret Thatcher), onde tudo dá errado no mundo por causa dos EUA, sem que haja o que fazer. Ao contrário de sermos salvos pelo liberalismo, seremos mortos por ele, e não há alternativa. Podemos ver isto em vários momentos do filme: quando Mindy finalmente percebe a situação em que se meteu e fala desesperado na televisão sem enxergar solução (“O que fizemos de nós mesmos? Como consertamos?”); ou quando a campanha “Olhe Para Cima” é tão midiática e eleitoreira quanto a adversária, como demonstra o show da popstar Riley Bina (Ariana Grande).
Mas um momento breve chamou mais minha atenção, em especial pela sua brevidade: quando Dr. Teddy Oglethorpe (Rob Morgan) recebe uma ligação e então nos informa que os EUA excluíram a Rússia, a Índia e a China de sua ambiciosa missão de extrair os minerais do cometa, que os três países organizaram uma missão conjunta, e que essa missão tinha acabado de fracassar com uma explosão acidental. Ora, onde estavam estes países durante todo o filme? Não existiam? Não fizeram nada? Não se organizaram nem cobraram os EUA antes disso, sendo que seis meses se passaram? O que o filme nos sugere? Que o mundo, considerando toda a história, estava confiando nos EUA? E os outros países, ricos e pobres, também nada fizeram?
Ainda vale lembrar que a Rússia e a China são países tão capazes quanto os EUA (ou mais) de realizar tais missões espaciais, e provavelmente não fracassariam de tal forma. Na verdade, muitas pessoas interpretaram que o fracasso foi causado por sabotagem americana, apesar de o filme não dar mais explicações. De um jeito ou de outro, os EUA continua excepcional: ou é o único capaz de realizar a missão de desviar o cometa, ou é onipotente e capaz de impedir que qualquer outro país o faça.
Antes de concluirmos esta interpretação do filme e sua posição no contexto cultural atual, falemos um pouco do outro presente que recebemos. Como aponta a crítica do site Omelete, é provável que Slavoj Zizek encontre em Não olhe para cima a velha “capacidade que o capitalismo tem de vender descontentamentos de volta ao consumidor como mercadorias”. E é justamente o nosso filósofo e crítico da ideologia favorito que surpreende muitos de nós este mês com um apoio ao boicote das Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022 pela França, ao lado de nomes conservadores. Ao participar de ação de tal pequenez e de motivações tão óbvias, há de se perguntar se Zizek ainda é capaz de enxergar as ferramentas da ideologia liberal.
Não sabemos as motivações de Zizek, apesar de eu duvidar que possam ser boas. A França e os países que pretendem boicotar as olimpíadas não são nenhum exemplo de humanitarismo – pelo menos não para pessoas informadas. Se até um filme de Hollywood consegue entender isso, o que leva Zizek a assinar tal petição? Estaria Hollywood à esquerda do “filósofo mais perigoso do mundo”? Defensor do “legado europeu”, o filósofo esloveno se esquece que países do ocidente europeu sempre se acharam mais humanos que outros povos, e mais europeus que povos eslavos como a Eslovênia, de onde ele vem. Juntando-se ao conservadorismo e ao eurocentrismo, Zizek se parece com Dr. Randall Mindy. Talvez ele pense que a democracia se beneficiará, ou que ele será mais europeu caso se comporte à francesa.
Pensando bem, estariam muito bem alinhados. Afinal, também no filme a China é apenas uma abstração pouco confiável, incapaz de agir sobre o mundo – que já tem dono. No fundo, apesar das positivas críticas do filme à nossa miséria atual, esta é a mensagem que ressoa, de Hollywood a Slavoj Zizek: “não olhe para a esquerda”. Não olhe para a revolta. Não olhe para a capacidade de organização do povo, dos trabalhadores. Não olhe para os países socialistas. Não olhe para as alternativas ao capitalismo. Não olhe para as outras nações. Não olhe para o que a China fez com a pandemia ou para seu projeto de reflorestamento. Não olhe para as Olimpíadas chinesas. Olhe apenas para os EUA e seus poderosos, são apenas eles que existem; apenas eles podem agir. Há apenas um modelo de democracia, um modelo de economia. Somente os EUA e seus aliados podem salvar o mundo; somente eles podem fazer olimpíadas (e cometer crimes contra a humanidade).
Estes que inventaram um capitalismo destruidor de mundos e o sustentam estão silenciosamente desesperados. Temem que busquemos alternativas à esquerda. Aqui, nenhuma heterodoxia do assim chamado marxismo ocidental conseguiu, até agora, sustentar sua oposição. Contra o léxico ideológico imperialista, o derrotismo e o negacionismo, talvez a crítica ideológica de Domenico Losurdo seja a vacina que tanto precisamos, enquanto outros pensadores nos vendem tratamentos fajutos.
Em vez do final conciliatório que reconstrói a humanidade, a última-cena-última-ceia de Não olhe para cima é a aceitação do fim inevitável, o retorno à religião e uma união fraterna não na luta pela sobrevivência, mas na derrota. É verdade que essa pode ser uma sátira à conciliação familiar de outros filmes de catástrofe. Entretanto, é justamente aí, onde a sátira se iguala aos seus predecessores, que falha visivelmente. A conclusão é a impotência e o fracasso absoluto. Diante do fim do mundo, todas as pessoas se corrompem moralmente, agem irracionalmente e morrem. Certamente é uma caricatura generalizada da humanidade, ferramenta estilística da sátira.
Não podemos achar que essa representação das pessoas se pretenda literal e exata – está exagerada para que a crítica seja clara. Ao mesmo tempo, nada no filme aponta para alternativas. Nesse sentido, a sociedade em Não olhe para cima é tenebrosamente estática, imóvel, engessada. Nem mesmo o fim iminente pode colocá-la em movimento. E é justamente este absurdo dentre tantos outros que nos fascina devido à sua verossimilhança. Pois a tarefa difícil, depois dos acontecimentos dos últimos cinco ou dez anos, é identificar o que é realista e o que é fantasioso no filme. É mais fácil achar as partes realistas do filme e suas referências a eventos históricos do que as partes originais que nunca ocorreram. “É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo” – como diriam pensadores de outrora.
É precisamente através dessa verossimilhança que nos desviamos da discussão sobre o que pode e deve ser feito. O que o filme obscurece é nossa capacidade de ação, individual e coletiva. O que o filme obscurece é a alternativa. Sim, estamos em um momento complexo onde a humanidade ainda é governada por interesses minoritários e nocivos. Sim, se dependermos destas pessoas, muita coisa ainda há de dar errado. Sim, existem riscos muito reais de catástrofe: pandemias, destruição da natureza, meteoros e cometas. Mas é falso que não existam alternativas. É falso que outros países estejam na mesma situação. É falso que todas as pessoas se corromperiam ou não dariam a mínima. É falso que não possamos fazer nada. Existem alternativas, existem sociedades diferentes, existem pessoas preocupadas, como eu e você. Podemos nos organizar e mudar as coisas.
Basta olhar para o outro lado.
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Não olhe para a esquerda. Comentário sobre o filme “Não olhe para cima” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU