06 Julho 2021
“Não creio que haja o menor risco (de ruptura institucional no caso de vitória de Lula). Acho que ele vai ganhar, e no primeiro turno. E não vai acontecer nada. O presidente Bolsonaro é forte, mas não ameaça as nossas instituições. Absolutamente ridículo imaginar que Bolsonaro, perdendo, como vai perder, produzirá uma revolução no Brasil. Ele está sozinho. Essa que é a verdade. As instituições no Brasil são sólidas” – Antonio Delfim Netto, economista, ex-ministro da Fazenda – Valor, 05-07-2021.
“Lula nunca foi de esquerda. O Lula é um pragmático. Ele, na realidade, fez um governo excelente. Nós corremos o risco de confundi-lo com a tragédia que foi o governo Dilma. O governo Lula foi excelente, ainda que, na verdade, com condições externas muito favoráveis. Primeiro cresceu bastante. Segundo que foi controlado. Nunca houve uma violação constitucional” – Antonio Delfim Netto, economista, ex-ministro da Fazenda – Valor, 05-07-2021.
“O afastamento do "serial killer" do Planalto tornou-se um imperativo ético, humanitário e político. Purgado pelo impeachment, o genocida teria os direitos políticos cassados por oito anos. Sem poder parasitar a máquina pública, o bolsonarismo perde oxigênio. A presença constante e maciça de gente na rua até 2022 é a melhor vacina contra a ruína da democracia e o golpe, que Bolsonaro não para de fomentar” – Cristina Serra, jornalista – Folha de S. Paulo, 06-07-2021.
“Um presidente da República que, para desviar a atenção, se vale de um “vamos supor” não merece nenhum crédito. Não precisa ser terrivelmente evangélico para saber que o sim deve ser sim e o não, não. O que passa disso vem do coisa-ruim, diz a Bíblia” – editorial “Bolsonaro além dos limites” – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
“Marcelo Ramos (PL-AM) foi preciso sobre as críticas de esquerdistas aos chamados “bolsonaristas arrependidos”, gente que votou no presidente em 2018, mas não apoia mais o governo dele. “Falta noção básica de matemática. Bolsonaro ganhou a última eleição. Portanto, matematicamente, sem os votos de quem votou nele e se arrependeu, ninguém ganhará dele.” Só usar a cabeça” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
“Quando Bolsonaro prometeu defender a família, se ‘esqueceu’ de falar que estava pensando apenas na família dele” - Rubens Nunes, vereador de São Paulo (PSL), sobre áudio de ex-cunhada do presidente – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
“Bolsonaro tem obsessões: acabar com a urna eletrônica e reinstaurar o voto impresso, que fazia a festa dos “coronéis” da política; armar toda a população civil; derrubar a floresta para “desenvolver” a Amazônia; tirar as reservas dos indígenas, que só querem “celular e internet”. É uma enxurrada de ideias muito próprias, peculiares, chocantes, mas talvez fosse mais conveniente o presidente acompanhar o que ocorre não só na Saúde e no Meio Ambiente, mas em todos os ministérios. Ou seja, passar a governar, botar a mão na massa, porque a coisa está ficando feia para o lado dele” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
“Se a semana passada acabou mal, esta já começa com os áudios da ex-cunhada de Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle, no UOL, relatando como ele não apenas participava como tinha voz ativa nas “rachadinhas” dos gabinetes parlamentares da família. Pinga daqui, pinga dali, a sensação é de que o barco Bolsonaro faz água por todo lado” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
“O estudo da Federal do Rio Grande do Sul mostra que, se a vacinação tivesse começado um mês antes, teríamos salvo 46 mil vidas. Até o fim do ano passado a vacina era secundária, não era prioritária para o governo federal. A vacina de repente passou a ser prioritária quando a Economia disse que o melhor plano era vacinar a população. Demorou para chegar a essa conclusão. A (vacina) do Butantan não foi relegada a segundo plano, foi relegada a terceiro plano. Poderia ter sido a primeira a ser adquirida. Foi uma das últimas a ser contratada, só em janeiro, e mesmo assim foi a que iniciou o programa de vacinação” – Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan – O Estado de S. Paulo, 06-05-2021.
“Um único brasileiro declarou no ano passado ter recebido a quantia de R$ 1,3 bilhão em lucros e dividendos livre de impostos, de acordo com dados públicos divulgados pela Receita Federal. Esse contribuinte faz parte de um grupo de 3 mil milionários que, segundo as próprias declarações, possuem uma renda de R$ 150 bilhões anuais, dos quais R$ 93 bilhões são isentos de tributação na pessoa física. Na pirâmide social-tributária do Brasil, de acordo com os dados da Receita, quanto mais rica for a pessoa, maior será a parcela da renda que permanece isenta. Enquanto 99% dos contribuintes têm isenção média de 25%, no topo dessa pirâmide 60% da renda não é tributada, apontam simulações feitas pelo economista Sergio Gobetti, a pedido do Estadão, sobre o impacto da volta da tributação de lucros e dividendos prevista na proposta de reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso. No caso específico do exemplo que começa esta reportagem, a isenção chegou a 95% da renda” – Adriana Fernandes, jornalista – O Estado de S. Paulo, 06-0-2021.
“Na maior crise hídrica em 100 anos, ajustar a demanda de energia por meio do aumento de preço não é algo democrático. Essa é a opinião do secretário executivo de mudanças climáticas do município de São Paulo, Antonio Pinheiro Pedro, que assumiu a pasta recém-criada, na semana… do meio ambiente” – Sônia Racy, jornalista – O Estado de S. Paulo, 06-07-2021.
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‘Super-ricos’ têm isenção de 60% no IR; restante dos contribuintes, 25% – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU