22 Setembro 2020
Martin Luther King Jr.: Um comunista!
Quando a turma de formandos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, em 1968, tornou o líder dos direitos civis nos EUA como paraninfo, alguns missionários norte-americanos que lecionavam no Seminário, bem como parte da cúpula batista brasileira, ficaram indignados com os alunos. Eles estavam alinhados com o regime militar que governava o país à época e diziam que Martin Luther King era um comunista, um agitador.
Tanto lá como cá, a tática é a mesma. Não podendo com os argumentos, tenta envenenar a fonte. Assim, quem discorda ou crítica o que aí está, segue sendo chamado de "marxista", "comunista" ou "esquerdista". O que importa mesmo é rotular.
Tenho amigos e colegas pastores que estão passando por isso agora. Pessoas que não querem ouvir, apenas colocar a pecha de "comunista". Gente que se diz de "deus", mas divulga mentiras sobre pessoas para invalidar suas biografias.
*Nota Pública*
A omissão lesa a pátria
Enquanto o governo federal assiste passivo aos incêndios criminais que tomaram o país, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, publicou em suas redes sociais uma grave acusação. Disse que a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e uma de suas lideranças, Sonia Guajajara, cometeram crime de lesa-pátria.
A APIB rechaça a declaração. E entende que o maior crime que lesa nossa pátria é a omissão do governo diante da destruição de nossos biomas, das áreas protegidas, das queimadas ilegais, da grilagem, do desmatamento e da invasão de nossas terras e do roubo das nossas riquezas.
Às vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas, o mundo todo está testemunhando esse crime - grande demais para ser ocultado. Em vez de atacar indivíduos que trabalham pela proteção do meio ambiente e garantia dos direitos dos povos indígenas, as autoridades deveriam neste momento cumprir seus juramentos constitucionais e apresentar à nação um plano para enfrentar esses incêndios que afligem o país. E assim proteger, inclusive, a economia e a reputação nacional.
As acusações, além de levianas e mentirosas, são irresponsáveis, pois colocam em risco a segurança pessoal dos citados.
A APIB estudará as medidas cabíveis.
Este é o tipo de outdoor que você verá em viagens pelo Mato Grosso, exigindo que o estado deixe de fazer parte da Amazônia Legal. O conceito de Amazônia Legal foi estabelecido nos anos 1950 e engloba Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do estado do Maranhão. Ele é componente do arcabouço de proteção ambiental brasileiro, uma vez que na Amazônia Legal há exigências mais estritas para se desmatar, há requisitos de replantio, há uma porcentagem mais alta de território que deve ser preservada.
O agronegócio brasileiro poderia perfeitamente se manter dentro dos limites do vasto latifúndio que já conquistou, mas não larga mão da ideia de avançar floresta adentro, sem a menor consideração pelo futuro.
O governo Bolsonaro é aliado, instigador e cúmplice desse plano. O extremista Ricardo Salles se refere a este projeto como “passar a boiada”.
Pior cego é o que não quer ver.
Conjunturas: Dia: 25.09.2020, das 17h às 18h30m
Tema: “La filosofía de la liberación de Ignacio Ellacuría y la historización de los derechos humanos”.
Palestrante: Prof. Dr. Michael Schulz - Universität Bonn/PUCRS
Mediação: Prof.Dr. Draiton G. de Souza - PUCRS
Link de acesso online aberto/debate.
Promoção:
PPG Filosofia PUCRS
CDEA - Centro de Estudos Europeus e Alemães
Apoio:
Escola de Humanidades/PUCRS
Editora Fundação Fênix
Gravissimum Educationis.
Atriz Judaica Natalie Portman rejeita prêmio de 1 milhão de dólares oferecido pelo Instituto Genesis. Declarou que não quer participar de ato do Instituto ligado politicamente a Benjamin Netanyahu e a matança de Palestinos desarmados. Congressistas israelenses pedem a cassação da cidadania de Natalie.
Nota sobre a visita do Secretário de Estado dos EUA
As entidades que assinam esta nota condenam a postura subserviente do atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil ao aceitar encontrar-se com o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em Boa Vista, Roraima, na fronteira com a Venezuela.
Tal fato constitui uma ação inteiramente contrária à política consagrada pelo Itamaraty, ao longo da história, de zelar pela estabilidade das fronteiras brasileiras, bem como pelo convívio pacífico e respeitoso com nossos vizinhos, fundamentos da nossa soberania.
Endossamos, assim, as críticas a essa atitude do governo brasileiro que foram manifestadas pelos ex-Ministros de Relações Exteriores - Fernando Henrique Cardoso, Francisco Rezek, Celso Amorim, Celso Lafer, José Serra e Aloysio Nunes Ferreira - e pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que ressaltou a importância de serem respeitados os princípios fundamentais da Constituição Federal que orientam as relações internacionais do País: (I) independência nacional; (III) autodeterminação dos povos; (IV) não-intervenção; e (V) defesa da paz.
Reiteramos nosso compromisso em defesa da democracia, da soberania nacional, da paz e do desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo do Brasil.
Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Clube de Engenharia
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2020.
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