27 Junho 2019
O pontífice se encontrará com os sobreviventes da bomba atômica no segundo dia de sua visita, que começará em 23 de novembro. A viagem de Francisco é a segunda de um pontífice à Terra do Sol Nascente, depois de João Paulo II em fevereiro de 1981. A luta contra a proliferação de armas nucleares é um tema muito urgente para o pontífice, devido às tensões entre EUA e Coreia do Norte e EUA e Irã.
A informação foi publicada por AsiaNews, 26-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
O Papa Francisco visitará Hiroshima e Nagasaki em 24 de novembro, por ocasião de sua viagem apostólica de quatro dias ao Japão. O pontífice oferecerá orações pelas vítimas dos ataques atômicos nas duas cidades, que ocorreram em 1945 pela ação da força aérea dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. A mídia japonesa relatou isso, citando fontes próximas à organização da viagem.
No último dia 23 de janeiro, foi o próprio Francisco quem anunciou a viagem, no voo que o levava ao Panamá para a celebração da 34ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Poucos dias depois do anúncio da viagem apostólica, os católicos japoneses convidaram o Papa a lançar uma mensagem contra as armas nucleares de Hiroshima e Nagasaki.
Segundo rumores, o papa planeja encontrar os sobreviventes da bomba atômica no segundo dia de sua visita, que iniciará em 23 de novembro. A viagem de Francisco é a segunda de um pontífice na Terra do Sol Nascente, depois de João Paulo II em fevereiro de 1981. O pontífice se reunirá com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o imperador Naruhito em Tóquio; vai realizar uma missa no estádio Tokyo Dome em 25 de novembro.
Fontes do governo relatam que o papa enviou cartas aos prefeitos de Hiroshima e Nagasaki e ao governador da prefeitura de Hiroshima em maio passado, prometendo oferecer orações aos seus cidadãos. Funcionários haviam estendido ao pontífice o convite para visitar as duas cidades durante uma audiência no Vaticano.
A luta contra a proliferação de armas nucleares é um tema muito urgente para o Papa Francisco, devido às tensões entre os EUA e a Coreia do Norte e entre os Estados Unidos e o Irã. No final da audiência de 19 de junho, saudando os peregrinos de língua inglesa, o Papa dirigiu-se especialmente aos Jovens Mensageiros da Paz de Hiroshima e Nagasaki, que vieram do Japão ao Vaticano.
Como símbolo de esperança na eliminação das armas nucleares, o Papa Francisco também soprou em uma chama nascida das cinzas do bombardeio atômico de Hiroshima, em 1945. O pontífice realizou o gesto durante a audiência geral de 20 de março, na presença de uma delegação de ativistas pela paz da Earth Caravan.
Durante o voo para o Chile, em 15 de janeiro de 2018, para os jornalistas que acompanhavam sua 22ª viagem apostólica, Francisco quis que fosse distribuída a foto do "menino de Nagasaki". A imagem, tirada após o bombardeio atômico de Nagasaki, mostra um menino carregando nas costas seu irmãozinho morto. O papa já a havia distribuído no final de dezembro, com a legenda "O fruto da guerra".
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Papa Francisco em Hiroshima e Nagasaki no próximo dia 24 de novembro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU