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25 Abril 2019

Milhares de pessoas – entre elas, pré-adolescentes – tentam parar, há oito dias, um dos centros do capitalismo global. O movimento ensina algo sobre a potência de um novo ambientalismo e de certas táticas de luta.

O comentário é de Antonio Martins, publicado por Outras Palavras, 23-04-2019.

“Nosso futuro foi entregue, para que um pequeno número de pessoas possa acumular quantidades inimagináveis de dinheiro (…) Agora, as pessoas estão aos poucos se tornando mais conscientes, mas as emissões [de CO²] continuam a crescer. Não podemos nos contentar com pouco. No essencial, nada mudou (…) Não se trata apenas de gente jovem cansada de políticos. É uma crise existencial. É algo que afetará o futuro de nossa civilização”. Não foram palavras de um político de esquerda, nem de um filósofo ecossocialista. Entre domingo (21/4) e segunda-feira (22), a garota sueca Greta Thunberg, que tem 16 anos e é portadora de uma forma incomum de autismo, polarizou as atenções em Londres – ofuscando, inclusive, o debate interminável sobre o Brexit. As frases acima são de suas falas num debate e num discurso ao Parlamento.

Greta, porém, não foi estrela solo. Desde 15 de abril, multidões articuladas pelo movimento Extinction Rebellion promovem, num dos centros globais do capitalismo, uma sequência de ocupações de espaços públicos, protestos, bloqueios de vias e performances contra o sistema que promove o aquecimento global e a devastação da biosfera. Mais de mil pessoas foram presas no período e o movimento prossegue, adotando formas particulares de resistência não-violenta. Depois da emergência da Esquerda Democrática nos EUA, das Sextas-feiras pelo futuro e do Green New Deal, surge um novo sinal da potência rebelde que a luta em defesa do planeta pode, em determinadas condições, assumir.

Ponte de Waterloo. Praça do Parlamento. Oxford Circus. Museu de História Natural. Nos últimos oito dias, todos estes locais-símbolos de Londres foram tomados por milhares de ativistas para denunciar a continuidade das políticas que, em nome dos lucros, ameaçam o futuro coletivo. O movimento é multigeracional, mas há nítida predominância de jovens e adolescentes – inclusive na faixa dos 12 aos 16. A Extinction Rebellion mobilizou-os em torno de três propostas simples. Talvez revelem alguma ingenuidade, mas seu sentido de indignação antissistêmica é claro. São elas: a) que os governos “falem a verdade” sobre a emergência ecológica, revertam políticas que a alimentam e ajam em conjunto com a mídia para “informar os cidadãos”; b) que a emissões líquidas de gases do efeito-estufa sejam reduzidas a zero, até 2025; c) que assembleias de cidadãos possam acompanhar o andamento deste processo de transformações.

O elevado número de prisões deve-se, também, às táticas irreverentes da Extinction Rebellion. O movimento parece sugerir que é preciso resgatar a vida cotidiana de seu curso atual, alienado e funesto. Foi inaugurado, em 15/4, pela aparição de um barco cor-de-rosa em Oxford Circus, talvez o cruzamento mais tradicional de Londres. Chamaram-no Berta Cáceres, em homenagem à ativista socioambiental e feminista hondurenha assassinada em 2016, sob golpe de Estado. A ele acorrentaram-se, ou se colaram, centenas de ativistas.

O mesmo método foi usado em todos os demais pontos cruciais da cidade, sempre por centenas ou milhares de pessoas. Formavam-se barricadas humanas, que interrompiam o tráfego e só podiam ser desfeitas com enormes operações policiais e prisões em massa. Num desses atos de repressão, na Ponte de Waterloo, foi preso, com centenas de outros, Etienne Stott, medalhiste de ouro nos Jogos Olímpicos de 2012. A disposição dos ativistas perturbou a polícia. Ontem (22/4), o prefeito Sadiq Khan queixava-se de que os protestos haviam causado “enorme peso aos negócios e às forças de segurança”, obrigando a mobilização de mais de 9 mil policiais. Ainda assim, os ativistas não recuavam. Num relato revelador, o médico aposentado Bing Jones narrou ao The Guardian sua sensação ao ser encarcerado. “Quando tiram seu relógio, cinto e cordões dos sapatos e trancam a porta, você não tem nada para olhar, exceto um vaso sanitário de aço. Você se identifica com os despossuídos. É salutar. Mas a emergência climática é tão real e intensa que é um privilégio sentir-se fazendo algo”.

O Extinction Rebellion expressa tendências políticas recentes. É difícil situá-lo nos antigos mapas da esquerda. Surgiu em maio de 2018, impulsionado por um grupo político-cultural conhecido como RisingUp! [“Levantando-se!], que se diz comprometido com a desobediência civil. Usa como símbolo um “X” fechado acima e abaixo, sugerindo ampulheta e, portanto, emergência.

Começou a realizar ações em outubro. Entre elas, as primeiras interrupções de vias, um manifesto de intelectuais afirmando o “direito moral de ultrapassar a inação dos governos, e de nos rebelar para defender a própria vida”) e a divulgação de vídeos de alerta sobre a destruição do planeta, produzidos por Noam Chomsky, pela atriz Emma Thompson e pela própria garota Greta Thunberg. Aponta, entre suas influências, as feministas sufragistas, o Occupy, Gandhi e Martin Luther King. Baseia-se em dez princípios, que mesclam noções autonomistas e ecossocialistas. Propõe organizar-se em pequenos grupos, numa estrutura que enfatiza a decentralização – mas parece complexa e com poucas concessões ao assembleísmo.

Terá vida longa? Manterá o entusiasmo inicial, alimentado pelo êxito da estreia espetacular? Terá potência transformadora, mesmo preferindo, em suas palavras, “pressionar os políticos” a substituí-los (ou ao atual sistema de poder)? Como dialogará com a política institucional britânica, hoje mergulhada no atoleiro do Brexit, e onde há a clara emergência de uma alternativa à esquerda, expressa pelo trabalhismo rebelde de Jeremy Corbyn?

Não há, ainda, respostas para estas perguntas. Mas é muito animador perceber que continuam a surgir – em meio ao hipercapitalismo e aos riscos de Estado de exceção permanente – movimentos que propõem sair da crise civilizatória pelo caminho oposto. Que apontam para a distribuição de riquezas, de uma nova relação entre o ser humano e o planeta, da colaboração e dos Comuns. E a talvez a diversidade entre estas saídas deva ser vista como um trunfo, não como um estorvo.

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