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O problema do ser humano é não crer na sua unicidade

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20 Março 2019

“O fato fundamental da existência humana é o homem em relação com o homem. O que caracteriza o mundo dos homens de modo peculiar, acima de tudo, é o fato de que aqui, entre ser e ser, intercorre alguma coisa que não tem igual na natureza.”

O comentário é do filósofo italiano Ermanno Bencivenga, professor da Universidade da Califórnia em Irvine, publicado em Il Sole 24 Ore, 17-03-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Essas duas frases aparecem perto do fim de “O problema do homem”, de Martin Buber, originalmente um curso ministrado pelo autor em Jerusalém em 1938, publicado em hebraico em 1943, em inglês em 1947 e em alemão no mesmo ano, traduzido do alemão para o italiano em 1954 e agora reproposto em uma edição revisada pela editora Marietti 1820.

Nelas, expressa-se com clareza aquilo que eu aprovo incondicional e entusiasticamente do seu pensamento e aquilo que eu dele rejeito com igual firmeza. O que eu aprovo é a sua filosofia do encontro e do diálogo: um encontro desprovido de estrutura e conteúdo entre dois seres que se abrem um ao outro, sem se qualificarem ou se objetificarem, engajando-se reciprocamente de modo total e correndo o risco de uma rejeição.

A ideia desse encontro está no centro da obra-prima de Buber, “Eu e tu”, e é formulada com eloquência em “O problema do homem”, pouco depois das frases citadas acima: “Em uma conversa real (em que cada um fala diretamente a um outro e desperta a sua imprevisível réplica), em uma lição real, em um abraço real, que não seja uma convenção habitual, em um duelo real, e não por diversão – em tudo isso, o essencial se cumpre não em um e no outro dos dois participantes, nem em um mundo neutro que envolva a ambos com todas as outras coisas, mas, no sentido mais preciso, entre os dois, em uma dimensão que é acessível apenas aos dois”.

Em “O problema do homem”, porém, há também mais coisas; de fato, esse livro não teria razão de ser se tivesse apenas que repetir as lições do anterior. Há um percurso histórico que, como convém ao contexto universitário em que ele se originou, traça o desenvolvimento de um problema que vai de Agostinho a Pascal, a Kant e, em época contemporânea, a Nietzsche, Heidegger e Scheler. O problema do homem, justamente, que, porém, não é tanto o da experiência ou da forma de vida humanas, mas sim, sobretudo, o da unicidade do homem, da absoluta novidade representada por ele na natureza, que o leva a se destacar dele de forma radical: “Não há nada de humano que pertença inteiramente à natureza e só se possa entender a partir dela. Até mesmo a fome do homem não é a fome de um animal”.

Em “L’uomo e/è la scimmia” [O homem e/é o macaco], inclusive em “La filosofia come strumento di liberazione” [A filosofia como instrumento de libertação], eu afirmo que, embora Darwin tenha estabelecido uma continuidade empírica entre o não humano e o humano (tenha estabelecido que, de fato, o humano provém do não humano), a sua teoria geralmente convive com a fé em uma clara descontinuidade conceitual entre os dois planos: o que significa ser humano mostra uma clara diferença em relação ao que significa ser não humano; durante a evolução de um para o outro, operou-se uma clara cisão. E observo, desolado, que até mesmo alguns dos autores mais revolucionários e progressistas (cito Marx, Sartre e Lacan) aderiram a essa fé.

Então, esforço-me para demonstrar que a humanidade (o conceito de ser humano) nada mais é do que uma forma altamente estruturada, sofisticada e funcional de “macaquização” [scimmiottamento]. Isso não exclui que seja possível e até oportuno estudar a natureza específica dos seres humanos, assim como das girafas, das aranhas e das sequoias; mas isso significa que, em todos esses casos, estudaremos variações na partitura de uma natureza idêntica, sem nos ensoberbecer pensando que, mais cedo ou mais tarde, essa partitura termine e surja outra, totalmente nova, que compete (coincidentemente!) apenas aos membros da nossa espécie.

Falei de fé, e é uma palavra significativa. Quem desposa a tese de um abismo intransponível entre o humano e o não humano adota aquilo que no meu texto eu chamo de “criacionismo transcendental”: isto é, crê que, independentemente de como se sucederam os fatos empíricos do desenvolvimento orgânico, em um certo ponto desse desenvolvimento, realizou-se um milagre e emergiu daí um ser incomparável com tudo o que lhe precedia.

É natural que tal posição filosófica seja mais fácil de aceitar por aqueles que, mesmo em um nível empírico (e em contraste com Marx ou Sartre), são pessoas que creem: têm fé em alguns dos deuses que os seres humanos inventaram para sancionar a própria superioridade radical. Buber pertence a essa categoria de pensadores: o seu Tu por excelência é Deus, e o caráter especial da humanidade é uma coisa só, nele, com a relação entre homem e Deus.

“Formara-se em mim a ideia de uma realização de Deus mediante o homem; no homem, eu via o ser através de cuja existência o Absoluto, que repousa na sua verdade, pode adquirir o caráter da realidade concreta.”

E aqui, com decisão, eu devo abandoná-lo, para me mover, pelo contrário, na direção de um ser (não só humano, mas uniformemente natural) que é totalmente encontro e diálogo.

  • Martin Buber. Il problema dell’uomo, editado por Irene Kajon. Bolonha: Marietti 1820.

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