Padre vítima de abuso queima bandeira arco-íris em igreja de Chicago

Foto: PxHere

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21 Setembro 2018

Padre desafia a ordem de cardeal para não se indispor com a comunidade LGBTQ ao incendiar bandeira pró-gay.

A reportagem é publicada por La Croix International, 20-09-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

A queima de bandeiras não é algo comumente associado a padres católicos, mas um padre dos EUA fez exatamente isso, em setembro, ao incendiar uma bandeira arco-íris com tema gay em uma violação direta a uma ordem do arcebispo de Chicago.

O padre Paul Kalchik, também da cidade de Chicago em Illinois, ateou fogo no simbólico pedaço de pano no terreno da igreja, depois de admitir que ele não poderia concordar com o cardeal Blase Cupich de Chicago a respeito de sua filosofia mais inclusiva.

A bandeira, que esteve guardada na Resurrection Catholic Church por mais de uma década depois de ter sido exposta em seu santuário, foi queimada como parte de um ritual em 14 de setembro, segundo o Chicago Sun Times.

O padre Kalchik, que anteriormente disse que foi abusado sexualmente quando criança por um vizinho e novamente por um padre aos 19 anos de idade, supostamente liderava sete paroquianos em uma oração de exorcismo quando a queima ocorreu em um pátio da escola perto da igreja.

“Essa bandeira e o que ela representa não pertencem à arquidiocese do cardeal Cupich. Ela pertence ao povo desta paróquia que pagou por ela”, disse o padre Kalchik segundo relatos.

“O que fizemos de errado além de destruir um objeto de propaganda que foi usada em uma mensagem diferente do que a Igreja propõe?”

Uma porta-voz da arquidiocese de Chicago disse que o cardeal, que seguiu o Papa Francisco ao fazer a comunidade LGBTQ se sentir mais bem recebida dentro da fé católica, ordenou que o padre não incendiasse a bandeira sob pena de sofrer "penas canônicas".

O padre Kalchik, de 56 anos, alega que estava apenas corrigindo os erros dos três "padres ruins" que o precederam. Ele foi nomeado pastor da paróquia em 2007.

Apesar de sua trágica história de abuso, ativistas de direitos ficaram furiosos com sua última ação.

"Ele está sequestrando a paróquia e atropelando valores católicos centrais", disse Chris Pett, presidente da Dignity USA, segundo a mídia. A Dignity USA é descrita como uma organização católica a favor da aceitação LGBTQ.

"A arquidiocese precisa denunciar isso nos termos mais fortes possíveis."

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