20 Junho 2018
Este artigo aparece na série Justice Action Bulletin (Boletim de Ação da Justiça, em português). Veja a série completa clicando aqui.
A reportagem é de Maria Benevento, publicada por National Catholic Reporter, 19-06-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.
Em 9 de junho, moradores da região de Heathrow e ativistas do “Vote No Heathrow” são retratados em seu primeiro dia da greve de fome na sede da “United Union”. O objetivo é convocar os sindicatos, membros do Parlamento do Reino Unido e partidos progressistas para um movimento contra a expansão do aeroporto de Heathrow.
(Foto: NCR/Natasha Sakala Suriya)
O Conselho dos Bispos da Igreja Episcopal Metodista Africana, a Rede de Ação Franciscana e a Campanha de Pessoas Carentes estavam entre os que condenaram veementemente as tentativas da administração de Trump em justificar a utilização das Escrituras paras separar as famílias imigrantes.
No dia 15 de junho, um dia após o procurador-geral, Jeff Sessions, e a secretária de Imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, afirmarem que é bíblico obedecer e cumprir a lei, se referindo especificamente a Romanos 13, os três grupos religiosos criticaram a interpretação do versículo e apontaram que já havia sido utilizado para justificar males como a escravidão no passado através de um comunicado à imprensa.
"Essa prática de usar 'texto de prova' - texto das escrituras fora de contexto para alcançar algum fim perverso - é tão antiga quanto a tentação de Jesus feita por Satanás no Deserto (Lucas 4). Os fundadores desta nação usaram as mesmas táticas para escravizar nossos antepassados africanos, se apropriando das passagens do Apóstolo Paulo para tolerar a escravidão", afirmou o Conselho dos Bispos.
A Rede de Ação Franciscana assinalou que o capítulo também pede aos cristãos que "amem uns aos outros" e não façam mal aos seus vizinhos, o que é incompatível com a separação familiar. Enquanto isso, co-presidentes da Campanha de Pessoas Carentes diziam que "qualquer político que apoie essa posição é um acessório para crimes contra crianças e a humanidade ".
Kathy Kelly, Steve Baggarly, Ken Jones e Beth Brockman farão jejum pelo desarmamento nuclear, entre os dias 18 e 22 de junho, participando do evento "Hunger for Nuclear Disarmament” (Jejum pelo Desarmamento Nuclear, em português), conduzido pela Voices for Creative Nonviolence.
Os quatro participantes estão pedindo a libertação do Kings Bay Ploughshares 7, grupo de ativistas presos em 4 de abril, após entrar na base de submarinos nucleares de Kings Bay carregados de martelos e mamadeiras com seu próprio sangue, e também com intuito de pendurar cartazes e colocar fitas de cena de crime.
O jejum começou na base submarina, em 18 de junho. No dia 19, em frente ao Centro de Detenção do Condado de Glynn, em Brunswick, Geórgia, onde quatro dos “Kings Bay Ploughshares 7” ainda estão sendo mantidos (os outros estão em prisão domiciliar). O grupo passará os dias 20 e 21 de junho no Tribunal Distrital dos EUA, em Brunswick, antes de retornar à base submarina, no dia 22 de junho.
Um manifestante segurando uma placa em 9 de junho, primeiro dia de greve de fome
(Foto: NCR / Natasha Sakala Suriya)
O católico Richard Barnard, da Kent Christian Peace Activists, está entre um grupo de grevistas que pedem ao Partido Trabalhista e ao sindicato United, que se posicionem contra a adição de uma terceira pista no aeroporto de Heathrow.
Um grupo de 35 pessoas se reuniu em frente a edifícios de sindicatos e partidos no dia 9 de junho para iniciar greve de fome utilizando alguns cartazes prometendo a greve até que os membros do Parlamento concordem em votar contra a terceira pista. Os manifestantes se opõem à pista por razões ambientais, chamando de "uma enorme infraestrutura de carbono" e dizendo que ela "tornará o oeste de Londres um dos lugares mais poluídos e barulhentos da Europa".
Eles também estimam que irá gerar cerca de 9 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, mais do que toda a produção de países como Portugal e Chile, por exemplo.
O site Tiffin Area Pax Christi foi um dos organizadores de um Rally for Justice in Immigration (Rali para a Justiça na Imigração, em português) em Norwalk, Ohio, para protestar contra ataques de imigrantes em Corso's Garden e Flower Center, que resultou na prisão de mais de 100 pessoas.
De acordo com um artigo publicado no site da Pax Christi, em 14 de junho, dezenas de pessoas compareceram ao comício de 11 de junho. Muitos dos oradores se concentraram suas falas nas crianças e outros parentes que ficaram para trás por conta das prisões. Um pequeno grupo de contra-manifestantes também compareceu.
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Greves de fome contra as separações de crianças - Instituto Humanitas Unisinos - IHU