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Do maio de 68 francês para o Brasil: “A imaginação no poder”

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02 Mai 2018

“Se o Brasil de hoje quisesse se espelhar naquele maio francês libertador poderia fazer isso tornando seus alguns dos lemas que os jovens da época usaram, como o da “imaginação no poder”. Ou não é verdade que no poder que hoje domina a sociedade brasileira falta imaginação e sobra conformismo?” pergunta Juan Arias, jornalista, em artigo publicado por El País, 30-05-2018.

“Existe por acaso imaginação no Governo, em seus ministros opacos e na maioria dos candidatos à presidência? – continua perguntando o jornalista. Existe imaginação nos partidos nos quais há políticos que já militaram em oito diferentes? Serão imaginativos os Temer, os Renan, os Aécios, os Bolsonaros, os Maias, os Alckmin, as Gleisi ou os Lindenberg? O que diriam os jovens do protesto de Paris a personagens da alta magistratura como Gilmar Mendes, Lewandowski ou Toffoli, esses jovens que gritavam: “a imaginação e a arte morreram, não comam seu cadáver”?”

Eis o artigo.

Há 50 anos, em um mês de maio como este, enquanto o Brasil estava aprisionado pela ditadura, na França irrompia a maior revolta estudantil do século, uma explosão em favor da liberdade, chamada também de “a revolução da alegria”. Desde aquele maio chegou-se a escrever que depois dele nada mais foi igual em boa parte do mundo. O poder mudou de domicílio e foi entregue à imaginação.

O Brasil já na democracia chega ao aniversário de meio século do maio francês confuso e alarmado, enquanto tocam os sinos de alerta ante a presença de nostalgias autoritárias e belicosas tanto por parte da direita como da esquerda. Seria preciso se perguntar se o Brasil de hoje que derrotou a ditadura militar deveria se espelhar naquele maio francês que despertou a sociedade conservadora, classista e tediosa, com o desafio da “imaginação no poder” e o lema “destruam as engrenagens”, dois dos grafites dos muros de Paris que percorreram o mundo com o “sejam realistas, peçam o impossível”.

As testemunhas e protagonistas ainda vivos daquele maio francês que lançou as bases da defesa dos direitos humanos e das liberdades de expressão, da revolução sexual, da luta contra o machismo e do reconhecimento da dignidade da mulher, discutem ainda hoje se foi uma revolução política ou cultural.

Nesses 50 anos foram publicados centenas de livros que pretendem explicar aquele incendiário maio francês. Vão desde os detratores daquela revolta que deixou um mês em suspenso a França de Sartre e de Voltaire, aos que a consideram a mais criativa das explosões juvenis conhecidas até hoje. Desde os que a viram como o ressurgimento dos valores do liberalismo que livrasse o poder das amarras do conservadorismo e estatismo aos que a consideram fracassada porque “não propôs a luta de classes”.

Nem a propôs nem podia, já que à revolta dos jovens, filhos da burguesia, se uniu o proletariado das fábricas, os sindicatos e o Partido Comunista, que, juntos, paralisaram o país durante um mês. Não foi um embate violento, apesar das centenas de feridos no enfrentamento com a polícia, mas uma explosão de liberdade, como um dos grafites demonstra: “Façam o amor, e não a guerra”. Aqueles estudantes eram lúdicos, queriam romper as correntes em que a sociedade conservadora, que definiam como uma “flor carnívora”, os havia amarrado, desde a proibição de sonhar à de poder usar a sexualidade em liberdade.

Se o Brasil de hoje quisesse se espelhar naquele maio francês libertador poderia fazer isso tornando seus alguns dos lemas que os jovens da época usaram, como o da “imaginação no poder”. Ou não é verdade que no poder que hoje domina a sociedade brasileira falta imaginação e sobra conformismo? Basta dar uma volta pelas instituições para observar a pobreza imaginativa que as aflige. Ou consideram imaginativos boa parte dos senhores deputados e senadores de hoje ou os magistrados do STF, que parecem petrificados em um tempo que já não existe, no qual falam para si mesmos, com as janelas fechadas para a rua da qual no maio francês diziam que “nela residia a poesia e o poder”? Existe por acaso imaginação no Governo, em seus ministros opacos e na maioria dos candidatos à presidência? Existe imaginação nos partidos nos quais há políticos que já militaram em oito diferentes? Serão imaginativos os Temer, os Renan, os Aécios, os Bolsonaros, os Maias, os Alckmin, as Gleisi ou os Lindenberg? O que diriam os jovens do protesto de Paris a personagens da alta magistratura como Gilmar Mendes, Lewandowski ou Toffoli, esses jovens que gritavam: “a imaginação e a arte morreram, não comam seu cadáver”?

Para que o Brasil deixe voar em liberdade a imaginação que possa se apropriar do poder, precisaria tornar seu também o outro slogan do maio francês: “Destruam as engrenagens”. A imaginação e a criatividade não chegarão às instituições do poder sem se romper antes as correntes que as condenam à imobilidade. É preciso romper o “mecanismo”, idealizado pelo cineasta Padilha, no qual se veem enredados os três poderes. Essa trágica cumplicidade da impunidade na corrupção que lhes permite se perpetuarem no poder e que impede a oxigenação e renovação de seus líderes, bloqueio para as novas gerações.

Só destruindo essas engrenagens será possível ao Brasil avançar nas reformas políticas e sociais que há 20 anos nenhum dos governos teve a coragem de enfrentar por medo da impopularidade que põe em perigo sua permanência no poder. O que hoje parece um beco sem saída para o Brasil aprisionado no labirinto de uma teia de aranha de interesses pessoais e de partido poderia amanhã ser um desses sonhos em que se acreditou no maio francês, quando cunhou: “sejam realistas, peçam o impossível”. O impossível pode tornar-se possível graças à fé de uma sociedade que, unida e não em guerra, decida mudar.

Na França, naquele maio da reviravolta libertadora a esperança no novo se tornou possível. Não a tiros e com ódios, mas com a força da convicção de uma sociedade unida. Com os jovens universitários e o ancião filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, autor de O Ser e o Nada, gritando juntos nas barricadas que os sonhos nem sempre são impossíveis. Aquele Sartre que dizia que “quando os ricos fazem a guerra, quem morre são sempre os pobres”.

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