“Uma Igreja ‘uniforme’ não é Igreja”, prega o Papa

Papa Francisco (Fonte: Flickr)

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11 Novembro 2017

É necessário edificá-la e guardá-la. Purificá-la, sobretudo, a partir de nós mesmos. Tudo isto a Igreja precisa fazer. Por outra parte, se é “uniforme” não é Igreja. Porque cada um “constrói segundo o dom que Deus nos deu”. São as indicações dadas pelo Papa na Missa desta manhã, 09 de novembro de 2017, na Casa Santa Marta, como destaca a Rádio Vaticano.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vatican Insider, 09-11-2017. A tradução é do Cepat.

Primeiramente, é necessário “edificar a Igreja” partindo de seu fundamento, Jesus Cristo. “Ele é a pedra angular deste edifício. Sem Jesus Cristo não há Igreja. Por quê? Porque sem Ele não há fundamento. E pensemos em uma igreja material, se construímos uma igreja sem fundamento, o que acontece? Desaba. Desaba toda”. Se Jesus Cristo não está “vivo na Igreja, a Igreja desaba”.

Questiona o Pontífice: “E nós, o que somos? Nós somos as pedras vivas desse edifício”, não iguais, essas pedras são todas diferentes, e “essa é a riqueza da Igreja. Cada um de nós contribui para a construção com os dons que Deus nos deu. Não podemos pensar em uma Igreja uniforme: isso não é Igreja”.

Portanto, é necessário “guardar a Igreja”, tendo consciência do Espírito de Deus que habita em nós.

Reflete Francisco: “Quantos cristãos, hoje, sabem quem é Jesus Cristo, sabem quem é o Pai – porque rezam o Pai Nosso? Quando você fala do Espírito Santo... “Sim, sim... ah, é a pomba, a pomba”, e concluem por aí. Contudo, o Espírito Santo é a vida da Igreja, é sua vida, minha vida... Nós “somos templos do Espírito Santo e devemos guardar o Espírito Santo, até o ponto em que Paulo aconselha os cristãos para que “não entristeçam o Espírito Santo”, ou seja, que não se tenha uma conduta contrária à harmonia que o Espírito Santo provoca dentro de nós e na Igreja. Ele é a harmonia. Ele faz a harmonia deste edifício”.

Por último, é necessário “purificar a Igreja” a partir de nós mesmos. “Nós somos todos pecadores. Todos. Se alguém de vocês não é, levante a mão, porque seria uma bela curiosidade. Todos somos. E por isso devemos nos purificar continuamente. Também purificar a comunidade: a comunidade diocesana, a comunidade cristã, a comunidade universal da Igreja. Para fazê-la crescer”.

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