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França. A rua arbitra o duelo Macron-Mélenchon

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26 Setembro 2017

Os jogadores já colocaram as cartas sobre a mesa. O presidente francês, Emmanuel Macron, assinou os decretos que habilitam um novo capítulo da explosiva reforma trabalhista. Frente a ele, nas fileiras da oposição, os sindicatos desunidos e uma figura que foi se credenciando com o correr das eleições, com o colapso da direita e o naufrágio do socialismo francês: Jean-Luc Mélenchon, o líder da França Insubmissa, uma das versões mais genuínas da esquerda radical que continua em pé na Europa.

A reportagem é de Eduardo Febbro, publicada por Página/12, 25-09-2017. A tradução é do Cepat.

Para ambos, a batalha recém inicia. Macron conduz a bandeira das reformas que mudarão o supergeneroso modelo social francês. É impulsionado tanto por sua dupla vitória nas eleições presidenciais de abril e maio e nas eleições legislativas de junho, como pelos benefícios da recuperação mundial e as heranças do mandato de seu predecessor, o ex-presidente François Hollande, de quem o atual chefe de Estado foi, a partir de 2014, seu ministro de Finanças. Sob a presidência do socialista Hollande foram flexibilizadas as regras do mercado de trabalho, com a lei El-Khomri, ao mesmo tempo em que as empresas gozaram de uma menor pressão fiscal.

Mélenchon voa igualmente sobre a nuvem das mesmas eleições e de uma mobilização social que, sem alcançar cumes, contudo, se mantém fiel aos chamados da França Insubmissa. É ele quem hoje detém a liderança da oposição contra o que ele chama “o rei Macron”.

O mandatário está convencido de que suas reformas tirarão a França da estagnação, transformarão o pessimismo em confiança, criarão postos de trabalho e conquistarão a opinião pública, ou seja, a “rua”. Mélenchon aposta, ao contrário, que “é a rua que derrotou os reis, a rua que venceu os nazistas e a rua que fez vários governos retrocederem”, disse, no sábado passado, durante a marcha de oposição, em Paris, com a França Insubmissa.

Desse modo, a rua será o árbitro desta nascente disputa política. Mélenchon municia a oposição na rua e Macron lhe responde que “a democracia não é a rua”. A agenda é todo um manual do combate urbano, muitas vezes, inspirado nos protestos sociais que sacudiram a Argentina, a partir de 2001. Mélenchon convidou aqueles que se opõem à reforma trabalhista para, no próximo sábado, fazer o “maior barulho possível” em todos os bairros, com um dia de panelaços (sua porta-voz, Raquel Garrido, já publicou no Twitter um manual de instruções: ver aqui.

Quando a reforma trabalhista empreender o caminho da aprovação parlamentar, França Insubmissa organizará outra grande manifestação com o lema “um milhão aos Campos Elísios”. No momento, França Insubmissa e os sindicatos não mobilizam para além de seus próprios círculos. A sociedade aguarda com prudente receio.

Macron conseguiu irrigar na sociedade o aroma liberal, sem que ninguém se assuste muito. A reforma trabalhista é um primeiro passo do processo de transformação que o presidente vendeu aos franceses como solução à crise. Estão vindo outras reformas substanciais como o corte de imposto às empresas, que passará de 33,2% a 25% até 2022, um teto ao imposto que as grandes fortunas pagam, o fim da taxa residencial, medida que beneficia a todo o leque socioeconômico do país, privatização de empresas públicas e, talvez, uma nova mudança no sistema de pensões, com uma possível ampliação da idade legal de aposentadoria, para financiar o déficit público, muito acima dos 3% do PIB tolerado pela União Europeia.

A direita, o centro e o patronato apoiam o modelo Macron inspirado nas democracias do norte da Europa e investido do conceito ‘flexi-segurança’. Seu postulado é paradoxal: ao mesmo tempo em que se flexibilizam as regras, se oferece mais segurança à classe trabalhadora. “Uma quimera”, diz a esquerda mélenchonista. Para Jean-Luc Mélenchon, o que está fazendo Emmanuel Macron, a quem retratou como “a figura mais pura do sistema liberal”, é destruir o modelo social francês, por meio de “um golpe de Estado social”. O chefe do Estado, ao contrário, considera que os decretos que aprovou na sexta-feira, dia 22 de setembro, constituem uma “reforma profunda e inédita do mercado de trabalho, indispensável para nossa economia e nossa sociedade”.

O contexto internacional, a recuperação econômica de certos setores e as previsões que apontam para um crescimento de 2% estão a seu favor (1,2% durante a última década). As três manifestações organizadas até agora contra a reforma trabalhista não transformaram a relação de forças. Apenas credenciaram a estatura de Mélenchon como eixo central de liderança opositora. Trata-se de um confronto direto, homem a homem, face a face, entre dois habilidosos artistas da retórica e dois adeptos à história.

Macron, no início de seu mandato, disse que desejava ser um presidente “jupiteriano”. Esta referência à mitologia grega evoca um poder total, tanto sobre os seres viventes como sobre os outros deuses. Como narrativa para encarnar “a revolta” e a insubmissão radical, Mélenchon extraiu da mitologia a imagem de Espártaco, o escravo que se ergueu contra o Império Romano. Júpiter e Espártaco se enfrentam também nos meios de comunicação, onde se autoqualificam dizendo que são portadores de um “pensamento complexo”. Mélenchon situou sua ofensiva sob o sinal da “emancipação”, sob os cantos da reencarnação da “batalha entre o proletariado e a burguesia, que hoje é a do povo contra a oligarquia”. Macron continua com o traçado de seu argumento, que é o mesmo com o qual venceu as eleições presidenciais e cuja fonte é a racionalidade reformista, muito louvada pelos organismos internacionais (Banco Mundial, FMI, OCDE).

No meio, o que está em jogo é a dimensão tutelar do Estado francês, a continuidade de sua extensa capacidade de intervenção e proteção social com políticas de bem-estar únicas no mundo. As “receitas” liberais contra o modelo protecionista do Estado francês. As posições de ambos são irreconciliáveis. Macron é a voz e a ação do reformismo liberal, a quem os modelos sociais provocam urticárias, Mélenchon é o canto profundo das conquistas sociais obtidas durante décadas de lutas na rua.

Apesar de contar com apenas 17 deputados, Mélenchon é, no momento, a única espadilha de peso que Macron tem em seu caminho. A ultradireita da Frente Nacional, que antes pretendia encarnar o povo, está sumida nos terremotos internos do fracasso nas eleições presidenciais e perdeu muito eco na sociedade. Socialistas e conservadores ainda sofrem a indigestão de suas fraturas e das sucessivas derrotas na consulta presidencial e legislativa. Na arena, só permaneceram o triunfante presidente e o líder insubmisso. A rua será o território onde se dirimirão as próximas batalhas. Duas mitologias se enfrentam: a liberal e seu credo de reformas e cortes, a do Estado social que tenta sobreviver em um mundo onde hoje é uma excentricidade condenada.

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