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A relação de amor e ódio da mídia com Trump

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23 Janeiro 2017

A mídia norte-americana tem uma relação de amor e ódio com Donald Trump, o novo presidente dos EUA.

Repórteres amam Trump, porque ele é a notícia mais interessante do dia, e todo repórter quer cobrir a maior delas. Eles se acotovelam como se fossem fãs de celebridades disputando a melhor visão do seu ídolo. Eles ficam obcecados com cada tweet de Trump, como garotas adolescentes com cada nova canção de seu cantor favorito. Eles não param de falar sobre ele. Ele desperta o fascínio, como se fosse um incêndio de grandes proporções ou um tornado que tenha arrasado algum bairro. "Mais do mesmo."

A mídia também adora Trump porque ele rende dinheiro.

A reportagem é de Thomas Reese, publicada por National Catholic Reporter, 19-01-2017.  A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Repórteres que cobrem Trump sabem que ele é bom para suas carreiras. Eles têm segurança no emprego em uma indústria onde os seus colegas têm sido dizimados por cortes de funcionários nas redações. Repórteres e âncoras "especialistas" em Trump estão em grande demanda.

Executivos da mídia sabem que as histórias sobre Trump, tanto as positivas quanto as negativas, atraem leitores e espectadores. Isso significa mais lucro em anúncios.

"Este é o melhor ano na história do noticiário da TV a cabo", disse o presidente da CNN ao Hollywood Reporter, ainda em novembro.

O ibope da CNN, da Fox News e da MSNBC do horário nobre durante a eleição subiu mais de 50 por cento em comparação ao ano anterior. Os liberais assistem para xingar Trump, e os conservadores, para aplaudí-lo. Os diretores da rede não se importam, desde que as pessoas assistam.

Maior audiência significa maiores lucros com publicidade. Esperava-se que os lucros da TV a cabo para 2016 chegassem a US$ 2 bilhões, com um aumento de 15 por cento sobre 2015 e de 25 por cento ao longo de 2012, o último ano de eleição antes dessa.

Repórteres de negócios da revista Fortune já especulam sobre como a televisão a cabo vai sobreviver à queda pós-eleitoral.

A maneira óbvia de evitar tal queda é continuar cobrindo Trump obsessivamente. Vimos isto durante a transição presidencial, e vamos continuar a vê-lo agora que Trump é presidente.

Por ser tão bom para o ibope, vimos Trump ser tratado de maneira especial pela mídia. Por exemplo, antes de Trump, ninguém podia telefonar para os programas de entrevista de domingo. Os entrevistados tinham que estar em frente às câmeras no estúdio. Trump podia porque os programas tinham saltos de audiência cada vez que ele ligava. Não era economicamente viável deixar de tê-lo nos programas.

A mídia também odeia Trump.

Muitos na mídia não concordam com suas posições políticas e não gostam dele como pessoa, mas os repórteres estão acostumados a cobrir pessoas de quem eles discordam ou não gostam. Repórteres estadunidenses da mídia impressa e seus editores têm tomado bastante cuidado para separar notícias de opiniões, ao contrário de repórteres em outras partes do mundo, que trabalham para jornais direcionados para o benefício de um único partido político.

A verdade é que as emissoras de TV a cabo podem ser parciais enquanto mantêm seus telespectadores entretidos. No entanto, Megyn Kelly, da FOX News, ainda fez perguntas difíceis a Donald Trump, assim como a CNN e a MSNBC fizeram o mesmo com Hillary Clinton. O profissionalismo mantém os vieses pessoais à distância.

A mídia também odeia Trump porque ele lhes mostrou que são um gigante impotente. Eles deveriam ser respeitados como uma instituição que faz a diferença. Com Trump, a "grande mídia" tornou-se um termo desprezível. E um alvo de piada.

Quantas vezes a mídia expôs as declarações de Trump como falsas, mas isso não fez diferença alguma? Os fãs de Trump não se importam em vê-lo estampado como Pinóquio pelo Washington Post. Trump acusa os críticos da mídia de partidarismo e de criação de notícias falsas, e os seus apoiadores acreditam.

Desde Watergate, a mídia se viu como a grande guardiã que protegeria o público frágil dos dragões políticos da corrupção e da fraude. Trocando metáforas, a mídia achou que poderia matar os vampiros políticos com a luz solar da verdade. Desta vez, o vampiro ficou mais forte sob a luz solar, e os aldeões começaram a correr atrás dos repórteres com forquilhas e tochas.

Não é assim que a história deveria acabar. É muito desanimador para a mídia.

Trump também traz um dilema profissional aos repórteres. De quantos jeitos se pode dizer que suas afirmações são incorretas, os fatos que ele afirma estão errados, seus números não acrescentam, sua acusação não tem fundamento, que ele não tem provas, que não há nenhuma evidência, que ele se contradiz, que a promessa não está sendo cumprida?

Será que ele é estúpido, está mentindo, ou ambos?  

Quantas vezes Trump vai ter que mentir para a mídia reconhecer que estamos diante de um mentiroso em série como presidente, que faz Tricky Dick parecer um modelo de honestidade?

Mentir não parece fazer diferença alguma. Ou faz?

As mentiras de Trump já impactaram seus negócios. Ele está sendo processado por numerosos empreiteiros por quebra de contrato, por não cumprir suas promessas de pagamento. Nenhum banco nos EUA empresta dinheiro às empresas de Trump porque ele frequentemente se utiliza de leis de falência para evitar o pagamento de suas dívidas. Sim, mentiras têm consequências.

Será que as consequências políticas da mentira alcançarão Trump algum dia? Será que alguém no Congresso, seja republicano ou democrata, vai acreditar em alguma de suas promessas? Como se pode confiar em alguém que faz promessas e acordos e depois não cumpre?

Meu conselho para qualquer um que queira fazer negócios com Trump é ler as letras miúdas e ser pago antecipadamente.

Da mesma forma, na cena internacional, Trump se mostra como negociador, mas será que alguém confia em seus compromissos? Acordos implicam promessas de ambos os lados. Ele prometeu rasgar compromissos dos EUA tanto com adversários quanto com aliados. Ele tem um histórico de promessas quebradas. Então por que qualquer país acreditaria nele agora?

Será que os nossos aliados ou inimigos podem confiar que ele esteja falando a verdade? Se ele disser que o Irã está traindo o acordo nuclear, será que alguém na Europa acreditaria? Como ele mente tantas vezes, como se sabe quando está dizendo a verdade?

Recuperar a confiança depois de perdida é muito difícil. Trump costuma intimidar seus oponentes, mas ele não está mais na escola. Agora ele está em time grande. Alguns países podem fugir das negociações, outros podem dar o troco. No final, Trump acabará quebrado e queimado. O desastre é que ele pode prejudicar nosso país seriamente no processo.

Trump foi subestimado tantas vezes que prever a sua autodestruição é arriscado, mas há verdade no velho ditado de que "Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo".  

Trump tem provado que é o triunfo da personalidade e da imagem sobre a substância, o tipo de reality show que simplesmente não se consegue parar de assistir. Seria divertido sair para beber com ele em um bar, mas aterrorizante saber que a sua filha trouxe-o para jantar e que ele está planejando morar na sua casa pelos próximos quatro anos.

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