11 Julho 2016
Reforça-se a função do arcebispo de Chicago, Blase J. Cupich, que o Papa Francisco escolheu como sucessor do cardeal Francis George e que aos sete de julho de 2016 nomeou membro da Congregação para os bispos. Trata-se do dicastério, conduzido pelo cardeal Marc Ouellet, que se ocupa em avaliar o dossiê e as candidaturas para as nomeações episcopais, votando nas ternas preparadas pelo trabalho das nunciaturas e submetendo depois tudo à decisão final do Papa.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 07-07-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
A presença de Cupich no grupo de trabalho colegial na “fábrica dos bispos” (como é denominado o dicastério) é significativa sobretudo em relação às nomeações nos Estados Unidos. Toma, de fato, o lugar deixado livre por outro prelado americano, o cardeal William Levada, ex-prefeito da Congregação para a doutrina da fé, aposentado ao completar oitenta anos de idade.
Entre os membros da Congregação dos Bispos está também o cardeal Donald Wuerl, arcebispo de Washington.
A distância e a responsabilidade de uma diocese tão vasta como é a de Chicago, tornam difícil imaginar que Cupich possa estar presente em cada encontro do dicastério, o qual se reúne duas vezes ao mês, nas quintas-feiras de manhã, para avaliar as “provisões” para as dioceses tornadas vacantes. Wuerl, por exemplo, não participa sempre, mas procura estar presente quando estão em discussão nomeações que dizem respeito aos Estados Unidos.
Outros arcebispos residenciais – como o inglês Vincent Nichols, arcebispo de Westminster, ou André Armand Vingt-Trois, arcebispo de Paris, estão presentes com muita frequência. Mas, no seu caso, o voo de ida e volta para Roma é obviamente muito breve. Cupich, classe 1949, nasceu em Omacha, no Nebraska, junto aos seus oito irmãos, numa família de origem croata. Francisco o nomeou de surpresa em setembro de 2014 à condução da diocese de Chicago, a terceira dos Estados Unidos com os seus 2,23 milhões de fiéis. Uma significativa mudança de rota em relação às últimas décadas que haviam visto designados às cúpulas do episcopado USA, bispos “cultural warriors”, “guerreiros” empenhados em ásperas batalhas públicas “pro life” e contra as uniões gay, mas não desta forma sobre os temas da imigração, da justiça social e da paz.
Nomeado bispo por João Paulo II, a Rapid City Cupich havia transformado o local “comitê pro-life” em “comitê para a justiça social”: não havia cessado de difundir a mensagem contrária ao aborto, mas havia ampliado o espectro de suas intervenções solicitando uma reforma da imigração, interessando-se também pelos pobres.
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O Papa nomeia Cupich membro da “fábrica dos bispos” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU