05 Julho 2016
Da entrevista com o Papa Francisco publicada por La Nación, 03-07-2016, destacamos duas perguntas e respostas do Papa Francisco.
Ei-las.
A rejeição da doação do governo argentino a Scholas Occurrentes foi uma decisão sua contra o governo de Macri?
De modo algum. Essa interpretação é absolutamente incorreta. Eu disse aos dois responsáveis pela Scholas, com todo o meu carinho, que estava lhes preservando, cuidando deles diante de eventuais tentações ou erros na gestão da fundação. De maneira alguma fazia alusão ao Governo. Disse ao presidente Macri, quando o vi, aqui, que se trata de uma fundação privada, com o reconhecimento da Santa Sé. O Governo concordou com o pedido de Scholas porque tinha essa informação. Continuo acreditando que não temos o direito de pedir um peso ao governo argentino, porque este tem muitos problemas sociais para resolver.
Segundo o jornal “A rigor, essa interpretação é a que o governo de Macri também faz, que sempre valorizou a explicação veraz e precisa do problema que foi escrito pela correspondente de La Nación em Roma, Elisabetta Piqué. Em síntese: nunca houve com esse subsídio rejeitado um conflito entre o Papa e o governo argentino. Houve uma questão entre o Pontífice e seus amigos José María del Carril e Enrique Palmeyro, responsáveis pela Fundação Scholas, aos quais o Papa continua prestigiando”.
Como age com os ultraconservadores da Igreja?
Eles fazem o seu trabalho e eu faço o meu. Eu quero uma Igreja aberta, compreensiva, que acompanhe as famílias feridas. Eles dizem não a tudo. Eu continuo o meu caminho, sem olhar para o lado. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isto. Repito: rejeito o conflito. E conclui com um grande sorriso: “Os pregos são retirados pressionando para cima. Ou são colocados para descansar, ao lado, quando chega a idade da aposentadoria”.
No dia da conversa com La Nación, o Papa Francisco presidiu uma reunião da cúria romana em homenagem aos 65 anos do sacerdócio do Papa emérito Bento XVI, que hoje reside no mosteiro Mater Ecclesiae, na colina vaticana. Francisco acabava de dizer que “há um só Papa”, em referência a uma confusa declaração que havia sido realizada pelo secretário particular do Papa emérito. Mas, são notáveis o carinho e o respeito que Francisco sente por Bento XVI, seu predecessor.
Como está a saúde do Papa Bento?
Está com problemas para se movimentar, mas sua cabeça e sua memória estão intactas, perfeitas.
Qual a sua opinião sobre ele?
Foi um revolucionário. Na reunião que teve com os cardeais, pouco antes do conclave de março de 2013, disse-nos que um de nós seria o próximo Papa e que ele não sabia o seu nome. Seu desprendimento foi louvável. Sua renúncia expôs todos os problemas da Igreja. Sua abdicação não teve nada a ver com algo pessoal. Foi um ato de governo, seu último ato de governo.
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Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo.
Os dois corriam juntos.
Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou.
Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo.
Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus.
Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte. (Jo 20, 3-7)
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Papa Francisco e os ultraconservadores. "Eles fazem o seu trabalho e eu faço o meu" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU