19 Mai 2016
O celibato dos padres é intocável. O vento reformista do Papa Bergoglio certamente não sopra nessa direção, e, no horizonte, não há pressupostos para abrir aos padres casados.
A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada no jornal Il Messaggero, 18-05-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"O celibato sacerdotal vai continuar como está." Quem esclareceu definitivamente essa questão foi o próprio Papa Francisco, que quis tranquilizar os bispos italianos reunidos em assembleia no Vaticano.
Há dois dias, depois da leitura do seu discurso sobre a renovação do clero, foi realizada, a portas fechadas, uma espécie de sessão de perguntas e respostas sobre diversos assuntos. Um bispo tomou a palavra para lhe pedir explicações sobre possíveis modificações futuras naquela direção. A resposta do papa foi clara e sem qualquer abertura.
Embora o celibato não seja um dogma, certamente não será este pontífice quem vai enfrentá-lo. Há algum tempo, existem diversos teólogos e correntes de pensamento que pressionam as instituições da Igreja para permitir que os padres se casem.
Quem alimentou esperanças nesse sentido foi Bergoglio no início do seu pontificado, quando, ao retornar de uma viagem, falando com os jornalistas, disse: "A Igreja Católica tem padres casados nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e acho que é um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, sempre há a porta aberta, mas, neste momento, são outros os temas sobre a mesa".
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Papa Francisco tranquiliza os bispos: o celibato sacerdotal é intocável - Instituto Humanitas Unisinos - IHU