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A esquerda perdeu o rumo e se atolou no deserto da imaginação política

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Por: Ricardo Machado | 15 Mai 2017

No azimute da direção do tempo, a esquerda que chegou ao poder insiste em olhar para o umbigo e com isso andar em círculos no deserto da imaginação política. A contundente crítica de Fabio Luis Barbosa dos Santos, professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, vem em um tom de voz moderado, mas como o vento que sopra constante e firme, arrasta tudo pela frente. “Talvez estejamos em um momento em que há parte da esquerda um pouco desorientada, à beira do deserto. Há dois riscos, andar para o lado errado e morrer ou andar em círculos”, pondera o conferencista.

Ao ser questionado sobre as eleições de 2018 e a possibilidade da volta do ex-presidente Lula, ele lembra do modo lulista de governar e suas alianças com as elites econômicas do país. “O Lula é parte das cartas da manga do poder”, frisa. O evento, que ocorreu na noite da quinta-feira, 11-5-2017, Impasses e possibilidades da esquerda na América Latina, às 19h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, integra o ciclo de eventos A reinvenção da política no Brasil contemporâneo – Limites e perspectivas.

Para o professor, a lição fundamental deixada pelo Partido dos Trabalhadores – PT durante seus anos de governo foi uma política que apostou na mudança do país sem mexer nas estruturas. “O PT é corresponsável pelo impeachment. Isso significa que ele não é responsável sozinho, nem vítima”, destaca. “O partido nunca fez leis para regular os grandes meios de comunicação, praticou uma combinação de cooptação e perseguição aos movimentos sociais e fez da política parlamentar (esse ambiente instável e interesseiro) sua base, deixando de lado o povo e até mesmo a esquerda de sua base política”, assevera.

Um golpe sem choque de projetos

Ao analisar o episódio do golpe, Fabio chama atenção para a maneira espúria pela qual Dilma Rousseff foi deposta, mas sublinha que, no fundo, não houve choque de projetos. “Não há dúvidas que o governo Temer é mais destrutivo, o ponto, no entanto, é que as propostas desse governo não traduzem nenhuma mudança no sentido das propostas apresentadas anteriormente”, afirma.

Na sua opinião o que desencadeou o golpe foi o enfraquecimento do PT no lamaçal da política parlamentar, de modo que o partido perdeu sua funcionalidade política para as estruturas de poder. “O PT se tornou desnecessário para mediar o aprofundamento do neoliberalismo no país”, critica. O problema, define o professor, é que “as gestões petistas são corresponsáveis pelos obstáculos e problemas enfrentados no presente, mas também no futuro”.

Campo popular

Não obstante as políticas que beneficiaram as elites econômicas nacionais, consolidando um modelo de política oligárquico e tradicional no Brasil, o das alianças “por cima”, as políticas voltadas às classes menos abastadas e aos movimentos sociais desorientou esses atores sociais. “A política petista não fortaleceu o campo popular, mas o confundiu e o tornou passivo. Isso porque envolveu setores populares na gestão pública, mas não para realizar as bandeiras históricas, mas para neutralizar a combatividade. Além disso alienou a população carente porque apostou na mercantilização e no acesso aos bens de consumo como mecanismo único de acesso à cidadania”, complexifica o palestrante.

Para Fabio, o PT se tornou um fator de imobilismo da esquerda no Brasil. “Enquanto a esquerda fica à sombra do PT e do horizonte político do petismo, ela jamais avançará. É necessário valorizar a importância histórica do PT, que foi o primeiro movimento de autonomização política dos trabalhadores, mas é preciso, também, fazer o luto e seguir em frente”, considera.

Fabio Santos na sala Ignacio Ellacuría e Companheiros - IHU (Foto: Ricardo Machado/IHU)

Do apogeu ao esvaziamento

Em uma perspectiva ampla, quando viramos as lentes para um passado um pouco mais distante da história, o PT encontra a glória ao colocar no posto de mandatário nacional um ex-metalúrgico identificado com os setores mais populares do país. Todavia, ao virar as lentes para o presente as contradições emergem com força. “É preciso constatar que as gestões petistas fortaleceram o capital financeiro, o agronegócio, os partidos conservadores e suas figuras políticas, fortaleceu a bancada evangélica. Não suficiente, ao mesmo tempo, debilitou o campo popular para pensar os desafios que agora surgem”, provoca o conferencista.

“É também importante dizer que esse partido esvaziou sua razão de ser ao fazer política tradicional baseada no marketing. O PT se converteu no braço esquerdo do partido da ordem, isto é, para além das diferenças, o projeto é manter os cordeirinhos disciplinados, a devastação florestal e a radical divisão entre ricos e explorados”, critica Fabio ao comparar o PT com os partidos que estão no governo. “Quando o PT esvazia sua razão de ser se torna um partido tradicional. Essa autocrítica é fundamental na esquerda, porque disso depende o avanço da política futura”, complementa.

América Latina

Ao finalizar sua apresentação, Fabio chamou atenção para o papel, na sua opinião negativo, que o Brasil desenvolveu em termos de políticas externas regionais. “As gestões petistas foram um freio, não um acelerador, nas políticas progressistas na América Latina. A retórica da integração do Brasil à América do Sul não tinha como propósito fazer do país parte de um time, mas o chefe da turma, o líder. A jogada era transformar o Brasil em um global player, como dizem os diplomatas”, analisa.

Nesse sentido, o professor observa um fenômeno que se repete em vários países da América Latina durante os governos de esquerda. “O que há é a tentativa de conciliação dos campos antagônicos e as presidências petistas ilustram claramente as possibilidades de mudanças no continente. Conciliar capital e trabalho, isto é, auxiliar os trabalhadores desde que não interferira no negócio dos grandes empresários”, descreve. O problema é que “o alcance dessa política foi suficiente para chegar aos governos, mas insuficientes para mudar os países, as estruturas”, sugere Fabio.

Por fim, o pesquisador sugere a seguinte pergunta: “ Temos um impasse. A questão é se vamos olhar para baixo ou para cima? Se vamos para trás ou para frente?”, provoca.

Fabio dos Santos

Fabio Luis Barbosa dos Santos é professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp e pesquisador colaborador do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo - USP. Tem doutorado em História Econômica pela USP. É autor dos livros “Além do PT. A crise da esquerda brasileira em perspectiva latino-americana” e “Origens do pensamento e da política radical na América Latina”.

Assista a conferência na íntegra

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